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Uma visita à direita nacional - jorge carreira maia

Opinião  »  2021-01-10  »  Jorge Carreira Maia

"O PSD vive uma situação crítica. A forma de fazer política de Rui Rio não é particularmente clara, o que deixa as bases numa situação de perplexidade"

A sondagem da Aximage, para o DN/JN/TSF, referente ao mês de Dezembro, dá ao CDS uns miseráveis 0,3%. Os partidos também morrem e o CDS está moribundo. Teve um importante papel na transição à democracia e, também, na vida democrática institucionalizada. No início, integrou, no novo regime, muitos eleitores simpatizantes da ditadura. Fê-lo, assumindo sempre uma posição claramente democrática. Foi um parceiro importante de soluções governativas. Talvez seja há muito um cadáver adiado, que apenas o talento de Paulo Portas evitou morte mais precoce. O erro de casting da actual liderança, depois da desilusão Assunção Cristas e do aparecimento de outros partidos à direita, parece indicar que tudo vai acabar mal.

A Iniciativa Liberal (IL) está em consolidação e abre uma pequena brecha numa cultura política avessa ao liberalismo. Sem capacidade de penetrar no eleitorado popular, possui algum poder de atracção no mundo universitário e em sectores empresariais mais jovens ou com maior formação. Herdará eleitores do CDS. Se conseguir, nas próximas eleições, eleger um grupo parlamentar, abrirá o caminho para afirmar, em Portugal, uma corrente ideológica plenamente liberal, como acontece em múltiplos países europeus. Sem problemas, será parte de uma eventual solução governativa de direita.

 O Chega veio dar voz ao ressentimento com a democracia. O partido advoga um liberalismo radical na economia e um conservadorismo também radical em matéria de costumes. Atrai o seu eleitorado, que na verdade não compreende o programa e as consequências que teria a sua aplicação, através da exploração histriónica de causas ao gosto popular, como o ódio aos políticos ou a certas etnias e grupos sociais. O seu principal trunfo é o seu principal problema: o Chega é André Ventura. Sem o hooliganismo político encenado pelo líder, o partido é nada. Todavia, mesmo na Europa, o hooliganismo pode ter mais força do que se pensa e degradar a vida política a níveis inimagináveis.

 O PSD vive uma situação crítica. A forma de fazer política de Rui Rio não é particularmente clara, o que deixa as bases numa situação de perplexidade. Isso alimenta sonhos sebastianistas internos, como o do retorno de Passos Coelho à liderança. No entanto, esta crise – que é real – não tem nenhuma novidade. O PSD, tal como o PS, são partidos de poder. Sempre que passam para a oposição entram em crise. Chegados ao poder, a crise passa com a distribuição de lugares e o glamour que o poder ostenta. Nos partidos de poder, crise é estar fora do poder. Com ou sem Rui Rio, é apenas uma questão de tempo até a crise passar.

 

 

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