E o futuro?
"Os anos passam, o tempo passa e esta geração sem remuneração, sem perspectivas de futuro..."
Não é o futuro depois da pandemia, é o futuro simplesmente.
Vamos deixar, hoje, de lado este campo lexical que tanto nos tem atormentado e que ocupa as vinte e quatro horas do nosso dia: Covid-19, pandemia, confinamento, desconfinamento, estado de emergência, estado de calamidade, vírus, coronavírus, número de mortos, curados e infetados… Vamos descansar!
Mas, se falo em tormento por causa da situação actual, penso que o meu tema de hoje não será muito mais leve. O futuro …
Estou a escrever este texto no primeiro dia de Maio, dia que este ano foi comemorado de forma diferente mas continuou a ser uma data carregada de simbolismo, de valores cívicos e sociais. Devido à situação actual e a todas as situações anteriores, continua a ser obrigatório mostrar ao Governo e às entidades patronais as necessidades e os direitos dos trabalhadores que procuram e precisam de melhorias nas condições de trabalho e o fim da precariedade.
Influenciada por este dia marcante, considero pertinente falar de um assunto que me atormenta talvez mais que este momento de pandemia (não sei se devia escrever isto), ou seja, o futuro de uma geração que está constantemente a ser fustigada por momentos menos bons, para não utilizar outro termo, como a crise económica que parecia estar um pouco ultrapassada e, agora, a pandemia. Uma geração que catalogaram como “geração à rasca” e que há anos tenta sobreviver à rasca mesmo.
Os anos passam, o tempo passa e esta geração sem remuneração, sem perspectivas de futuro, sem capacidade de planear o amanhã, e sem prosperidade, mantém uma situação precária sem ver luz ao fundo do túnel.
Continuam à rasca os que acabaram as suas licenciaturas e não conseguem entrar no mercado de trabalho, continuam à rasca os que acabaram os seus estudos e tiveram a coragem de criar a sua própria empresa, estão à rasca os que saíram do país à procura de uma vida melhor, estão à rasca aqueles que simplesmente querem um emprego, uma família e estabilidade e não o conseguem alcançar. Como é que esta geração vai viver?
Se me perguntam o que quero para o meu país daqui a um, dois, três anos, eu respondo que quero o que todos querem. Um país que se mantenha livre, equilibrado e que nos orgulhe. Quero principalmente que a expressão “geração à rasca” desapareça para sempre.
O meu pensamento estará sempre com os jovens e como é certo que o equilíbrio que diziam estar a ser alcançado, desabou, agora, drasticamente, e apesar de reconhecer que é difícil, no meu horizonte está um governo que se contorce, se vira do avesso para conseguir medidas que desenrasquem estes miúdos que são o nosso futuro.
E o futuro?
Os anos passam, o tempo passa e esta geração sem remuneração, sem perspectivas de futuro...
Não é o futuro depois da pandemia, é o futuro simplesmente.
Vamos deixar, hoje, de lado este campo lexical que tanto nos tem atormentado e que ocupa as vinte e quatro horas do nosso dia: Covid-19, pandemia, confinamento, desconfinamento, estado de emergência, estado de calamidade, vírus, coronavírus, número de mortos, curados e infetados… Vamos descansar!
Mas, se falo em tormento por causa da situação actual, penso que o meu tema de hoje não será muito mais leve. O futuro …
Estou a escrever este texto no primeiro dia de Maio, dia que este ano foi comemorado de forma diferente mas continuou a ser uma data carregada de simbolismo, de valores cívicos e sociais. Devido à situação actual e a todas as situações anteriores, continua a ser obrigatório mostrar ao Governo e às entidades patronais as necessidades e os direitos dos trabalhadores que procuram e precisam de melhorias nas condições de trabalho e o fim da precariedade.
Influenciada por este dia marcante, considero pertinente falar de um assunto que me atormenta talvez mais que este momento de pandemia (não sei se devia escrever isto), ou seja, o futuro de uma geração que está constantemente a ser fustigada por momentos menos bons, para não utilizar outro termo, como a crise económica que parecia estar um pouco ultrapassada e, agora, a pandemia. Uma geração que catalogaram como “geração à rasca” e que há anos tenta sobreviver à rasca mesmo.
Os anos passam, o tempo passa e esta geração sem remuneração, sem perspectivas de futuro, sem capacidade de planear o amanhã, e sem prosperidade, mantém uma situação precária sem ver luz ao fundo do túnel.
Continuam à rasca os que acabaram as suas licenciaturas e não conseguem entrar no mercado de trabalho, continuam à rasca os que acabaram os seus estudos e tiveram a coragem de criar a sua própria empresa, estão à rasca os que saíram do país à procura de uma vida melhor, estão à rasca aqueles que simplesmente querem um emprego, uma família e estabilidade e não o conseguem alcançar. Como é que esta geração vai viver?
Se me perguntam o que quero para o meu país daqui a um, dois, três anos, eu respondo que quero o que todos querem. Um país que se mantenha livre, equilibrado e que nos orgulhe. Quero principalmente que a expressão “geração à rasca” desapareça para sempre.
O meu pensamento estará sempre com os jovens e como é certo que o equilíbrio que diziam estar a ser alcançado, desabou, agora, drasticamente, e apesar de reconhecer que é difícil, no meu horizonte está um governo que se contorce, se vira do avesso para conseguir medidas que desenrasquem estes miúdos que são o nosso futuro.
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
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![]() Agora que nos estamos a aproximar, no calendário católico, da Páscoa, talvez valha a pena meditar nos versículos 36, 37 e 38, do Capítulo 18, do Evangelho de João. Depois de entregue a Pôncio Pilatos, Jesus respondeu à pergunta deste: Que fizeste? Dito de outro modo: de que és culpado? Ora, a resposta de Jesus é surpreendente: «O meu reino não é deste mundo. |