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Más companhias

Opinião  »  2015-04-10  »  Jorge Carreira Maia

A crise do subprime nos Estados Unidos, desencadeada a partir de 2006, e a posterior crise das dívidas soberanas do países do sul da Europa alimentaram, em certas zonas do mundo intelectual, uma revivescência dos estudos marxistas. Este interesse por Karl Marx deve, no entanto, ser lido segundo a máxima que o próprio Marx aplicou ao regresso de um Bonaparte ao poder: primeiro como tragédia, depois como farsa. Se o interesse original por Marx provocou não pequenas tragédias, o actual interesse militante deve ser interpretado no domínio da farsa. Por muito bem que Marx tenha lido a natureza do capitalismo, por úteis que ainda possam ser algumas ferramentas derivadas dos seus escritos, a realidade da Europa e aquilo que se perfila no horizonte pedem outros dispositivos para construir uma grelha interpretativa.

Em vez do revolucionário Marx, talvez seja mais interessante recorrer a quatro velhos e contumazes reaccionários. Não para deles extrair uma política, mas para nos ajudarem a construir quadros mentais para interpretar um mundo que se tornou estranho e ameaçador. Quem são as luminárias? Em primeiro lugar, Joseph de Maistre, o grande pensador da contra-revolução francesa, o feroz inimigo do pensamento iluminista, o defensor de um catolicismo intransigente e tradicionalista. Em segundo lugar, Friedrich Nietzsche, o pessimista que diagnosticou o niilismo da cultura europeia. O terceiro é Oswald Spengler, o alemão que escreveu O Declínio do Ocidente, o livro publicado em 1918 e que nos fala da decadência da Europa e do mundo europeu. Por fim, Samuel Huntington o conservador norte-americano que defendeu que os grandes conflitos do século XXI não seriam ideológicos mas culturais e civilizacionais.

Haverá quem diga que ando com más companhias. Quando se caminha para os 60 anos, a natureza das companhias torna-se contudo pouco importante. O fundamental é não se deixar iludir como se se tivesse 17 anos. O que temos à nossa frente não é o caminho glorioso para a sociedade sem classes ou sequer para uma sociedade aberta e justa, mas um mundo complexo, onde as ameaças são muito mais amplas e presentes do que o bom senso e o equilíbrio. Estes quatro autores – independentemente da profundidade de cada um – têm um dom que nestes tempos é essencial: não vendem optimismo nem distribuem ilusões. O que nos dizem é desagradável de escutar e não é feito para corações sentimentais. Mas quem é que, hoje em dia, acha este mundo um lugar respeitável onde a esperança é possível? Quem dá um cêntimo pelo futuro da Europa?

 

 

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