Opções
"Se o pessoal lhes dá votos, é porque dá resultado. Seremos todos irresponsáveis? "
E de repente, quando somos agradavelmente surpreendidos por um montante razoável em euros de que não estávamos à espera, a reação é de espanto e de alegria. Faz falta, é sempre bem vindo.
A partir do momento em que recebemos tão agradável notícia, impõe-se um pensamento … o que fazer com todo o dinheiro recebido?
O mais correto e consciente seria poupar, mas como há tantas coisas pendentes que nunca foram resolvidas por não haver essa tal quantia, a hipótese da poupança põe-se logo de parte.
Deixa ver… Preciso de uma pintura em toda a casa, principalmente, nos quartos, substituir o rodapé, afagar o soalho que está em péssimo estado por causa do cão, mudar o móvel da casa de banho, um micro-ondas novo, pagar a carta de condução do miúdo, substituir os sofás, comprar um novo computador e, por toda a vida stressante que levo, fazer uma viagem até Bali para repor energias.
Ora, o mais importante é, sem dúvida, a pintura da casa, os rodapés o móvel da casa de banho e o soalho, pois é indispensável a manutenção da casa tendo em conta que, em princípio, será nela que irei viver o resto dos meus dias. Mas gostava tanto de ter uns sofás novos, a sala ficava muito mais bonita. Queria um micro-ondas mais moderno, a última “era” dos computadores que iria facilitar o momento da escrita dos meus textos e uma viagem ficará para sempre na minha memória. E agora?
Nem penso duas vezes, ou melhor, já pensei mas o pensamento foi rápido. Tenho o dinheiro, vou gastar não no que é o mais importante, mas no que me vai fazer sentir bem. Embelezar a minha casa e proporcionar bons momentos à minha pessoa.
A pintura, o rodapé, a casa de banho e o soalho ficam para depois. Não vai haver, com certeza, o azar da casa vir abaixo.
Pronto, ok, concordo, sou mesmo irresponsável, mas “bolas” o nosso executivo municipal, também toma opções parecidas e sai a ganhar. Quer dizer, penso eu. Se o pessoal lhes dá votos, é porque dá resultado. Seremos todos irresponsáveis?
Então é assim … se depois de terem recebido uma generosa quantia devido às cobrança do IMT, imposto municipal incidente sobre as transmissões onerosas de bens imóveis, o nosso presidente da Câmara e digníssimos vereadores decidiram utilizar parte do dinheiro a embelezar a nossa cidade, nomeadamente, avançar com as obras (necessárias mas não urgentes) no largo General Humberto Delgado, o nosso Rossio, em vez de ter olhado, por exemplo, para as estradas do concelho que precisam urgentemente de ser pavimentadas e necessitam de manutenção (os “risquinhos brancos” fazem-me tanta falta quando conduzo), ou decidir ajudar instituições que lutam todos os meses para cumprir obrigações e conseguir algum desenvolvimento que traga melhores condições para os seus utentes, ou ainda, apoiar de forma mais eficaz os clubes e associações locais … eu também posso fazer a minha opção, mesmo que um pouco irresponsável.
Assim, bora lá todos gastar o dinheiro!
No entanto, não posso acabar sem dar os parabéns ao nosso executivo por ter como primeira opção a reabilitação de imóveis no centro histórico. Opção responsável!
Opções
Se o pessoal lhes dá votos, é porque dá resultado. Seremos todos irresponsáveis?
E de repente, quando somos agradavelmente surpreendidos por um montante razoável em euros de que não estávamos à espera, a reação é de espanto e de alegria. Faz falta, é sempre bem vindo.
A partir do momento em que recebemos tão agradável notícia, impõe-se um pensamento … o que fazer com todo o dinheiro recebido?
O mais correto e consciente seria poupar, mas como há tantas coisas pendentes que nunca foram resolvidas por não haver essa tal quantia, a hipótese da poupança põe-se logo de parte.
Deixa ver… Preciso de uma pintura em toda a casa, principalmente, nos quartos, substituir o rodapé, afagar o soalho que está em péssimo estado por causa do cão, mudar o móvel da casa de banho, um micro-ondas novo, pagar a carta de condução do miúdo, substituir os sofás, comprar um novo computador e, por toda a vida stressante que levo, fazer uma viagem até Bali para repor energias.
Ora, o mais importante é, sem dúvida, a pintura da casa, os rodapés o móvel da casa de banho e o soalho, pois é indispensável a manutenção da casa tendo em conta que, em princípio, será nela que irei viver o resto dos meus dias. Mas gostava tanto de ter uns sofás novos, a sala ficava muito mais bonita. Queria um micro-ondas mais moderno, a última “era” dos computadores que iria facilitar o momento da escrita dos meus textos e uma viagem ficará para sempre na minha memória. E agora?
Nem penso duas vezes, ou melhor, já pensei mas o pensamento foi rápido. Tenho o dinheiro, vou gastar não no que é o mais importante, mas no que me vai fazer sentir bem. Embelezar a minha casa e proporcionar bons momentos à minha pessoa.
A pintura, o rodapé, a casa de banho e o soalho ficam para depois. Não vai haver, com certeza, o azar da casa vir abaixo.
Pronto, ok, concordo, sou mesmo irresponsável, mas “bolas” o nosso executivo municipal, também toma opções parecidas e sai a ganhar. Quer dizer, penso eu. Se o pessoal lhes dá votos, é porque dá resultado. Seremos todos irresponsáveis?
Então é assim … se depois de terem recebido uma generosa quantia devido às cobrança do IMT, imposto municipal incidente sobre as transmissões onerosas de bens imóveis, o nosso presidente da Câmara e digníssimos vereadores decidiram utilizar parte do dinheiro a embelezar a nossa cidade, nomeadamente, avançar com as obras (necessárias mas não urgentes) no largo General Humberto Delgado, o nosso Rossio, em vez de ter olhado, por exemplo, para as estradas do concelho que precisam urgentemente de ser pavimentadas e necessitam de manutenção (os “risquinhos brancos” fazem-me tanta falta quando conduzo), ou decidir ajudar instituições que lutam todos os meses para cumprir obrigações e conseguir algum desenvolvimento que traga melhores condições para os seus utentes, ou ainda, apoiar de forma mais eficaz os clubes e associações locais … eu também posso fazer a minha opção, mesmo que um pouco irresponsável.
Assim, bora lá todos gastar o dinheiro!
No entanto, não posso acabar sem dar os parabéns ao nosso executivo por ter como primeira opção a reabilitação de imóveis no centro histórico. Opção responsável!
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![]() “Pobre é o discípulo que não excede o seu mestre” Leonardo da Vinci
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![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
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