Enquanto penso em como arrancar com este texto, só consigo imaginar o fartote que Joana Marques, humorista, faria com esta notícia. Tivesse eu jeito para piadas e poderia alvitrar já aqui duas ou três larachas, envolvendo papel higiénico e lavagem de honra, que a responsável pelo podcast Extremamente Desagradável faria com este assunto.
A Renova, empresa sediada na freguesia da Zibreira e... (ler mais...)
Em 1994 Yasser Arafat, Shimon Peres e Yitzhac Rabin recebiam o Prémio Nobel da Paz, o mundo despedia-se de Airton Senna, Tom Jobin e Kurt Cobain, Nelson Mandela assumia a presidência de África do Sul, sendo o primeiro presidente negro daquele país, Berlusconi vencia as legislativas italianas, nascia Harry Styles. Em Portugal, Lisboa era capital europeia da cultura, festejávamos os 20 anos sobre ... (ler mais...)
O que nos motiva à constante procura de superação? Qual a necessidade que temos de mostrar a nós próprios e ao mundo que somos capazes de ir mais além, de esticar os nossos limites para além do estabelecido, de querermos ser sempre um pouco mais? Fascina-me pensar nestas razões que nos movem.
Já procurei a superação uma série de vezes. Faço-o sem... (ler mais...)
Gostamos de ver as coisas a acontecer. Gostamos de cidades dinâmicas, hipóteses e oportunidades. Gostamos do poder de escolha e de ter a possibilidade de optar, seja pelo sim ou pelo não, por fazer ou ficar a ver. Gostamos, mas esperamos sempre que alguém o faça por nós. Salvo raras excepções.
Há uns dias fui ao Porto assistir à promessa de caminheiro d... (ler mais...)
A Câmara Municipal de Torres Novas aprovou a semana passada, por unanimidade, um conjunto de medidas de combate à crise energética, que deverá ser aplicado em edifícios e espaços públicos. Uma atitude que visa responder, como se pode ler na informação camarária, às preocupações ambientais, bem como à crise energética que tem perturbado o mer... (ler mais...)
Esta história não difere muito de uma que a Maria Rita me contou um destes dias. Nada fazia sentido ou batia certo. A única coisa que era evidente é que alguém não estava a contar a verdade toda. A diferença de monta nesta minha comparação é que a Maria Rita tem nove anos e queria esquivar-se de um sermão. Nesta história que vos trazemos hoje, os intervenientes... (ler mais...)
É difícil sentirmo-nos parte de algo. Podemos passar uma vida inteira a passar ao lado de uma vida inteira, sermos sempre supérfluos, o outro, apenas mais um. Viver à superfície, cumprir por cumprir, encarar a coisa como apenas e só mais uma etapa. Uma vez cumprida, a próxima... Poucas são as coisas que nos abraçam como se fossemos parte, que nos entranham mesmo sem estranhar, que ... (ler mais...)
Tenho um postal na cabeça, daqueles que me acorre inúmeras vezes, normalmente quando estou feliz e quando tudo o que vejo surge a condizer com o meu estado de espírito. O rio Almonda, naquele troço que atravessa a aldeia de Lapas, e um grupo de miúdos que salta sem medo para a água, apenas com o gargalhar como som de fundo. A paisagem, a casa das portadas verdes que faz esquina, a alegria dos miú... (ler mais...)
Fez na segunda-feira, dia 2 de Maio, 19 anos que comecei a trabalhar no Jornal Torrejano. Lembro-me desse dia como se fosse hoje, embora os tempos estejam bem diferentes. Pelo caminho, desde então, fomos mudando de caras, de timings, de cor e de formato, mas nunca, em momento algum, mudámos a nossa essência.
Durante essas quase duas décadas passadas, assistimos a mudanças gigantes na realidade que nos ... (ler mais...)
Dizem que o desporto é saudável. Eu cada vez mais me convenço de que nada em que o Homem toque é saudável. Nunca fui desportista no verdadeiro sentido da palavra. Reconheço que até o poderia ter sido, em miúda, mas nunca fui muito incentivada a isso. Não tínhamos grande culto lá por casa, o tempo era pouco ou então era apenas a questão da cultura do desp... (ler mais...)
