E o futuro?
Opinião » 2020-05-09 » AnabelaSantos"Os anos passam, o tempo passa e esta geração sem remuneração, sem perspectivas de futuro..."
Não é o futuro depois da pandemia, é o futuro simplesmente.
Vamos deixar, hoje, de lado este campo lexical que tanto nos tem atormentado e que ocupa as vinte e quatro horas do nosso dia: Covid-19, pandemia, confinamento, desconfinamento, estado de emergência, estado de calamidade, vírus, coronavírus, número de mortos, curados e infetados… Vamos descansar!
Mas, se falo em tormento por causa da situação actual, penso que o meu tema de hoje não será muito mais leve. O futuro …
Estou a escrever este texto no primeiro dia de Maio, dia que este ano foi comemorado de forma diferente mas continuou a ser uma data carregada de simbolismo, de valores cívicos e sociais. Devido à situação actual e a todas as situações anteriores, continua a ser obrigatório mostrar ao Governo e às entidades patronais as necessidades e os direitos dos trabalhadores que procuram e precisam de melhorias nas condições de trabalho e o fim da precariedade.
Influenciada por este dia marcante, considero pertinente falar de um assunto que me atormenta talvez mais que este momento de pandemia (não sei se devia escrever isto), ou seja, o futuro de uma geração que está constantemente a ser fustigada por momentos menos bons, para não utilizar outro termo, como a crise económica que parecia estar um pouco ultrapassada e, agora, a pandemia. Uma geração que catalogaram como “geração à rasca” e que há anos tenta sobreviver à rasca mesmo.
Os anos passam, o tempo passa e esta geração sem remuneração, sem perspectivas de futuro, sem capacidade de planear o amanhã, e sem prosperidade, mantém uma situação precária sem ver luz ao fundo do túnel.
Continuam à rasca os que acabaram as suas licenciaturas e não conseguem entrar no mercado de trabalho, continuam à rasca os que acabaram os seus estudos e tiveram a coragem de criar a sua própria empresa, estão à rasca os que saíram do país à procura de uma vida melhor, estão à rasca aqueles que simplesmente querem um emprego, uma família e estabilidade e não o conseguem alcançar. Como é que esta geração vai viver?
Se me perguntam o que quero para o meu país daqui a um, dois, três anos, eu respondo que quero o que todos querem. Um país que se mantenha livre, equilibrado e que nos orgulhe. Quero principalmente que a expressão “geração à rasca” desapareça para sempre.
O meu pensamento estará sempre com os jovens e como é certo que o equilíbrio que diziam estar a ser alcançado, desabou, agora, drasticamente, e apesar de reconhecer que é difícil, no meu horizonte está um governo que se contorce, se vira do avesso para conseguir medidas que desenrasquem estes miúdos que são o nosso futuro.
E o futuro?
Opinião » 2020-05-09 » AnabelaSantosOs anos passam, o tempo passa e esta geração sem remuneração, sem perspectivas de futuro...
Não é o futuro depois da pandemia, é o futuro simplesmente.
Vamos deixar, hoje, de lado este campo lexical que tanto nos tem atormentado e que ocupa as vinte e quatro horas do nosso dia: Covid-19, pandemia, confinamento, desconfinamento, estado de emergência, estado de calamidade, vírus, coronavírus, número de mortos, curados e infetados… Vamos descansar!
Mas, se falo em tormento por causa da situação actual, penso que o meu tema de hoje não será muito mais leve. O futuro …
Estou a escrever este texto no primeiro dia de Maio, dia que este ano foi comemorado de forma diferente mas continuou a ser uma data carregada de simbolismo, de valores cívicos e sociais. Devido à situação actual e a todas as situações anteriores, continua a ser obrigatório mostrar ao Governo e às entidades patronais as necessidades e os direitos dos trabalhadores que procuram e precisam de melhorias nas condições de trabalho e o fim da precariedade.
Influenciada por este dia marcante, considero pertinente falar de um assunto que me atormenta talvez mais que este momento de pandemia (não sei se devia escrever isto), ou seja, o futuro de uma geração que está constantemente a ser fustigada por momentos menos bons, para não utilizar outro termo, como a crise económica que parecia estar um pouco ultrapassada e, agora, a pandemia. Uma geração que catalogaram como “geração à rasca” e que há anos tenta sobreviver à rasca mesmo.
Os anos passam, o tempo passa e esta geração sem remuneração, sem perspectivas de futuro, sem capacidade de planear o amanhã, e sem prosperidade, mantém uma situação precária sem ver luz ao fundo do túnel.
Continuam à rasca os que acabaram as suas licenciaturas e não conseguem entrar no mercado de trabalho, continuam à rasca os que acabaram os seus estudos e tiveram a coragem de criar a sua própria empresa, estão à rasca os que saíram do país à procura de uma vida melhor, estão à rasca aqueles que simplesmente querem um emprego, uma família e estabilidade e não o conseguem alcançar. Como é que esta geração vai viver?
Se me perguntam o que quero para o meu país daqui a um, dois, três anos, eu respondo que quero o que todos querem. Um país que se mantenha livre, equilibrado e que nos orgulhe. Quero principalmente que a expressão “geração à rasca” desapareça para sempre.
O meu pensamento estará sempre com os jovens e como é certo que o equilíbrio que diziam estar a ser alcançado, desabou, agora, drasticamente, e apesar de reconhecer que é difícil, no meu horizonte está um governo que se contorce, se vira do avesso para conseguir medidas que desenrasquem estes miúdos que são o nosso futuro.
Caminho de Abril - maria augusta torcato » 2024-04-22 » Maria Augusta Torcato Olho para o meu caminho e fico contente. Acho mesmo que fiz o caminho de Abril. O caminho que Abril representa. No entanto, a realidade atual e os desafios diários levam-me a desejar muito que este caminho não seja esquecido, não por querer que ele se repita, mas para não nos darmos conta, quase sem tempo de manteiga nos dentes, que estamos, outra vez, lá muito atrás e há que fazer de novo o caminho com tudo o que isso implica e que hoje seria incompreensível e inaceitável. |
As eleições e o triunfo do pensamento mágico - jorge carreira maia » 2024-04-10 » Jorge Carreira Maia Existe, em Portugal, uma franja pequena do eleitorado que quer, deliberadamente, destruir a democracia, não suporta os regimes liberais, sonha com o retorno ao autoritarismo. Ao votar Chega, fá-lo racionalmente. Contudo, a explosão do eleitorado do partido de André Ventura não se explica por esse tipo de eleitores. |
Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
Este mundo e o outro - joão carlos lopes » 2024-02-22 Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”. |
2032: a redenção do Planeta - jorge cordeiro simões » 2024-02-22 » Jorge Cordeiro Simões
|
» 2024-04-22
» Maria Augusta Torcato
Caminho de Abril - maria augusta torcato |
» 2024-04-10
» Jorge Carreira Maia
As eleições e o triunfo do pensamento mágico - jorge carreira maia |