Onde estavas no 25 de Abril de 2020?
"Eu sou dos que ainda cá não estava em 1974. "
Já se pode falar do 25 de Abril? Já podemos falar do 25 de Abril sem se ser acusado de arreigado comunista ou perigoso fascista? É que isto este ano foi mesmo mau demais para ser verdade.
Eu sou dos que ainda cá não estava em 1974. Não o vivendo, aprendi o seu significado e sempre gostei da data, das histórias e do simbolismo de Abril, mas há já vários anos que defendo que as comemorações devem ter um formato menos cerimonioso, mais próximo das pessoas, com menos discursos e mais evidências de conquistas que fizemos com a democracia. Não faltam exemplos disto mesmo, na saúde, na educação, nas condições de vida melhoradas em tantos locais do país e em tantos aspectos.
Se continuarmos a insistir na fórmula: políticos a falar para políticos, não raras vezes exclusiva a participações seniores e sem que ninguém esteja realmente interessado em ouvir o que os outros dizem; o 25 de Abril não perdurará como data assinalável por muito mais tempo.
Mas este era um ano atípico para o que quer que fosse, e daí a estupefacção de nos vermos confrontados com um país político que não percebeu que o cerimonial de 2020 não podia ser o mesmo, dada a situação que o país atravessava. Mesmo que só simbolicamente, as comemorações na Assembleia da República nunca deviam ter acontecido naquele formato.
Para além de exporem à vista de todos o distanciamento entre eleitos e eleitores, não conseguiram mais do que pôr uns contra os outros, de uma forma crispada e completamente sem sentido, que em nada enalteceu o 25 de Abril. Reduzir tudo aos velhos debates da esquerda e direita, entre os de 24 e os de 26 de Abril, como se uns fossem os filhos da madrugada e outros os enteados de outra coisa qualquer, é profundamente redutor do que somos já hoje, 46 anos depois da revolução: um país decente mas com tanto ainda por conseguir.
Eu, confesso-me, no 25 de Abril de 2020 não estive por aqui.
Onde estavas no 25 de Abril de 2020?
Eu sou dos que ainda cá não estava em 1974.
Já se pode falar do 25 de Abril? Já podemos falar do 25 de Abril sem se ser acusado de arreigado comunista ou perigoso fascista? É que isto este ano foi mesmo mau demais para ser verdade.
Eu sou dos que ainda cá não estava em 1974. Não o vivendo, aprendi o seu significado e sempre gostei da data, das histórias e do simbolismo de Abril, mas há já vários anos que defendo que as comemorações devem ter um formato menos cerimonioso, mais próximo das pessoas, com menos discursos e mais evidências de conquistas que fizemos com a democracia. Não faltam exemplos disto mesmo, na saúde, na educação, nas condições de vida melhoradas em tantos locais do país e em tantos aspectos.
Se continuarmos a insistir na fórmula: políticos a falar para políticos, não raras vezes exclusiva a participações seniores e sem que ninguém esteja realmente interessado em ouvir o que os outros dizem; o 25 de Abril não perdurará como data assinalável por muito mais tempo.
Mas este era um ano atípico para o que quer que fosse, e daí a estupefacção de nos vermos confrontados com um país político que não percebeu que o cerimonial de 2020 não podia ser o mesmo, dada a situação que o país atravessava. Mesmo que só simbolicamente, as comemorações na Assembleia da República nunca deviam ter acontecido naquele formato.
Para além de exporem à vista de todos o distanciamento entre eleitos e eleitores, não conseguiram mais do que pôr uns contra os outros, de uma forma crispada e completamente sem sentido, que em nada enalteceu o 25 de Abril. Reduzir tudo aos velhos debates da esquerda e direita, entre os de 24 e os de 26 de Abril, como se uns fossem os filhos da madrugada e outros os enteados de outra coisa qualquer, é profundamente redutor do que somos já hoje, 46 anos depois da revolução: um país decente mas com tanto ainda por conseguir.
Eu, confesso-me, no 25 de Abril de 2020 não estive por aqui.
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
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![]() Agora que nos estamos a aproximar, no calendário católico, da Páscoa, talvez valha a pena meditar nos versículos 36, 37 e 38, do Capítulo 18, do Evangelho de João. Depois de entregue a Pôncio Pilatos, Jesus respondeu à pergunta deste: Que fizeste? Dito de outro modo: de que és culpado? Ora, a resposta de Jesus é surpreendente: «O meu reino não é deste mundo. |