1907-1908 (2)
1908: regicídio. D. Manuel é proclamado rei. É demitido, subsequentemente, o governo de João Franco, seguindo-lhe um governo independente chefiado por Francisco Ferreira do Amaral. Em Abril é promovido do I Congresso Pedagógico da Instrução Primária e Popular, com uma forte ligação ao espectro republicano. Realizam-se, ainda, as eleições, com a vitória dos regeneradores. O PRP elege 7 deputados: por Lisboa, Afonso Costa, António José de Almeida, Alexandre Braga e João de Menezes; por Setúbal, Estevão de Vasconcelos e Feio Terenas; por Évora, Brito Camacho. Em Novembro, nas eleições municipais, o PRP vence a câmara de Lisboa. No mês seguinte, o governo de Ferreira do Amaral cai.
Local
O ano de 1908 vai revelar em Alcanena as posições mais radicais do PRP, onde mais tarde irá dar origem ao Partido Democrático. António Augusto Louro, farmacêutico, natural do Sabugal, transfere-se do Seixal para Alcanena nesse ano. Com um currículo notável na actividade republicana, traz para Alcanena a Maçonaria. Por sua influência, é fundado em 1908 o Triângulo n.º 100.1 Refira-se, porém, a possível existência da Carbonária, anterior à Maçonaria, havendo no entanto discordâncias em relação ao regicídio que levaram alguns primos a abandonar a choça. Em Março, numa acção de campanha, João Chagas e José Relvas visitam o concelho de Torres Novas, sendo-lhes oferecido o jantar em casa do vereador Augusto dos Santos Trincão, com tímidas ligações ao PRP, seguido de um comício secretariado por José da Silva, natural de Torres Novas, e de Domingos Guedes2, «chefe republicano» de Minde.3 Nessas eleições, Alcanena é a única freguesia do município torrejano onde o PRP obtém a maioria.4 Em Maio, o Povo de Alcanena volta a ser publicado, sob a direcção de Simões de Almeida. A condução dos destinos do periódico é renovada, agora com José Maria Alves na direcção e Pitta da Graça na administração. Em Novembro, ocorrem as eleições municipais e, no mês seguinte, a 17, as paroquiais. A Comissão Paroquial do PRP de Alcanena, forma uma lista para concorrer às eleições, constituída por António Joaquim Machado Baptista, Cândido dos Santos Moita, Joaquim Ramos da Balbina, José Agusto Mota, José Estevão Queirós e Luís da Silva, efectivos; Domingos Caetano, Emídio Lourenço da Silva, Joaquim Coutinho Coelho, Joaquim da Silva Pinheiro, Joaquim Ramos Moço, José Maria Alves, substitutos. Ao acto, nenhuma outra lista republicana do concelho concorreu.5 Com 109 votos, a lista do PRP vence as eleições para a Junta de Paróquia com a seguinte composiçã José Augusto Mota, Luís da Silva, José Ferreira Goucho e José Estevão Queirós, efectivos; Cândido dos Santos Moita, Manuel Alves Raposo, José Anastácio Ladeiras e José Afonso Duarte, substitutos.6
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1 FEITOR, Gabriel de Oliveira, Alcanena Ensaios de História de um Concelho Centenário (1298-1926), 2014, p. 42.
2 A Era Nova, n.º 1, 5 de Abril de 1908.
3 Cf. O Debate, n.º 15, 12 de Março de 1908.
4 JÚNIOR, Joaquim Inácio Bento, Memórias de Alcanena, Alcanena, Jornal ”O Alviela”, 1996, p. 239.
5 O Século, n.º 9:653, 1 de Novembro de 1908.
6 Cf. AMTN, livros de registo de mapas estatísticos. E ainda, O Debate, n.º 56, 31 de Dezembro de 1908.
1907-1908 (2)
1908: regicídio. D. Manuel é proclamado rei. É demitido, subsequentemente, o governo de João Franco, seguindo-lhe um governo independente chefiado por Francisco Ferreira do Amaral. Em Abril é promovido do I Congresso Pedagógico da Instrução Primária e Popular, com uma forte ligação ao espectro republicano. Realizam-se, ainda, as eleições, com a vitória dos regeneradores. O PRP elege 7 deputados: por Lisboa, Afonso Costa, António José de Almeida, Alexandre Braga e João de Menezes; por Setúbal, Estevão de Vasconcelos e Feio Terenas; por Évora, Brito Camacho. Em Novembro, nas eleições municipais, o PRP vence a câmara de Lisboa. No mês seguinte, o governo de Ferreira do Amaral cai.
Local
O ano de 1908 vai revelar em Alcanena as posições mais radicais do PRP, onde mais tarde irá dar origem ao Partido Democrático. António Augusto Louro, farmacêutico, natural do Sabugal, transfere-se do Seixal para Alcanena nesse ano. Com um currículo notável na actividade republicana, traz para Alcanena a Maçonaria. Por sua influência, é fundado em 1908 o Triângulo n.º 100.1 Refira-se, porém, a possível existência da Carbonária, anterior à Maçonaria, havendo no entanto discordâncias em relação ao regicídio que levaram alguns primos a abandonar a choça. Em Março, numa acção de campanha, João Chagas e José Relvas visitam o concelho de Torres Novas, sendo-lhes oferecido o jantar em casa do vereador Augusto dos Santos Trincão, com tímidas ligações ao PRP, seguido de um comício secretariado por José da Silva, natural de Torres Novas, e de Domingos Guedes2, «chefe republicano» de Minde.3 Nessas eleições, Alcanena é a única freguesia do município torrejano onde o PRP obtém a maioria.4 Em Maio, o Povo de Alcanena volta a ser publicado, sob a direcção de Simões de Almeida. A condução dos destinos do periódico é renovada, agora com José Maria Alves na direcção e Pitta da Graça na administração. Em Novembro, ocorrem as eleições municipais e, no mês seguinte, a 17, as paroquiais. A Comissão Paroquial do PRP de Alcanena, forma uma lista para concorrer às eleições, constituída por António Joaquim Machado Baptista, Cândido dos Santos Moita, Joaquim Ramos da Balbina, José Agusto Mota, José Estevão Queirós e Luís da Silva, efectivos; Domingos Caetano, Emídio Lourenço da Silva, Joaquim Coutinho Coelho, Joaquim da Silva Pinheiro, Joaquim Ramos Moço, José Maria Alves, substitutos. Ao acto, nenhuma outra lista republicana do concelho concorreu.5 Com 109 votos, a lista do PRP vence as eleições para a Junta de Paróquia com a seguinte composiçã José Augusto Mota, Luís da Silva, José Ferreira Goucho e José Estevão Queirós, efectivos; Cândido dos Santos Moita, Manuel Alves Raposo, José Anastácio Ladeiras e José Afonso Duarte, substitutos.6
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1 FEITOR, Gabriel de Oliveira, Alcanena Ensaios de História de um Concelho Centenário (1298-1926), 2014, p. 42.
2 A Era Nova, n.º 1, 5 de Abril de 1908.
3 Cf. O Debate, n.º 15, 12 de Março de 1908.
4 JÚNIOR, Joaquim Inácio Bento, Memórias de Alcanena, Alcanena, Jornal ”O Alviela”, 1996, p. 239.
5 O Século, n.º 9:653, 1 de Novembro de 1908.
6 Cf. AMTN, livros de registo de mapas estatísticos. E ainda, O Debate, n.º 56, 31 de Dezembro de 1908.
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