Ladrões de bicicletas e outras fitas em cartaz - joão carlos lopes
Opinião » 2024-01-11 » João Carlos Lopes
1. No Entroncamento, uma terra que noutras gerações teve grande tradição no uso da bicicleta – já não há centenas de operários a pedalar para as oficinas - passou-se o mesmo que cá na terrinha: o projecto das bicicletas eléctricas foi suspenso ao fim de 15 dias, fustigado por mau uso do material, avarias persistentes e sobretudo actos de vandalismo. Não há volta a dar: quer Torres Novas quer o Entroncamento, são duas vilórias sem escala demográfica para que exista um número considerável de pessoas com atitude, comportamento e consciência cívica e sobretudo, note-se, com necessidade de usar a bicicleta para uma função efectiva do seu quotidiano. Não, não existe, tenham paciência. O uso das bicicletas reduz-se a um conjunto de curiosos para quem tudo não passa de mais uma cena de recreio. É o que faz, aqui e além, uma acção autárquica sempre a cavalgar coisas novas, a despropósito, numa alucinação sem parança, a torrar milhões em vertigem desalmada. Melhor fosse que se dirigisse o foco da gestão autárquica àquilo que as pessoas esperam, a conservação e manutenção do que é essencial e que faz os moradores de uma terra gostarem de nela viver: ter passeios, parques e praças conservados, limpos e arrumados, calçadas reparadas, tratamento permanentemente de árvores, zonas verdes e jardins, ruas limpas e lavadas como antigamente, sem meios, se fazia, um rio de leito limpo e não uma imagem cosmética para enganar os incautos, funcionamento e conservação dos equipamentos colectivos existentes e não o seu abandono após o foguetório da inauguração, obrigar, pela lei, à limpeza e pintura de fachadas e muros, realizar obras de qualificação urbana que demoram décadas após as promessas (exemplos? Os moradores da praceta Entre-Águas compraram os andares com a promessa de terem em frente um pequeno parque e passadas décadas têm montes de lixo e entulho de obras; os “canteiros” fronteiros dos edifícios da avenida dos Negréus, os mais chiques da cidade actual, continuam em mato e ervas, dando uma imagem desgraçada a uma das entradas da cidade). E é tudo assim, por todo o lado. Voltando às bicicletas, projecto sem qualquer carácter prioritário, é um recreio caro. Centenas de milhares de euros atirados ao vento sem dó nem piedade.
2. Privados, empresas, organizações empresariais e afins, são piores que Maomé a dizer mal do toucinho quando se põem a despejar ódio no “Estado”, o diabo em pessoa. Colectiva, no caso. O “Estado” rouba tudo, chupa tudo. Até paga rendimentos mínimos para os lordes irem à pastelaria do bairro refastelar-se com um galão e uma torrada, olha o descaramento. Quando a coisa dá para o torto, são os primeiros a saber como se pratica, legal e politicamente, a extorsão de dinheiro ao “Estado”. Na verdade, o “Estado” é bom para reparar roubos de bancos e de banqueiros, é bom quando são eles a chupar a teta dos milhões, mas já é mau para dar “subsídios”, como eles dizem, aos pobres, aos ciganos e às vítimas em geral desta economia que mata, como disse o Papa Francisco. É passar mais um tempo até se esgotar o banquete da gestão e distribuição de fundos europeus e vamos ver as “associações empresariais” do país, na sua generalidade, na situação em que se encontra a Nersant. Associações empresariais, note-se, que não conseguem prover a sua subsistência, o que é bizarro e difícil de entender. Conta-se aqui, hoje, como a Nersant, a braços com a sua sobrevivência, quer impingir um pavilhão como forma de encaixar uns milhões na sua tesouraria. Estende a mão a quem? Ao “Estado”, por interposta Câmara local, que se prepara para fazer ela própria um empréstimo para comprar o pavilhão, que por sua vez poderá ser dado em penhora pela Nersant para fazer também um empréstimo para ela própria, até à venda do dito. O poder local, este, embarca nestas novelas de péssima qualidade, endivida-se. E como se não bastasse este triste episódio, a autarquia pretende, diz-se pelos corredores do antigo hospital, fazer um outro empréstimo de milhão para comprar um terreno que outros empresários lhe querem impingir. A coisa promete.
3. As grandes superfícies comerciais por aqui gozaram de largas benesses, facilidades, até isenções de dezenas de milhares de euros. Se houvesse um módico de vergonha, o mínimo que se podia fazer era isentar, já, os vendedores do mercado municipal das taxas que autarquia miseravelmente persiste em querer cobrar-lhes. Não se equilibravam as coisas, mas ao menos era um sinal. Não. Ao contrário de outros burgos, onde ao menos se compreende a importância económica, histórica, afectiva e funcional dos mercados municipais (onde aliás se compra com mais qualidade que nas grandes superfícies), aqui grita-se para que acudam ao mercado municipal e façam alguma coisa por dar um ar lavado, moderno e decente ao equipamento e, já agora, atribuam aos vendedores benefícios e isenções compatíveis com o que foi feito para as grandes cadeias de distribuição, sugadoras dos milhões aqui gerados. Quem de direito, faz orelhas moucas. Deixar cair o mercado é matar o que resta da cidade.
