No Jornal Torrejano, uma torrejana “dos quatro costados”
"Acredito que a minha participação pode fazer a diferença"
Quase dez da noite da última sexta-feira de Novembro, no aeroporto da Portela. Está quente para quem acaba de chegar de um país mais frio. Apanho um táxi para o centro de Lisboa, uma distância suficientemente curta para não ser do agrado dos taxistas. Eu sei-o e confesso-o ao taxista que me “apanhou” com um sorriso cúmplice para tentar ganhar a sua simpatia. Quase a chegar ao meu primeiro destino, confidencio-lhe que vou buscar o meu carro porque seguirei, ainda nessa mesma noite, para Torres Novas. “Torres Novas, também ia…” Toquei num ponto fraco. Um taxista torrejano, mais concretamente de Alcorochel. Trocámos galhardetes sobre as nossas localidades, entre a nostalgia típica de quem, como ele, vive longe da sua terra. Fala de como Torres Novas está diferente, das coisas boas que tem para oferecer e do muito que ainda falta fazer.
Ao contrário deste taxista, eu não fui “nada nem criada” em Torres Novas.
Nasci em Lisboa há 43 anos no seio de uma família de quatro avós, todos eles nascidos e criados neste concelho ribatejano. Sou, portanto, uma torrejana “dos quatro costados”. Gosto desta expressão. Dizem os especialistas que quando alguém é considerado “de quatro costados”, significa que o é “por parte dos avós paternos e maternos”. Ao que consta, este termo generalizou-se na língua portuguesa e passou a aplicar-se com um sentido próximo dos adjectivos “ferrenho” e “arreigado”. Parece-me bem.
Vivi sempre entre Lisboa e a Zibreira, a primeira aldeia do concelho para quem vem da capital. A terra que viu nascer o Rio Almonda. E aquela que guarda as melhores memórias da minha infância: as férias, o Natal os três meses de verão, o “dolce fare niente”… Na altura, Lisboa era sinónimo de escola e obrigações, Zibreira e Torres Novas significavam lazer e descanso.
Com o tempo, a ligação à Zibreira e a Torres Novas continuou intermitente com a vida na capital. Mas, actualmente, com mais obrigações e menos lazer. Foi, por isso, este concelho ribatejano que eu escolhi e que me escolheu para intervir civicamente e contribuir, à minha escala, para uma região melhor. E faço-o, também, como uma homenagem às três pessoas mais importantes da minha vida. Uma homenagem a quem que me trouxe até cá: a minha avó materna, que me acompanhou 40 anos da minha vida e que me tornou na pessoa que sou hoje. E àqueles que, à data de hoje, me mantêm aqui: os meus dois filhos que sempre viveram e estudaram no concelho. Que usufruem do que Torres Novas tem para lhes dar. E que merecem que o concelho lhes dê o melhor.
E, porque acredito que a minha participação pode fazer a diferença, não só nos órgãos públicos a que pertenço, mas também nos meios de comunicação social com os quais colaboro (esse eterno quarto poder que luta sem se render contra as redes sociais, um rival muitas vezes traiçoeiro com mais desinformação que utilidade)… assim chega, a partir de hoje, ao Jornal Torrejano, uma torrejana “dos quatro costados”.
No Jornal Torrejano, uma torrejana “dos quatro costados”
Acredito que a minha participação pode fazer a diferença
Quase dez da noite da última sexta-feira de Novembro, no aeroporto da Portela. Está quente para quem acaba de chegar de um país mais frio. Apanho um táxi para o centro de Lisboa, uma distância suficientemente curta para não ser do agrado dos taxistas. Eu sei-o e confesso-o ao taxista que me “apanhou” com um sorriso cúmplice para tentar ganhar a sua simpatia. Quase a chegar ao meu primeiro destino, confidencio-lhe que vou buscar o meu carro porque seguirei, ainda nessa mesma noite, para Torres Novas. “Torres Novas, também ia…” Toquei num ponto fraco. Um taxista torrejano, mais concretamente de Alcorochel. Trocámos galhardetes sobre as nossas localidades, entre a nostalgia típica de quem, como ele, vive longe da sua terra. Fala de como Torres Novas está diferente, das coisas boas que tem para oferecer e do muito que ainda falta fazer.
Ao contrário deste taxista, eu não fui “nada nem criada” em Torres Novas.
Nasci em Lisboa há 43 anos no seio de uma família de quatro avós, todos eles nascidos e criados neste concelho ribatejano. Sou, portanto, uma torrejana “dos quatro costados”. Gosto desta expressão. Dizem os especialistas que quando alguém é considerado “de quatro costados”, significa que o é “por parte dos avós paternos e maternos”. Ao que consta, este termo generalizou-se na língua portuguesa e passou a aplicar-se com um sentido próximo dos adjectivos “ferrenho” e “arreigado”. Parece-me bem.
Vivi sempre entre Lisboa e a Zibreira, a primeira aldeia do concelho para quem vem da capital. A terra que viu nascer o Rio Almonda. E aquela que guarda as melhores memórias da minha infância: as férias, o Natal os três meses de verão, o “dolce fare niente”… Na altura, Lisboa era sinónimo de escola e obrigações, Zibreira e Torres Novas significavam lazer e descanso.
Com o tempo, a ligação à Zibreira e a Torres Novas continuou intermitente com a vida na capital. Mas, actualmente, com mais obrigações e menos lazer. Foi, por isso, este concelho ribatejano que eu escolhi e que me escolheu para intervir civicamente e contribuir, à minha escala, para uma região melhor. E faço-o, também, como uma homenagem às três pessoas mais importantes da minha vida. Uma homenagem a quem que me trouxe até cá: a minha avó materna, que me acompanhou 40 anos da minha vida e que me tornou na pessoa que sou hoje. E àqueles que, à data de hoje, me mantêm aqui: os meus dois filhos que sempre viveram e estudaram no concelho. Que usufruem do que Torres Novas tem para lhes dar. E que merecem que o concelho lhes dê o melhor.
E, porque acredito que a minha participação pode fazer a diferença, não só nos órgãos públicos a que pertenço, mas também nos meios de comunicação social com os quais colaboro (esse eterno quarto poder que luta sem se render contra as redes sociais, um rival muitas vezes traiçoeiro com mais desinformação que utilidade)… assim chega, a partir de hoje, ao Jornal Torrejano, uma torrejana “dos quatro costados”.
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Em 2012, o psicólogo social Jonathan Haidt publicou a obra A Mente Justa: Porque as Pessoas Boas não se Entendem sobre Política e Religião. Esta obra é fundamental porque nos ajuda a compreender um dos dramas que assolam os países ocidentais, cujas democracias se estruturam, ainda hoje, pela dicotomia esquerda–direita. |
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
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