Warning: file_get_contents(http://api.facebook.com/restserver.php?method=links.getStats&urls=jornaltorrejano.pt%2Fopiniao%2Fnoticia%2F%3Fn-7c3e86ab): failed to open stream: HTTP request failed! HTTP/1.1 400 Bad Request in /htdocs/public/www/inc/inc_pagina_noticia.php on line 148
Jornal Torrejano
 • SOCIEDADE-  • CULTURA  • DESPORTO  • OPINIÃO
  Quarta, 09 Julho 2025    •      Directora: Inês Vidal; Director-adjunto: João Carlos Lopes    •      Estatuto Editorial    •      História do JT
   Pesquisar...
Sáb.
 30° / 15°
Períodos nublados
Sex.
 27° / 17°
Céu nublado
Qui.
 30° / 15°
Céu limpo
Torres Novas
Hoje  32° / 17°
Períodos nublados
       #Alcanena    #Entroncamento    #Golega    #Barquinha    #Constancia 

Carlos de Oliveira

Opinião  »  2016-11-03  »  Jorge Carreira Maia

"Carlos de Oliveira foi um neo-realista e o neo-realismo tornou-se anátema nos meios culturais. Contudo, o romancista e poeta gandarês nunca foi um neo-realista panfletário."

O público é um deus vindicativo e injusto. Carlos de Oliveira, uma das grandes figuras da literatura portuguesa da segunda metade do século XX, morreu em 1981. Paulatinamente, a sua obra começou a entrar num tempo crepuscular, apagando-se da memória cultural do país, do desejo dos leitores e das estratégias do mercado livreiro. A percepção que tenho – pode estar errada – é que já ninguém, com a excepção de um ou outro especialista, lê Carlos de Oliveira. E isso não é apenas imerecido pelo autor como é uma perda para a cultura portuguesa. É claro que o mundo social sobre o qual escreveu foi tragado pela voragem do tempo e pela radical alteração do modo de viver dos portugueses, tão paroquial na sua época. Isso, porém, não explica a amnésia colectiva.

Também é verdade que Carlos de Oliveira foi um neo-realista – porventura, o mais brilhante – e o neo-realismo tornou-se anátema nos meios culturais. Contudo, o romancista e poeta gandarês nunca foi um neo-realista panfletário. Pelo contrário, toda a sua obra é de uma extrema exigência estética, onde as personagens são mais do que simples invólucros de estereótipos sociais. São gente real, com as contradições que habitam em todos os seres humanos. A sua obra romanesca distribui-se por cerca de dez anos. De Casa na Duna, 1943, a Uma Abelha na Chuva, 1953, passando por Alcateia, 1944, e Pequeno Burgueses, 1948. Exceptua-se o último romance, Finisterra – Paisagem e Povoamento, de 1978.

Este último é uma das obras da literatura portuguesa que mais exige do leitor, pois o trabalho sobre a língua portuguesa é levado a um grau de perfeição invulgar. É um romance onde a descrição tem um papel fulcral, o que, por certo, assusta um público impaciente e superficial. Não foi apenas ao nível do romance que Carlos de Oliveira foi um escritor exigente com o trabalho sobre a linguagem. A sua poesia tem a mesma marca. Há nela, o que sempre lhe foi reconhecido, um trabalho artesanal de grande depuração, como se ele procurasse, em cada poema, encontrar a essência da linguagem, encontrar a palavra poética que antecede todas as palavras gastas e sem aura que usamos no quotidiano. Uma grande poesia, num século onde houve em Portugal poetas extraordinários. Carlos de Oliveira um autor a ler e a reler.

http://kyrieeleison-jcm.blogspot.pt/

 

 

 Outras notícias - Opinião


O meu projecto eleitoral para a autarquia »  2025-07-08  »  António Mário Santos

Apresentados os candidatos à presidência da Câmara de Torres Novas, a realizar nos finais de Setembro, ou na primeira quinzena de Outubro, restam pouco mais de três meses (dois de férias), para se conhecer ao que vêm, quem é quem, o que defendem, para o concelho, na sua interligação cidade/freguesias.
(ler mais...)


O MAJOR-GENERAL PATRONO DA GUERRA »  2025-07-08  »  José Alves Pereira

O nosso major-general é uma versão pós-moderna do Pangloss de Voltaire, atestando que, no designado “mundo livre”, estamos no melhor possível, prontos para a vitória e não pode ser de outro modo.
(ler mais...)


Inteligência artificial »  2025-07-08  »  Acácio Gouveia

“Pobre é o discípulo que não excede o seu mestre”

Leonardo da Vinci

 

Mais do que rumor, é já certo que a IA é capaz de usar linguagem ininteligível para os humanos com o objectivo de ser mais eficaz.
(ler mais...)


Direita e Esquerda, uma questão de sabores morais »  2025-07-03  »  Jorge Carreira Maia

 

Em 2012, o psicólogo social Jonathan Haidt publicou a obra A Mente Justa: Porque as Pessoas Boas não se Entendem sobre Política e Religião. Esta obra é fundamental porque nos ajuda a compreender um dos dramas que assolam os países ocidentais, cujas democracias se estruturam, ainda hoje, pela dicotomia esquerda–direita.
(ler mais...)


Encontros »  2025-06-06  »  Jorge Carreira Maia

Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega.
(ler mais...)


Os fraudulentos - acácio gouveia »  2025-05-17  »  Acácio Gouveia

"Hire a clown, get a circus" *

Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades.
(ler mais...)


Um novo Papa - jorge carreira maia »  2025-05-17 

A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista.
(ler mais...)


Muito mais contrariedades tive... »  2025-05-12  »  Hélder Dias

Z?... »  2025-05-12  »  Hélder Dias

Trump... Papa?? »  2025-05-08  »  Hélder Dias
 Mais lidas - Opinião (últimos 30 dias)
»  2025-07-03  »  Jorge Carreira Maia Direita e Esquerda, uma questão de sabores morais
»  2025-07-08  »  José Alves Pereira O MAJOR-GENERAL PATRONO DA GUERRA
»  2025-07-08  »  António Mário Santos O meu projecto eleitoral para a autarquia
»  2025-07-08  »  Acácio Gouveia Inteligência artificial