Pós-verdade e obras públicas
"É um verdadeiro ante-pré-plano de intenções, a pós-verdade aplicada à obra pública."
Para quem não deu por isso, António Costa veio cá no passado dia sete apresentar um programa nacional de valorização das áreas empresariais. São 180 milhões de euros para todo o país, dos quais cerca de 100 para acessibilidades a áreas empresariais já existentes, incluindo-se, neste caso, a ligação das zonas industriais do Entroncamento e Riachos à A23.
É claro que este é um investimento mais do que necessário, como muitos outros que têm sido adiados com enormes prejuízos para o país, para as empresas e para o emprego nas diferentes regiões. Contudo, estas apresentações têm a enorme faculdade de reduzir a ação política ao grau zero da credibilidade, contribuindo para o mesmo nível de confiança das populações no Estado e nas instituições públicas.
Há apenas uma semana este Governo anunciou um investimento de 500 milhões para os Metros de Lisboa e Porto, com grande fuzuê a norte porque o do Porto fica com a maior fatia, 290 contra 210 milhões. É claro que não questionamos a relevância destas intervenções, mas quanto ao volume de investimento do programa agora apresentado para as áreas empresariais, estamos esclarecidos.
O pior é quando tentamos perceber o que foi apresentado. Há um montante de referência para a obra, mas pela informação disponível esse deve ser o único dado em concreto.
Ao contrário do que é conhecido sobre os investimentos nos Metros, aqui os municípios têm de “colaborar”, porque de outro modo a obra não vem. Mas mesmo esta colaboração tem versões contraditórias, que vão de 10 a 15% do investimento, ao assumir do valor das aquisições ou expropriações necessárias para a nova estrada, (que pode estar ou não incluído nos 10 a 15%) ou até o assegurar da componente de iluminação. No caso de Riachos e Entroncamento acresce um outro pormenor em falta: não há sequer um traçado definido para a nova via.
Ou seja, isto é um verdadeiro ante-pré-plano de intenções, a pós-verdade aplicada à obra pública. Se não deu por isto ou se ficou confuso, não se preocupe: tão depressa nada acontece.
Pós-verdade e obras públicas
É um verdadeiro ante-pré-plano de intenções, a pós-verdade aplicada à obra pública.
Para quem não deu por isso, António Costa veio cá no passado dia sete apresentar um programa nacional de valorização das áreas empresariais. São 180 milhões de euros para todo o país, dos quais cerca de 100 para acessibilidades a áreas empresariais já existentes, incluindo-se, neste caso, a ligação das zonas industriais do Entroncamento e Riachos à A23.
É claro que este é um investimento mais do que necessário, como muitos outros que têm sido adiados com enormes prejuízos para o país, para as empresas e para o emprego nas diferentes regiões. Contudo, estas apresentações têm a enorme faculdade de reduzir a ação política ao grau zero da credibilidade, contribuindo para o mesmo nível de confiança das populações no Estado e nas instituições públicas.
Há apenas uma semana este Governo anunciou um investimento de 500 milhões para os Metros de Lisboa e Porto, com grande fuzuê a norte porque o do Porto fica com a maior fatia, 290 contra 210 milhões. É claro que não questionamos a relevância destas intervenções, mas quanto ao volume de investimento do programa agora apresentado para as áreas empresariais, estamos esclarecidos.
O pior é quando tentamos perceber o que foi apresentado. Há um montante de referência para a obra, mas pela informação disponível esse deve ser o único dado em concreto.
Ao contrário do que é conhecido sobre os investimentos nos Metros, aqui os municípios têm de “colaborar”, porque de outro modo a obra não vem. Mas mesmo esta colaboração tem versões contraditórias, que vão de 10 a 15% do investimento, ao assumir do valor das aquisições ou expropriações necessárias para a nova estrada, (que pode estar ou não incluído nos 10 a 15%) ou até o assegurar da componente de iluminação. No caso de Riachos e Entroncamento acresce um outro pormenor em falta: não há sequer um traçado definido para a nova via.
Ou seja, isto é um verdadeiro ante-pré-plano de intenções, a pós-verdade aplicada à obra pública. Se não deu por isto ou se ficou confuso, não se preocupe: tão depressa nada acontece.
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