4. A Renova construiu um caminho interior, privado (obviamente), com passadiço final a romper do velho edifício fabril junto à nascente do rio Almonda, para que se possa, entrando na fábrica, espreitar a represa e a nascente. Ao mesmo tempo que mantém, alegando razões de segurança, uma rede a tapar as vistas da represa e da nascente (ridículo, como se agora rios, barragens, passeios marítimos e margens de rios fossem vedados a redes por motivos de segurança). Num local, registe-se, de acesso público não há dezenas de anos, mas há séculos. A CDU diz que é arrogância e prepotência, mas na verdade é preciso uma lata descomunal para a empresa vir convidar os eleitos da assembleia municipal a visitarem a nova maravilha, depois das pressões, por carta, sobre os mesmos, nas vésperas de estes virem a aprovar, em Julho de 2022, uma recomendação para que a rede que tapa a represa fosse retirada. Ao invés, a empresa apresentou já em 2023 queixa-crime por “invasão de propriedade” contra algumas das pessoas que passaram o último dia da espiga junto à nascente. A Câmara limitou-se, até agora, a cumprir duas medidas da recomendação de 2022: o arranjo da estrada pública do Moinho da Fonte, via principal da povoação antiga e que se dirige à nascente, e a colocação de sinalética a indicar a nascente do Rio Almonda, que escandalosamente não existia nas imediações do local. Falta o resto. Até repor a placa da “Rota do Almonda” que esteve implantada junto à nascente, onde nasce o rio efectivamente, e que milagrosamente desapareceu. Mas como a Renova é amiga da sétima arte, a julgar pela quantidade de câmaras instaladas em redor, talvez consiga ajudar a descobrir quem retirou aquela placa do sítio onde estava.
5. Houve quem se tivesse rido alarvemente quando há uns anitos alguém por aqui disse que o futuro dos transportes públicos era a gratuitidade. Depois do “transporte a pedido” e outros jogos florais aqui e ali, decidiu-se pela gratuitidade dos TUT, transportes urbanos torrejanos. Há cinco anos, o poder instalado tinha recusado aprovar sequer uma recomendação no sentido de se estudar a gratuitidade dos TUT. Como a recomendação era de outro partido, adeus ó vindima. Afinal, e como diria o conhecido filósofo Pimenta Machado, o que hoje é verdade amanhã é mentira. E vice-versa, obviamente.
Ladrões de bicicletas e outras fitas em cartaz - joão carlos lopes
Opinião » 2024-01-11 » João Carlos Lopes1. No Entroncamento, uma terra que noutras gerações teve grande tradição no uso da bicicleta – já não há centenas de operários a pedalar para as oficinas - passou-se o mesmo que cá na terrinha: o projecto das bicicletas eléctricas foi suspenso ao fim de 15 dias, fustigado por mau uso do material, avarias persistentes e sobretudo actos de vandalismo. Não há volta a dar: quer Torres Novas quer o Entroncamento, são duas vilórias sem escala demográfica para que exista um número considerável de pessoas com atitude, comportamento e consciência cívica e sobretudo, note-se, com necessidade de usar a bicicleta para uma função efectiva do seu quotidiano. Não, não existe, tenham paciência. O uso das bicicletas reduz-se a um conjunto de curiosos para quem tudo não passa de mais uma cena de recreio. É o que faz, aqui e além, uma acção autárquica sempre a cavalgar coisas novas, a despropósito, numa alucinação sem parança, a torrar milhões em vertigem desalmada. Melhor fosse que se dirigisse o foco da gestão autárquica àquilo que as pessoas esperam, a conservação e manutenção do que é essencial e que faz os moradores de uma terra gostarem de nela viver: ter passeios, parques e praças conservados, limpos e arrumados, calçadas reparadas, tratamento permanentemente de árvores, zonas verdes e jardins, ruas limpas e lavadas como antigamente, sem meios, se fazia, um rio de leito limpo e não uma imagem cosmética para enganar os incautos, funcionamento e conservação dos equipamentos colectivos existentes e não o seu abandono após o foguetório da inauguração, obrigar, pela lei, à limpeza e pintura de fachadas e muros, realizar obras de qualificação urbana que demoram décadas após as promessas (exemplos? Os moradores da praceta Entre-Águas compraram os andares com a promessa de terem em frente um pequeno parque e passadas décadas têm montes de lixo e entulho de obras; os “canteiros” fronteiros dos edifícios da avenida dos Negréus, os mais chiques da cidade actual, continuam em mato e ervas, dando uma imagem desgraçada a uma das entradas da cidade). E é tudo assim, por todo o lado. Voltando às bicicletas, projecto sem qualquer carácter prioritário, é um recreio caro. Centenas de milhares de euros atirados ao vento sem dó nem piedade.
