Fez na segunda-feira, dia 2 de Maio, 19 anos que comecei a trabalhar no Jornal Torrejano. Lembro-me desse dia como se fosse hoje, embora os tempos estejam bem diferentes. Pelo caminho, desde então, fomos mudando de caras, de timings, de cor e de formato, mas nunca, em momento algum, mudámos a nossa essência.
Durante essas quase duas décadas passadas, assistimos a mudanças gigantes na realidade que nos ... (ler mais...)
Dizem que o desporto é saudável. Eu cada vez mais me convenço de que nada em que o Homem toque é saudável. Nunca fui desportista no verdadeiro sentido da palavra. Reconheço que até o poderia ter sido, em miúda, mas nunca fui muito incentivada a isso. Não tínhamos grande culto lá por casa, o tempo era pouco ou então era apenas a questão da cultura do desp... (ler mais...)
É certo que nós fazemos a nossa própria história, mas mais certo ainda é dizer que a nossa passagem pela vida depende em tudo da história que nos antecedeu no caminho. Não somos nada sem um passado, somos antes um só reflexo, evidente ou não, desse passado todo.
Nem sempre percebi isto. Que o diga o professor Fernando Coelho, que me aturou entre o 9.º e o 12.º ano... (ler mais...)
Passámos o ano, festejámos em família, vivemos mais uma vaga, fechámo-nos em casa, voltámos ao estudo em casa, às síncronas e assíncronas. Vacinámos Portugal. Com o bom tempo largámos as máscaras, acreditámos que o sol teria voltado a brilhar. Voltámos às praias e às salas de espectáculos, às mesas dos avós, aos jantare... (ler mais...)
Habituámo-nos à pedinchice. Já não a estranhamos nem questionamos, antes a integrámos na nossa rotina, no nosso dicionário mental, assumindo-a como parte integrante e inerente à solidariedade de que somos tão adeptos. Nem sequer nos perguntamos se a solução para a carência de quem pede poderia passar por outra qualquer forma que não a mendigaria. Entretanto, sem... (ler mais...)
Há uns anos, quando passeava pela vila de Riachos visitando aquelas ruas engalanadas a propósito da festa Bênção do Gado, deparei-me com uma realidade que na altura me levou, inclusive, a escrever um texto nestas páginas. A forma como, ao recuperar quadros da realidade diária camponesa ribatejana, se denotava uma certa normalidade ao pintar a figura do “bêbedo”... Aquela aceita&... (ler mais...)
Avançamos por aí adentro para um ano de eleições autárquicas. Decidimos o futuro da nossa porta, aquele que está logo ali, mais perto, no imediato, que dita a nossa qualidade de vida assim que colocamos o pé fora da nossa casa. Ou mesmo ainda dentro dela. Decidimos o futuro que, simultânea e estranhamente, menos parece interessar à maioria dos eleitores.
Num ano como o que v... (ler mais...)
Somos, desde muito cedo, chamados à responsabilidade pelo tanto que fazemos. Se somos obesos é porque comemos de mais, se temos cancro de pulmão deve-se aos maus hábitos que promovemos, se somos presos, foi porque cometemos um crime. Simples como isso: há uma causa, há um efeito e somos chamados a responder por ele. Há até um ditado popular para isso: “Quem boa cama fizer, nela se h... (ler mais...)
Corro em contramão, qual único carro que segue para norte nas três faixas de sentido sul. Sinto os sinais de luzes, mas não os entendo. Estão todos errados. Eu sou aquela, a única por sinal, que escolheu o caminho certo. A isso me leva a crer minha fastidiosa arrogância.
Quando todos suspiram por vida, só me apetece aquele sofá. Quando todos anseiam pela vida dos outros, eu s&oa... (ler mais...)
1. O PSD de Torres Novas é uma anedota. Ao mesmo tempo que digo isto, ouço já ao fundo vozes a erguerem-se contra esta forma crua e dura de arrancar com este texto. Imagino até as conclusões de quem tem facilidade de falar sem saber: é do Bloco, dizem uns, comunista desde sempre, atiram outros, indo ainda mais longe, lembrando que dirige aquele pasquim comunista, conforme aprenderam com o ex-pres... (ler mais...)
