• SOCIEDADE-  • CULTURA  • DESPORTO  • OPINIÃO
  Quinta, 25 Abril 2024    •      Directora: Inês Vidal; Director-adjunto: João Carlos Lopes    •      Estatuto Editorial    •      História do JT
   Pesquisar...
Dom.
 18° / 6°
Períodos nublados com chuva fraca
Sáb.
 17° / 8°
Períodos nublados com chuva fraca
Sex.
 19° / 11°
Céu nublado com chuva fraca
Torres Novas
Hoje  20° / 11°
Céu nublado
       #Alcanena    #Entroncamento    #Golega    #Barquinha    #Constancia 

Casimiro Pereira… dedicação e simplicidade

Opinião  »  2018-10-12  »  AnabelaSantos

"Casimiro Pereira foi um presidente com ideias e preocupações"

Pego na caneta, no papel, sento-me na mesa do café e questiono-me: como me atrevo a escrever sobre este senhor? – Não sei, corro o risco, simplesmente.

Era uma miúda, criança mesmo, quando Casimiro Pereira começou a sua vida autárquica em Torres Novas. Pela tenra idade, não tinha qualquer perceção do que se passava a nível político e social na altura. Guardo algumas imagens televisivas, meio desfocadas, do dia 25 de Abril de 74. Nada mais.

Assim, só pelos factos históricos e pela voz de quem testemunhou os acontecimentos da época, sei que a situação do país era caótica a nível político, económico e social. O povo gritava por liberdade e por melhores condições de vida. Era inevitável a mudança. Era inevitável a revolução dos cravos.

É neste período conturbado da nossa história que vive Casimiro Pereira, presidente eleito, pela primeira vez em 1979, seguindo-se mais dois mandatos em 1982 e 1985, como candidato do PPD/PSD.

Durante o período em que foi o “capitão” deste barco com o nome de Torres Novas, a sua preocupação foi tentar dar ao concelho o que não tinha e era urgente ter, a grande prioridade… as infraestruturas básicas. Levar até às aldeias energia elétrica, água, esgotos, arruamentos e caminhos, escolas, pontes, etc.
Importante, também, foi a reestruturação dos serviços técnicos municipais, a criação de uma zona industrial para a cidade, a aquisição da Quinta da Lezíria e da fábrica do álcool e dar especial atenção à central de camionagem.

Casimiro Pereira foi um presidente com ideias, preocupações, um orçamento limitado, poucos trabalhadores, poucas máquinas, mas nunca desistiu de dar a todos os torrejanos melhores condições de vida.

Com toda a sua simpatia, atenção e paciência, contou-me que algumas pessoas lhe diziam que a câmara não duraria mais de seis meses… A história fala por si.
Sempre se sentiu acarinhado pela população, que lhe dizia “um senhor como este nunca mais vamos ter”.

E, quando temos no presidente da câmara da nossa cidade, trabalho, luta, obra feita, preocupação, simpatia, humildade e um sorriso… temos orgulho e admiração.

Como escrevi no início do texto, eu era uma criança quando este grande senhor começou a sua vida autárquica. Na altura, nada sabia. Não sabia se vivíamos numa época difícil, não entendia que era uma época de mudança, não sabia se nas aldeias havia água ou energia elétrica, não sabia o que era um presidente da câmara e muito menos sabia o que era o PSD. Mas, por questões familiares, como o facto de os meus pais fazerem parte do grupo fundador do PPD/PSD em Torres Novas e o meu pai ter dedicado vários anos da sua vida à junta de freguesia de Santa Maria e à autarquia, sempre acompanhei o percurso de Casimiro Pereira, e o que não sabia, fiquei a saber.

Acabei por guardar na minha memória conversas, momentos e sorrisos. Sei que este senhor simpático e atencioso não foi o presidente das rotundas, das festas, das romarias, dos orçamentos milionários, mas deixou uma grande obra e preparou o concelho para o futuro.
Casimiro Pereira “fez da sua vida autárquica uma missão de vida”. Palavras do senhor presidente.

Tanto há para dizer sobre este senhor, mas não sou eu, com certeza, que o irei fazer. Será o próprio que irá falar das suas vivências, das suas obras, das suas preocupações, dos seus amigos, companheiros e de quem sempre o ajudou. E eu irei ouvir com muita atenção e muito carinho as suas palavras . Será para mim uma honra estar presente na apresentação do seu livro “Memórias Políticas”, pois é tão raro e muito importante ouvir, na primeira pessoa, relatos históricos vividos e sentidos.
Até já, sr. presidente…

 

 

 Outras notícias - Opinião


Família tradicional e luta do bem contra o mal - jorge carreira maia »  2024-04-24  »  Jorge Carreira Maia

A publicação do livro Identidade e Família – Entre a Consistência da Tradição e os Desafios da Modernidade, apresentado por Passos Coelho, gerou uma inusitada efervescência, o que foi uma vitória para os organizadores desta obra colectiva.
(ler mais...)


Caminho de Abril - maria augusta torcato »  2024-04-22  »  Maria Augusta Torcato

Olho para o meu caminho e fico contente. Acho mesmo que fiz o caminho de Abril. O caminho que Abril representa. No entanto, a realidade atual e os desafios diários levam-me a desejar muito que este caminho não seja esquecido, não por querer que ele se repita, mas para não nos darmos conta, quase sem tempo de manteiga nos dentes, que estamos, outra vez, lá muito atrás e há que fazer de novo o caminho com tudo o que isso implica e que hoje seria incompreensível e inaceitável.
(ler mais...)


As eleições e o triunfo do pensamento mágico - jorge carreira maia »  2024-04-10  »  Jorge Carreira Maia

Existe, em Portugal, uma franja pequena do eleitorado que quer, deliberadamente, destruir a democracia, não suporta os regimes liberais, sonha com o retorno ao autoritarismo. Ao votar Chega, fá-lo racionalmente. Contudo, a explosão do eleitorado do partido de André Ventura não se explica por esse tipo de eleitores.
(ler mais...)


Eleições "livres"... »  2024-03-18  »  Hélder Dias

Este é o meu único mundo! - antónio mário santos »  2024-03-08  »  António Mário Santos

Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza.
(ler mais...)


Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato »  2024-03-08  »  Maria Augusta Torcato

Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente.
(ler mais...)


A crise das democracias liberais - jorge carreira maia »  2024-03-08  »  Jorge Carreira Maia

A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David.
(ler mais...)


A carne e os ossos - pedro borges ferreira »  2024-03-08  »  Pedro Ferreira

Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA.
(ler mais...)


O Flautista de Hamelin... »  2024-02-28  »  Hélder Dias

Este mundo e o outro - joão carlos lopes »  2024-02-22 

Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”.
(ler mais...)

 Mais lidas - Opinião (últimos 30 dias)
»  2024-04-22  »  Maria Augusta Torcato Caminho de Abril - maria augusta torcato
»  2024-04-24  »  Jorge Carreira Maia Família tradicional e luta do bem contra o mal - jorge carreira maia
»  2024-04-10  »  Jorge Carreira Maia As eleições e o triunfo do pensamento mágico - jorge carreira maia