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Nicolau III - rui anastácio

Opinião  »  2021-02-22  »  Rui Anastácio

"Em volta do poder sempre se reúne uma comunidade de charlatões, que vai engrossando até que a dado momento alguém repara que o rei vai nu."

Dizia-se do último czar da Rússia, Nicolau II, que a sua opinião era a opinião da última pessoa com quem tinha falado. Cem anos depois, Nicolau II reencarnou em alguma daquela rapaziada que tomou conta dos principais partidos da nossa democracia.

Em tempos foram boys e agora, já crescidos, são Nicolau III. Não confundir com São Nicolau, bispo de Mira e taumaturgo (fazedor de milagres), que tardiamente foi transformada no ícone do Natal, chamado Pai Natal.

Pensando bem, talvez consigamos encontrar alguns pontos em comum entre os Nicolau III e São Nicolau, tal como São Nicolau têm especial predilecção pela distribuição de presentes, normalmente sob a forma de empregos ou favores especiais. Foi uma habilidade desenvolvida desde a fase “boys”, também conhecida por fase de incubação, e que agora na fase “Nicolau III”, fase de maturação, dominam como ninguém. Não há concurso público justo e transparente que os engane, desprezam o mérito e a competência na distribuição de presentes.

São Nicolau dá presentes aos meninos que se portam bem, os Nicolaus III dão presentes aos meninos que se portam convenientemente e que dizem bem dos meninos do partido e da sua gestão rigorosa e visionária.

Como Nicolau II, os Nicolaus III também não dispensam os seus Grigori Rasputin, figura mítica que, ao que dizem, em nada ajudou à popularidade de Nicolau II. Em volta do poder sempre se reune uma comunidade de charlatões, que vai engrossando até que a dado momento alguém repara que o rei vai nu. É nessa altura que os Nicolaus aumentam a sua actividade na distribuição de prebendas e sinecuras, ficam em roda livre e “vale tudo menos tirar olhos”. Valha-nos a democracia, com todos os seus defeitos.

Bem sei que a democracia alimenta muitos Nicolaus, mas no limite também é capaz de os “afogar”, ou talvez sejam eles que se afoguem sem necessidade de ajuda. Se assim não for, morreremos todos afogados e nem os proprietários de barcos de grande calado se irão safar.

Note-se que o calado varia conforme a carga do navio e a densidade do líquido em que navega o barco.

 

 

 

 

 

 

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