O João
"Esta rapaziada roubou ao país, só nos últimos anos, um valor correspondente a algumas dezenas de orçamentos anuais para a saúde"
“O João é gente boa! Sabe o que acontece? A cabeça dele é que não funciona na hora certa.”
O sotaque era brasileiro, pintor de fachadas e alguma sabedoria tolerante na voz, trazidas certamente por uma longa e dura vida pendurada em andaimes.
Sinto frequentemente que Portugal é como a cabeça do João.
Portugal não colocou na prisão os banqueiros sem vergonha na hora certa. Portugal não colocou na prisão os empresários sem vergonha na hora certa (PT e EDP só para dar 2 exemplos). Portugal não colocou na prisão os políticos sem vergonha na hora certa.
E já agora, se me permitem, Portugal também não colocou na prisão os magistrados sem vergonha na hora certa. Enquanto isso, ao que parece, a Islândia aquando da crise bancária colocou 130 na prisão num abrir e fechar de olhos.
A Islândia tem 362 mil habitantes e muito frio quase todo o ano. Sabendo nós que as temperaturas mais frias tendem a prejudicar o desenvolvimento de “rapaziada da boa”, vulgarmente conhecidos por corruptos sem vergonha, basta fazer uma proporção aritmética e rapidamente nos apercebemos que as contas não batem certo.
O nosso caldo cultural não ajuda, é certo. Mas que diabo, não podemos ser mais interventivos enquanto sociedade. Já este ano contaram-me, na primeira pessoa, a interessante história dos investimentos “falhados” de Roquette e companhia no Alqueva. Foram mais alguns milhões do nosso bolso.
Esta rapaziada roubou ao país, só nos últimos anos, um valor correspondente a algumas dezenas de orçamentos anuais para a saúde (por ano Portugal gasta com saúde cerca de 10 mil milhões de euros). Todos nós sabemos disto.
Só da Isabelinha é que ninguém fazia a menor ideia, quando tudo fazia parecer que todos aqueles milhões resultavam de uma longa vida de trabalho árduo, eis que de repente surge algo que nos deixou a todos embasbacados.
A Ana de Timor é mesmo uma rapariga muito à frente. Ou será simplesmente corajosa?
Fazendo de Professor Marcelo, aconselho o livro do meu saudoso professor, Luís Campos: “Como viver sem trabalhar num país à beira mar”.
O João
Esta rapaziada roubou ao país, só nos últimos anos, um valor correspondente a algumas dezenas de orçamentos anuais para a saúde
“O João é gente boa! Sabe o que acontece? A cabeça dele é que não funciona na hora certa.”
O sotaque era brasileiro, pintor de fachadas e alguma sabedoria tolerante na voz, trazidas certamente por uma longa e dura vida pendurada em andaimes.
Sinto frequentemente que Portugal é como a cabeça do João.
Portugal não colocou na prisão os banqueiros sem vergonha na hora certa. Portugal não colocou na prisão os empresários sem vergonha na hora certa (PT e EDP só para dar 2 exemplos). Portugal não colocou na prisão os políticos sem vergonha na hora certa.
E já agora, se me permitem, Portugal também não colocou na prisão os magistrados sem vergonha na hora certa. Enquanto isso, ao que parece, a Islândia aquando da crise bancária colocou 130 na prisão num abrir e fechar de olhos.
A Islândia tem 362 mil habitantes e muito frio quase todo o ano. Sabendo nós que as temperaturas mais frias tendem a prejudicar o desenvolvimento de “rapaziada da boa”, vulgarmente conhecidos por corruptos sem vergonha, basta fazer uma proporção aritmética e rapidamente nos apercebemos que as contas não batem certo.
O nosso caldo cultural não ajuda, é certo. Mas que diabo, não podemos ser mais interventivos enquanto sociedade. Já este ano contaram-me, na primeira pessoa, a interessante história dos investimentos “falhados” de Roquette e companhia no Alqueva. Foram mais alguns milhões do nosso bolso.
Esta rapaziada roubou ao país, só nos últimos anos, um valor correspondente a algumas dezenas de orçamentos anuais para a saúde (por ano Portugal gasta com saúde cerca de 10 mil milhões de euros). Todos nós sabemos disto.
Só da Isabelinha é que ninguém fazia a menor ideia, quando tudo fazia parecer que todos aqueles milhões resultavam de uma longa vida de trabalho árduo, eis que de repente surge algo que nos deixou a todos embasbacados.
A Ana de Timor é mesmo uma rapariga muito à frente. Ou será simplesmente corajosa?
Fazendo de Professor Marcelo, aconselho o livro do meu saudoso professor, Luís Campos: “Como viver sem trabalhar num país à beira mar”.
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
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![]() Agora que nos estamos a aproximar, no calendário católico, da Páscoa, talvez valha a pena meditar nos versículos 36, 37 e 38, do Capítulo 18, do Evangelho de João. Depois de entregue a Pôncio Pilatos, Jesus respondeu à pergunta deste: Que fizeste? Dito de outro modo: de que és culpado? Ora, a resposta de Jesus é surpreendente: «O meu reino não é deste mundo. |