2. Privados, empresas, organizações empresariais e afins, são piores que Maomé a dizer mal do toucinho quando se põem a despejar ódio no “Estado”, o diabo em pessoa. Colectiva, no caso. O “Estado” rouba tudo, chupa tudo. Até paga rendimentos mínimos para os lordes irem à pastelaria do bairro refastelar-se com um galão e uma torrada, olha o descaramento. Quando a coisa dá para o torto, são os primeiros a saber como se pratica, legal e politicamente, a extorsão de dinheiro ao “Estado”. Na verdade, o “Estado” é bom para reparar roubos de bancos e de banqueiros, é bom quando são eles a chupar a teta dos milhões, mas já é mau para dar “subsídios”, como eles dizem, aos pobres, aos ciganos e às vítimas em geral desta economia que mata, como disse o Papa Francisco. É passar mais um tempo até se esgotar o banquete da gestão e distribuição de fundos europeus e vamos ver as “associações empresariais” do país, na sua generalidade, na situação em que se encontra a Nersant. Associações empresariais, note-se, que não conseguem prover a sua subsistência, o que é bizarro e difícil de entender. Conta-se aqui, hoje, como a Nersant, a braços com a sua sobrevivência, quer impingir um pavilhão como forma de encaixar uns milhões na sua tesouraria. Estende a mão a quem? Ao “Estado”, por interposta Câmara local, que se prepara para fazer ela própria um empréstimo para comprar o pavilhão, que por sua vez poderá ser dado em penhora pela Nersant para fazer também um empréstimo para ela própria, até à venda do dito. O poder local, este, embarca nestas novelas de péssima qualidade, endivida-se. E como se não bastasse este triste episódio, a autarquia pretende, diz-se pelos corredores do antigo hospital, fazer um outro empréstimo de milhão para comprar um terreno que outros empresários lhe querem impingir. A coisa promete.
3. As grandes superfícies comerciais por aqui gozaram de largas benesses, facilidades, até isenções de dezenas de milhares de euros. Se houvesse um módico de vergonha, o mínimo que se podia fazer era isentar, já, os vendedores do mercado municipal das taxas que autarquia miseravelmente persiste em querer cobrar-lhes. Não se equilibravam as coisas, mas ao menos era um sinal. Não. Ao contrário de outros burgos, onde ao menos se compreende a importância económica, histórica, afectiva e funcional dos mercados municipais (onde aliás se compra com mais qualidade que nas grandes superfícies), aqui grita-se para que acudam ao mercado municipal e façam alguma coisa por dar um ar lavado, moderno e decente ao equipamento e, já agora, atribuam aos vendedores benefícios e isenções compatíveis com o que foi feito para as grandes cadeias de distribuição, sugadoras dos milhões aqui gerados. Quem de direito, faz orelhas moucas. Deixar cair o mercado é matar o que resta da cidade.
4. A Renova construiu um caminho interior, privado (obviamente), com passadiço final a romper do velho edifício fabril junto à nascente do rio Almonda, para que se possa, entrando na fábrica, espreitar a represa e a nascente. Ao mesmo tempo que mantém, alegando razões de segurança, uma rede a tapar as vistas da represa e da nascente (ridículo, como se agora rios, barragens, passeios marítimos e margens de rios fossem vedados a redes por motivos de segurança). Num local, registe-se, de acesso público não há dezenas de anos, mas há séculos. A CDU diz que é arrogância e prepotência, mas na verdade é preciso uma lata descomunal para a empresa vir convidar os eleitos da assembleia municipal a visitarem a nova maravilha, depois das pressões, por carta, sobre os mesmos, nas vésperas de estes virem a aprovar, em Julho de 2022, uma recomendação para que a rede que tapa a represa fosse retirada. Ao invés, a empresa apresentou já em 2023 queixa-crime por “invasão de propriedade” contra algumas das pessoas que passaram o último dia da espiga junto à nascente. A Câmara limitou-se, até agora, a cumprir duas medidas da recomendação de 2022: o arranjo da estrada pública do Moinho da Fonte, via principal da povoação antiga e que se dirige à nascente, e a colocação de sinalética a indicar a nascente do Rio Almonda, que escandalosamente não existia nas imediações do local. Falta o resto. Até repor a placa da “Rota do Almonda” que esteve implantada junto à nascente, onde nasce o rio efectivamente, e que milagrosamente desapareceu. Mas como a Renova é amiga da sétima arte, a julgar pela quantidade de câmaras instaladas em redor, talvez consiga ajudar a descobrir quem retirou aquela placa do sítio onde estava.