Ouço os sinais ao longe. Um pranto gritado bem alto, do alto dos sinos da igreja, por alguém que partiu. É já raro ouvir-se. Por norma, pelo menos na nossa cidade, ecoam apenas pelos que muito deram de si à causa religiosa. Ontem, os sinos choraram. E com eles, uma família, os amigos, uma comunidade. Juntos na dor, separados na distância, gritaram mudos, em silêncio. Nos dias que correm, ch... (ler mais...)
Sinto que estou sempre a dizer o mesmo, que os meus textos são repetições cíclicas dos mesmos assuntos e que estes são, só por si, repetições cíclicas e enfadonhas deles próprios. Não sei se limitação minha, que não vejo mundo, se culpa do que me rodeia que é, também por si só, uma repetição cíclica e enfa... (ler mais...)
Finalmente 2021. Depois de um ano em que mais do que vivermos, fomos meros espectadores, fantoches num autêntico teatro de sombras, com passos e passeatas manipulados por entre margens e manobras de cordelinhos, chegámos a 2021. E chegámos, como em qualquer ano novo, com vontade de mudar, de fazer planos, resoluções que acabaremos por abandonar antes do Carnaval. Chegámos com vontade de viver mais e mai... (ler mais...)
A globalização, um maior conhecimento do outro, que afinal é igual a nós e está ali ao lado, a uma distância reduzida no tempo pela democratização dos meios de transporte, tornou-nos verdadeiros aprendizes de viajantes. É cada vez mais fácil chegar a qualquer ponto do globo, percorrer milhas, cantos e recantos, provar aqui, esmiuçar ali. Entrar na vida alheia, culturas... (ler mais...)
Tenho o péssimo hábito (péssimo para mim, óptimo para quem me rodeia) de não poupar elogios, ao mesmo tempo que guardo para mim grande parte das críticas, num jeito conveniente de evitar o confronto que me incomoda, mas que é tantas vezes, se não sempre, fulcral em qualquer saudável relacionamento, seja ele de que cariz for.
Mas como dizia, não costumo poupar elogios. ... (ler mais...)
Tenho o péssimo hábito (péssimo para mim, óptimo para quem me rodeia) de não poupar elogios, ao mesmo tempo que guardo para mim grande parte das críticas, num jeito conveniente de evitar o confronto que me incomoda, mas que é tantas vezes, se não sempre, fulcral em qualquer saudável relacionamento, seja ele de que cariz for.
Mas como dizia, não costumo poupar elogio... (ler mais...)
Digo isto com frequência. Quem melhor me conhece, já o ouviu dezenas de vezes. Ainda hoje, ao jantar, dizia à minha filha que não podemos viver no preconceito. A vida não é a preto e branco, tem antes milhares de nuances. Cada pessoa é uma vida e um conjugar de momentos que a fazem tomar decisões e cada decisão dessas é só mais um momento que vai engrossar a sua vida d... (ler mais...)
Torres Novas tinha tudo para ser um bonito postal ilustrado. Do castelo altaneiro, que olha de cima a praça pintada de roxo dos jacarandás, ao rio que o circunda, ao jardim que envolve o centro histórico... Quem vem pela primeira vez, se tiver a sorte de dormitar toda a viagem e abrir os olhos apenas quando curva o topo da rua de Nun’Álvares, cruzando-se em primeiro lugar com a Praça 5 de Outubro, fica,... (ler mais...)
Tenho mau feitio, quem me conhece sabe. Uma característica que nasceu comigo, mas que nitidamente vai piorando à medida que os anos passam, a vida corre, as experiências se sucedem...
Não deixa de ter graça que simultaneamente, mas num sentido inversamente proporcional, cresça a minha tolerância para com uma série de outras coisas que outrora me custava entender. Percebo os erros, ... (ler mais...)
Comprei um bilhete de avião para ir visitar o meu primo João, que está na Suécia, por alturas do casamento dele, em Abril. Crescemos juntos, apesar da diferença de idades. Queria dar-lhe um abraço, desejar-lhe que fosse feliz - comigo aqui relativamente perto, de preferência - ao mesmo tempo que nos perguntaria como é que era possível estarmos ali, se ainda no outro dia andei com el... (ler mais...)
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