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Eleições municipais: o que aí vem? - antónio mário santos

Opinião  »  2025-02-08  »  António Mário Santos

Chegou o ano do eleitorado concelhio, no sistema constitucional democrático em que vivemos, dizer da sua opinião sobre a política autárquica a que a gestão do município o sujeitou.

O Partido Socialista governa desde as eleições de 12 de Dezembro de 1993, com duas figuras que se mantiveram na presidência, António Manuel de Oliveira Rodrigues (1994-2013), Pedro Paulo Ramos Ferreira (2013-2025), com o reforço deste último ter sido vice-presidente do primeiro nos seus três mandatos. E com maioria absoluta do PS, desde 2002, o que perfaz em 2025, 23 anos.

Por sua vez, o centro-direita, com Casimiro Gomes Pereira (1980-87) e Arnaldo Filipe dos Santos (1987-1994), nunca conseguiu uma vitória eleitoral que lhes desse um governo de maioria. E, durante o século XXI, viu-se reduzido a um vereador, que ainda mantém.

O CDS, por sua vez, ou encostado ao PSD na AD, ou concorrendo individualmente, nunca conseguiu, localmente, uma estrutura com influência e prestígio, já que o PPD/PSD absorvera, na democracia, todas as correntes conservadoras, mesma as do fascismo salazar-marcelista, que se liberalizaram depois do 25 de Abril de 1974.

A esquerda, depois da comissão administrativa de 1974, sob a presidência de Carlos Trincão Marques, manteve, até 1988, sob a sigla da APU (Aliança Povo Unido), dois vereadores. Daí em diante, transformada em CDU, manteve um vereador até 2019, mas sempre num decréscimo de votos (António Canais, depois Carlos Tomé).

A partir de 2013, com o crescimento, à esquerda do PS, duma corrente unitária da esquerda radical, feminista, ambientalista, o Bloco de Esquerda entrou na vereação (Helena Pinto) e, em 2017, substituiu o CDU-PCP naquele órgão autárquico.

2021 foi, contudo, para as esquerdas concelhias, um ano trágico.

A entrada em jogo duma lista unitária, P’la Nossa Terra, encabeçada por António Rodrigues, ex-PS, veio agitar as ondas duma população desmotivada pela falta duma política concelhia motivadora. As previsões eleitorais, à esquerda, derrocaram. O BE, como o PCP, não só viram fugir-lhe votos, como ficaram arredados da vereação municipal, e com escassas forças na Assembleia Municipal e Juntas de Freguesia.

Por sua vez, António Rodrigues conseguiu, como independente, um só lugar de vereador, perdendo as eleições para o PS, presidido pelo seu antigo vice-presidente e então adversário, Pedro Ferreira, para o qual se projectara a perda da maioria absoluta.

O eleitorado municipal, e bastante o de esquerda, contraditoriamente ao esperado, e não querendo a repetição duma Câmara presidida por António Rodrigues, votou PS, mantendo-lhe cinco vereadores, indo buracar um ao BE e PCP, perdendo um para a lista do P’la Nossa Terra.

O certo é que, neste mandato, que se encaminha para o final, a uniformidade camarária perdeu a capacidade que os vereadores da esquerda, quando eleitos, sempre lhe introduziram: um espírito crítico, atento ao clientelismo e à corrupção, uma voz alternativa defensora dos interesses das populações, nos múltiplos aspectos em que a cidade e o concelho se vêem abandonados. Faltou sempre a este executivo um projecto de futuro, de médio prazo, que corresponda à fixação da juventude e a atracção dos quadros técnicos e médios para uma nova perspectiva de desenvolvimento concelhio.

Muitos afirmam que o concelho é estruturalmente socialista.

Não sei se o é. O maior partido ou força social concelhia reside na abstenção, e nunca vi nenhum estudo científico dedicado a este tema.

Mas, de facto, o único candidato que já surgiu para as novas eleições de Setembro veio das hostes socialistas. Com algo novo em perspectiva: anuncia o fim dum ciclo de gente há muito enquistada no poder autárquico.

Quanto às outras forças políticas, mantêm-se ainda em silêncio. Creio que, no centro-direita populista, o grupo P’la Nossa Terra se encontra ante a má fotografia da sua acção municipal neste último mandato. O PSD entrou em estagnação, mesmo com um novo governo da sua sigla a prometer apoios. O CDS não tem história que se conte. O Chega é uma incógnita, mas a sua história nacional perspectiva que apareça.

Importa que a esquerda compreenda que, na realidade do mundo de hoje, que o seu papel histórico só pode resultar se tiver como ponto de partida uma resposta clara a um novo ciclo que se está a apresentar, internacional e nacionalmente. Este exige uma unidade, em que supere a pluralidade partidária e incuta, sem abandonos ideológicos, no eleitorado, que é com essa força unida de esquerda que se atingirá a defesa de democracia e uma melhor qualidade de vida.

Voltaremos ao assunto.

 

 

 

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