Más companhias
Opinião » 2015-04-10 » Jorge Carreira Maia
Em vez do revolucionário Marx, talvez seja mais interessante recorrer a quatro velhos e contumazes reaccionários. Não para deles extrair uma política, mas para nos ajudarem a construir quadros mentais para interpretar um mundo que se tornou estranho e ameaçador. Quem são as luminárias? Em primeiro lugar, Joseph de Maistre, o grande pensador da contra-revolução francesa, o feroz inimigo do pensamento iluminista, o defensor de um catolicismo intransigente e tradicionalista. Em segundo lugar, Friedrich Nietzsche, o pessimista que diagnosticou o niilismo da cultura europeia. O terceiro é Oswald Spengler, o alemão que escreveu O Declínio do Ocidente, o livro publicado em 1918 e que nos fala da decadência da Europa e do mundo europeu. Por fim, Samuel Huntington o conservador norte-americano que defendeu que os grandes conflitos do século XXI não seriam ideológicos mas culturais e civilizacionais.
Haverá quem diga que ando com más companhias. Quando se caminha para os 60 anos, a natureza das companhias torna-se contudo pouco importante. O fundamental é não se deixar iludir como se se tivesse 17 anos. O que temos à nossa frente não é o caminho glorioso para a sociedade sem classes ou sequer para uma sociedade aberta e justa, mas um mundo complexo, onde as ameaças são muito mais amplas e presentes do que o bom senso e o equilíbrio. Estes quatro autores – independentemente da profundidade de cada um – têm um dom que nestes tempos é essencial: não vendem optimismo nem distribuem ilusões. O que nos dizem é desagradável de escutar e não é feito para corações sentimentais. Mas quem é que, hoje em dia, acha este mundo um lugar respeitável onde a esperança é possível? Quem dá um cêntimo pelo futuro da Europa?
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Opinião » 2015-04-10 » Jorge Carreira MaiaEm vez do revolucionário Marx, talvez seja mais interessante recorrer a quatro velhos e contumazes reaccionários. Não para deles extrair uma política, mas para nos ajudarem a construir quadros mentais para interpretar um mundo que se tornou estranho e ameaçador. Quem são as luminárias? Em primeiro lugar, Joseph de Maistre, o grande pensador da contra-revolução francesa, o feroz inimigo do pensamento iluminista, o defensor de um catolicismo intransigente e tradicionalista. Em segundo lugar, Friedrich Nietzsche, o pessimista que diagnosticou o niilismo da cultura europeia. O terceiro é Oswald Spengler, o alemão que escreveu O Declínio do Ocidente, o livro publicado em 1918 e que nos fala da decadência da Europa e do mundo europeu. Por fim, Samuel Huntington o conservador norte-americano que defendeu que os grandes conflitos do século XXI não seriam ideológicos mas culturais e civilizacionais.
Haverá quem diga que ando com más companhias. Quando se caminha para os 60 anos, a natureza das companhias torna-se contudo pouco importante. O fundamental é não se deixar iludir como se se tivesse 17 anos. O que temos à nossa frente não é o caminho glorioso para a sociedade sem classes ou sequer para uma sociedade aberta e justa, mas um mundo complexo, onde as ameaças são muito mais amplas e presentes do que o bom senso e o equilíbrio. Estes quatro autores – independentemente da profundidade de cada um – têm um dom que nestes tempos é essencial: não vendem optimismo nem distribuem ilusões. O que nos dizem é desagradável de escutar e não é feito para corações sentimentais. Mas quem é que, hoje em dia, acha este mundo um lugar respeitável onde a esperança é possível? Quem dá um cêntimo pelo futuro da Europa?
Insana Casa… » 2024-05-06 » Hélder Dias |
25 de Abril e 25 de Novembro - jorge carreira maia » 2024-05-05 » Jorge Carreira Maia Por que razão a França só comemora o 14 de Julho, o início da Revolução Francesa, e não o 27 ou 28 de Julho? O que aconteceu a 27 ou 28 de Julho de tão importante? A 27 de Julho de 1794, Maximilien Robespierre foi preso e a 28, sem julgamento, foi executado. |
O miúdo vai à frente » 2024-04-25 » Hélder Dias |
Família tradicional e luta do bem contra o mal - jorge carreira maia » 2024-04-24 » Jorge Carreira Maia A publicação do livro Identidade e Família – Entre a Consistência da Tradição e os Desafios da Modernidade, apresentado por Passos Coelho, gerou uma inusitada efervescência, o que foi uma vitória para os organizadores desta obra colectiva. |
Caminho de Abril - maria augusta torcato » 2024-04-22 » Maria Augusta Torcato Olho para o meu caminho e fico contente. Acho mesmo que fiz o caminho de Abril. O caminho que Abril representa. No entanto, a realidade atual e os desafios diários levam-me a desejar muito que este caminho não seja esquecido, não por querer que ele se repita, mas para não nos darmos conta, quase sem tempo de manteiga nos dentes, que estamos, outra vez, lá muito atrás e há que fazer de novo o caminho com tudo o que isso implica e que hoje seria incompreensível e inaceitável. |
As eleições e o triunfo do pensamento mágico - jorge carreira maia » 2024-04-10 » Jorge Carreira Maia Existe, em Portugal, uma franja pequena do eleitorado que quer, deliberadamente, destruir a democracia, não suporta os regimes liberais, sonha com o retorno ao autoritarismo. Ao votar Chega, fá-lo racionalmente. Contudo, a explosão do eleitorado do partido de André Ventura não se explica por esse tipo de eleitores. |
Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
» 2024-04-25
» Hélder Dias
O miúdo vai à frente |
» 2024-04-22
» Maria Augusta Torcato
Caminho de Abril - maria augusta torcato |
» 2024-04-24
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Insana Casa… |
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