5. Houve quem se tivesse rido alarvemente quando há uns anitos alguém por aqui disse que o futuro dos transportes públicos era a gratuitidade. Depois do “transporte a pedido” e outros jogos florais aqui e ali, decidiu-se pela gratuitidade dos TUT, transportes urbanos torrejanos. Há cinco anos, o poder instalado tinha recusado aprovar sequer uma recomendação no sentido de se estudar a gratuitidade dos TUT. Como a recomendação era de outro partido, adeus ó vindima. Afinal, e como diria o conhecido filósofo Pimenta Machado, o que hoje é verdade amanhã é mentira. E vice-versa, obviamente.
30 anos: o JT e a política - joão carlos lopes » 2024-09-30 » João Carlos Lopes Dir-se-ia que três décadas passaram num ápice. No entanto, foram cerca de 11 mil dias iguais a outros 11 mil dias dos que passaram e dos que hão-de vir. Temos, felizmente, uma concepção e uma percepção emocional da história, como se o corpo vivo da sociedade tivesse os mesmos humores da biologia humana. |
Não tenho nada para dizer - carlos tomé » 2024-09-23 » Carlos Tomé Quando se pergunta a alguém, que nunca teve os holofotes apontados para si, se quer ser entrevistado para um jornal local ou regional, ele diz logo “Entrevistado? Mas não tenho nada para dizer!”. Essa é a resposta que surge mais vezes de gente que nunca teve possibilidade de dar a sua opinião ou de contar um episódio da sua vida, só porque acha que isso não é importante, Toda a gente está inundada pelos canhenhos oficiais do que é importante para a nossa vida e depois dessa verdadeira lavagem ao cérebro é mais que óbvio que o que dizem que é importante está lá por cima a cagar sentenças por tudo e por nada. |
Três décadas a dar notícias - antónio gomes » 2024-09-23 » António Gomes Para lembrar o 30.º aniversário do renascimento do “Jornal Torrejano”, terei de começar, obrigatoriamente, lembrando aqui e homenageando com a devida humildade, o Joaquim da Silva Lopes, infelizmente já falecido. |
Numa floresta de lobos o Jornal Torrejano tem sido o seu Capuchinho Vermelho - antónio mário santos » 2024-09-23 » António Mário Santos Uma existência de trinta anos é um certificado de responsabilidade. Um jornal adulto. Com tarimba, memória, provas dadas. Nasceu como uma urgência local duma informação séria, transparente, num concelho em que a informação era controlada pelo conservadorismo católico e o centrismo municipal subsidiado da Rádio Local. |
Trente Glorieuses - carlos paiva » 2024-09-23 » Carlos Paiva Os gloriosos trinta, a expressão original onde me fui inspirar, tem pouco que ver com longevidade e muito com mudança, desenvolvimento, crescimento, progresso. Refere-se às três décadas pós segunda guerra mundial, em que a Europa galopou para se reconstruir, em mais dimensões que meramente a literal. |
30 anos contra o silêncio - josé mota pereira » 2024-09-23 » José Mota Pereira Nos cerca de 900 anos de história, se dermos como assente que se esta se terá iniciado com as aventuras de D. Afonso Henriques nesta aba da Serra de Aire, os 30 anos de vida do “Jornal Torrejano”, são um tempo muito breve. |
A dimensão intelectual da extrema-direita - jorge carreira maia » 2024-09-23 » Jorge Carreira Maia Quando se avalia o crescimento da extrema-direita, raramente se dá atenção à dimensão cultural. Esta é rasurada de imediato pois considera-se que quem apoia o populismo radical é, por natureza, inculto, crente em teorias da conspiração e se, por um acaso improvável, consegue distinguir o verdadeiro do falso, é para escolher o falso e escarnecer o verdadeiro. |
Falta poesia nos corações (ditos) humanos » 2024-09-19 » Maria Augusta Torcato No passado mês de agosto revisitei a peça de teatro de Bertolt Brecht “Mãe coragem”. O espaço em que a mesma foi representada é extraordinário, as ruínas do Convento do Carmo. A peça anterior a que tinha assistido naquele espaço, “As troianas”, também me havia suscitado a reflexão sobre o modo como as situações humanas se vão repetindo ao longo dos tempos. |
Ministro ou líder do CDS? » 2024-09-17 » Hélder Dias |
Olivença... » 2024-09-17 » Hélder Dias |
» 2024-09-09
» Hélder Dias
Bandidos... |
» 2024-09-19
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Falta poesia nos corações (ditos) humanos |
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» 2024-09-17
» Hélder Dias
Olivença... |
» 2024-09-13
» Hélder Dias
Cat burguer... |