Democracia, por Inês Vidal
Somos todos pela democracia. Menos quando ganha quem não queremos. Esta coisa da democracia tem que se lhe diga. Que o diga eu que, nunca falhando a umas eleições, nunca vi ganhar nenhumas. Fica sempre um sabor amargo na boca, uma angústia de não ver ganhar quem se quer. O parabenizar o vencedor, como se aceitássemos justo o resultado que não escolhemos, como se não questionássemos a decisão da maioria…
Mas isso é o lado negro da democracia, o tal mais imperfeito de todos os sistemas, à excepção de qualquer outro. Resta o rasto de derrota, o ter de aceitar, contrariado, que a vitória é de outro, contra todos os princípios que proclamamos em bicos dos pés. O fingir que não nos importamos que os outros não percebam que nós é que tínhamos razão. A frustração de não termos conseguido passar a mensagem em que acreditamos. Mas esqueçamos o politicamente correcto.
O que há de justo em não vermos ganhar quem queremos ou aqueles em cujo projecto acreditamos? Foquemo-nos no mais importante. O CDTN teve, pela primeira vez em mais de 90 anos de história, duas listas candidatas aos corpos sociais. Essa é seguramente uma vitória para a democracia: encontrar gente em número suficiente para perfazer duas listas.
E pela primeira vez em dez anos, o Desportivo viu consolidada em votos a decisão dos seus sócios. Foram 108 contra 34 votos. Uma vitória inequívoca, mas que deixa incrédulas três dezenas de sócios. E que deixa aos vencedores o peso da responsabilidade de arcar com a história de nove décadas e de mostrar, aos que não os escolheram, que a decisão da maioria tinha razão de ser.
Democracia, por Inês Vidal
Somos todos pela democracia. Menos quando ganha quem não queremos. Esta coisa da democracia tem que se lhe diga. Que o diga eu que, nunca falhando a umas eleições, nunca vi ganhar nenhumas. Fica sempre um sabor amargo na boca, uma angústia de não ver ganhar quem se quer. O parabenizar o vencedor, como se aceitássemos justo o resultado que não escolhemos, como se não questionássemos a decisão da maioria…
Mas isso é o lado negro da democracia, o tal mais imperfeito de todos os sistemas, à excepção de qualquer outro. Resta o rasto de derrota, o ter de aceitar, contrariado, que a vitória é de outro, contra todos os princípios que proclamamos em bicos dos pés. O fingir que não nos importamos que os outros não percebam que nós é que tínhamos razão. A frustração de não termos conseguido passar a mensagem em que acreditamos. Mas esqueçamos o politicamente correcto.
O que há de justo em não vermos ganhar quem queremos ou aqueles em cujo projecto acreditamos? Foquemo-nos no mais importante. O CDTN teve, pela primeira vez em mais de 90 anos de história, duas listas candidatas aos corpos sociais. Essa é seguramente uma vitória para a democracia: encontrar gente em número suficiente para perfazer duas listas.
E pela primeira vez em dez anos, o Desportivo viu consolidada em votos a decisão dos seus sócios. Foram 108 contra 34 votos. Uma vitória inequívoca, mas que deixa incrédulas três dezenas de sócios. E que deixa aos vencedores o peso da responsabilidade de arcar com a história de nove décadas e de mostrar, aos que não os escolheram, que a decisão da maioria tinha razão de ser.
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Em 2012, o psicólogo social Jonathan Haidt publicou a obra A Mente Justa: Porque as Pessoas Boas não se Entendem sobre Política e Religião. Esta obra é fundamental porque nos ajuda a compreender um dos dramas que assolam os países ocidentais, cujas democracias se estruturam, ainda hoje, pela dicotomia esquerda–direita. |
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
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Direita e Esquerda, uma questão de sabores morais |