Terra - rui anastácio
"As pessoas da minha geração já não andavam descalças, mas tivemos ainda “os pés na terra”."
Nas nossas aldeias e pequenas vilas, as escolas estão a fechar uma após outra. É um movimento imparável, fruto do nosso gravíssimo problema demográfico. Se as escolas devem ou não devem fechar e em que circunstâncias devem fechar, é uma longa e difícil questão. Muitos pais da minha geração viveram ou vivem esse dilema.
Muitas vezes pergunto de onde vem o amor à terra, porque é tão importante para todos nós a terra onde nascemos? A nossa terra é, sem dúvida, o sítio onde passámos a nossa infância. Nessa idade, os caminhos que percorremos são apropriados de uma maneira única. Os recantos que descobrimos, as quedas, os amigos, as pedras e os paus, as correrias desenfreadas, os campos improvisados as noites de verão.
As pessoas da minha geração já não andavam descalças, mas tivemos ainda “os pés na terra”. Criámos fortes laços afectivos com as nossas terras e também com os nosso avós. Essas duas coisas juntas fizeram de nós quem somos. Quando fecha uma escola numa aldeia, estamos a roubar a muitas das nossas crianças duas coisas muito importantes, a criação de fortes laços com a sua terra e o almoço feito pela avó.
Neste país em que vivemos, em que metade do tempo estamos a falar de comida, do almoço que tivemos ou do jantar que vamos organizar, a comida da mãe é um assunto recorrente, mas quando se fala da comida da avó entra-se num estado de êxtase gastronómica. Crescer na Terra e o almoço da avó, são duas vitaminas especiais que nos protegem de muitas doenças no futuro.
Desta vez, talvez a culpa não seja do lóbi das farmacêuticas nem de nenhum outro lóbi. Não sei mesmo se teremos “culpa formada”. O que sei é que não há nada melhor que as favas da minha avó. Dizem as más línguas que tinham açúcar.
Terra - rui anastácio
As pessoas da minha geração já não andavam descalças, mas tivemos ainda “os pés na terra”.
Nas nossas aldeias e pequenas vilas, as escolas estão a fechar uma após outra. É um movimento imparável, fruto do nosso gravíssimo problema demográfico. Se as escolas devem ou não devem fechar e em que circunstâncias devem fechar, é uma longa e difícil questão. Muitos pais da minha geração viveram ou vivem esse dilema.
Muitas vezes pergunto de onde vem o amor à terra, porque é tão importante para todos nós a terra onde nascemos? A nossa terra é, sem dúvida, o sítio onde passámos a nossa infância. Nessa idade, os caminhos que percorremos são apropriados de uma maneira única. Os recantos que descobrimos, as quedas, os amigos, as pedras e os paus, as correrias desenfreadas, os campos improvisados as noites de verão.
As pessoas da minha geração já não andavam descalças, mas tivemos ainda “os pés na terra”. Criámos fortes laços afectivos com as nossas terras e também com os nosso avós. Essas duas coisas juntas fizeram de nós quem somos. Quando fecha uma escola numa aldeia, estamos a roubar a muitas das nossas crianças duas coisas muito importantes, a criação de fortes laços com a sua terra e o almoço feito pela avó.
Neste país em que vivemos, em que metade do tempo estamos a falar de comida, do almoço que tivemos ou do jantar que vamos organizar, a comida da mãe é um assunto recorrente, mas quando se fala da comida da avó entra-se num estado de êxtase gastronómica. Crescer na Terra e o almoço da avó, são duas vitaminas especiais que nos protegem de muitas doenças no futuro.
Desta vez, talvez a culpa não seja do lóbi das farmacêuticas nem de nenhum outro lóbi. Não sei mesmo se teremos “culpa formada”. O que sei é que não há nada melhor que as favas da minha avó. Dizem as más línguas que tinham açúcar.
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