É certo que nós fazemos a nossa própria história, mas mais certo ainda é dizer que a nossa passagem pela vida depende em tudo da história que nos antecedeu no caminho. Não somos nada sem um passado, somos antes um só reflexo, evidente ou não, desse passado todo.
Nem sempre percebi isto. Que o diga o professor Fernando Coelho, que me aturou entre o 9.º e o 12.º ano... (ler mais...)
Passámos o ano, festejámos em família, vivemos mais uma vaga, fechámo-nos em casa, voltámos ao estudo em casa, às síncronas e assíncronas. Vacinámos Portugal. Com o bom tempo largámos as máscaras, acreditámos que o sol teria voltado a brilhar. Voltámos às praias e às salas de espectáculos, às mesas dos avós, aos jantare... (ler mais...)
Habituámo-nos à pedinchice. Já não a estranhamos nem questionamos, antes a integrámos na nossa rotina, no nosso dicionário mental, assumindo-a como parte integrante e inerente à solidariedade de que somos tão adeptos. Nem sequer nos perguntamos se a solução para a carência de quem pede poderia passar por outra qualquer forma que não a mendigaria. Entretanto, sem... (ler mais...)
Há uns anos, quando passeava pela vila de Riachos visitando aquelas ruas engalanadas a propósito da festa Bênção do Gado, deparei-me com uma realidade que na altura me levou, inclusive, a escrever um texto nestas páginas. A forma como, ao recuperar quadros da realidade diária camponesa ribatejana, se denotava uma certa normalidade ao pintar a figura do “bêbedo”... Aquela aceita&... (ler mais...)
Avançamos por aí adentro para um ano de eleições autárquicas. Decidimos o futuro da nossa porta, aquele que está logo ali, mais perto, no imediato, que dita a nossa qualidade de vida assim que colocamos o pé fora da nossa casa. Ou mesmo ainda dentro dela. Decidimos o futuro que, simultânea e estranhamente, menos parece interessar à maioria dos eleitores.
Num ano como o que v... (ler mais...)
Somos, desde muito cedo, chamados à responsabilidade pelo tanto que fazemos. Se somos obesos é porque comemos de mais, se temos cancro de pulmão deve-se aos maus hábitos que promovemos, se somos presos, foi porque cometemos um crime. Simples como isso: há uma causa, há um efeito e somos chamados a responder por ele. Há até um ditado popular para isso: “Quem boa cama fizer, nela se h... (ler mais...)
Corro em contramão, qual único carro que segue para norte nas três faixas de sentido sul. Sinto os sinais de luzes, mas não os entendo. Estão todos errados. Eu sou aquela, a única por sinal, que escolheu o caminho certo. A isso me leva a crer minha fastidiosa arrogância.
Quando todos suspiram por vida, só me apetece aquele sofá. Quando todos anseiam pela vida dos outros, eu s&oa... (ler mais...)
1. O PSD de Torres Novas é uma anedota. Ao mesmo tempo que digo isto, ouço já ao fundo vozes a erguerem-se contra esta forma crua e dura de arrancar com este texto. Imagino até as conclusões de quem tem facilidade de falar sem saber: é do Bloco, dizem uns, comunista desde sempre, atiram outros, indo ainda mais longe, lembrando que dirige aquele pasquim comunista, conforme aprenderam com o ex-pres... (ler mais...)
Ouço os sinais ao longe. Um pranto gritado bem alto, do alto dos sinos da igreja, por alguém que partiu. É já raro ouvir-se. Por norma, pelo menos na nossa cidade, ecoam apenas pelos que muito deram de si à causa religiosa. Ontem, os sinos choraram. E com eles, uma família, os amigos, uma comunidade. Juntos na dor, separados na distância, gritaram mudos, em silêncio. Nos dias que correm, ch... (ler mais...)
Sinto que estou sempre a dizer o mesmo, que os meus textos são repetições cíclicas dos mesmos assuntos e que estes são, só por si, repetições cíclicas e enfadonhas deles próprios. Não sei se limitação minha, que não vejo mundo, se culpa do que me rodeia que é, também por si só, uma repetição cíclica e enfa... (ler mais...)
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