Carta para a pequenina e doce Alice
"Alice, minha pequenina e doce Alice, não fazes ideia da sorte que temos por sermos a família que somos"
Natal, 2016
Minha pequenina e doce Alice, este foi o teu primeiro Natal. O teu primeiro Natal connosco. A verdade é que foi no Natal do ano passado que te anunciaste, mas não sabíamos que eras tu. Agora já sabemos. E estamos todos, todinhos, muito felizes contigo.
Daqui a uns anos, quando puderes ler e entender, questionar-te-ás acerca do motivo que me levou a escrever-te quando tinhas apenas cinco meses de vida.
A verdade é que a tia já não vai para nova. E quero partilhar contigo, mesmo que só compreendas bem mais tarde, a alegria, o prazer e a doçura que foi ter-te connosco neste Natal. Não imaginas, sequer, o quão contagiantes são a energia, os sorrisos e as expectativas que nos despertas. Olhamos para ti, tão bebé, tão simpática, tão liberta das coisas do mundo e o que nos fazes sentir e querer é que te possamos dar tudo o que mereces, é que possamos corresponder às tuas necessidades e possamos garantir aquilo a que todas as crianças do mundo têm direito.
Alice, minha pequenina e doce Alice, não fazes ideia da sorte que temos por sermos a família que somos. O amor que nos une, incondicional, a preocupação de cada um por cada um e por todos, o modo como nos sentimos únicos e especiais vão ser aprendidos e sentidos por ti, ao longo de cada dia, e verás que cada Natal mais não é do que a reunião e a renovação dos sentimentos, do respeito, e da responsabilidade que há entre nós, a tua e nossa família.
Todos, sem exceção, beneficiaram da tua presença. És mais uma bênção, como foram todas as crianças antes de ti e serão as que vierem depois de ti. As avós ficaram, decididamente, mais jovens, mais seguras de si, porque conscientes da sua sabedoria e do espaço infinito que o seu coração tem para acolher os netos; a prima, mais velha, incorpora já a tradição e os valores familiares, preservando-os e até reforçando-os, quer pelos laços quer pela necessidade de proteger a agregação de todos; os teus irmãos, ainda crianças, já percebem e executam na perfeição o seu papel de irmãos e não abdicam do estatuto que isso lhes confere, tão orgulhosos estão de ti. Os teus pais olham para todos vós e o seu olhar diz tudo o que há para dizer, diz, se é possível ali caber, todo o amor de pais. E eu, tolamente feliz e orgulhosa, olho para a nossa família com um imenso alento de que, enquanto houver replicação do amor, da amizade, do respeito e da preocupação com o outro, há esperança para o mundo.
Alice, minha doce pequenina, ainda por cima, o teu nome lembra-me a Alice do “país das maravilhas” e, independentemente das significações e simbologias que possam estar associadas à história, o que evoco é a sua capacidade de sonhar, de recriar e de, com um coração grande, conseguir interagir com um mundo do mundo que escapa a tantos de nós.
Admiro nela também, como vou admirar em ti, a coragem de dizer, nos momentos oportunos e imperativos, “Não me calo!”, como aconteceu perante a ordem da rainha “Cale a boca!”.
E fantasio, à semelhança da irmã desta Alice do País das Maravilhas, que tu, minha pequenina e doce Alice, serás, no futuro, uma mulher adulta que conservará, nos anos que ainda vêm longe, o coração simples e amorável e os olhos transparentes e brilhantes da infância. E que isto é o melhor que podes ter para seres uma pessoa espetacular.
Beijos da tia, minha pequenina e doce Alice. Amo-te muito. Obrigada pelo que já me deste.
Carta para a pequenina e doce Alice
Alice, minha pequenina e doce Alice, não fazes ideia da sorte que temos por sermos a família que somos
Natal, 2016
Minha pequenina e doce Alice, este foi o teu primeiro Natal. O teu primeiro Natal connosco. A verdade é que foi no Natal do ano passado que te anunciaste, mas não sabíamos que eras tu. Agora já sabemos. E estamos todos, todinhos, muito felizes contigo.
Daqui a uns anos, quando puderes ler e entender, questionar-te-ás acerca do motivo que me levou a escrever-te quando tinhas apenas cinco meses de vida.
A verdade é que a tia já não vai para nova. E quero partilhar contigo, mesmo que só compreendas bem mais tarde, a alegria, o prazer e a doçura que foi ter-te connosco neste Natal. Não imaginas, sequer, o quão contagiantes são a energia, os sorrisos e as expectativas que nos despertas. Olhamos para ti, tão bebé, tão simpática, tão liberta das coisas do mundo e o que nos fazes sentir e querer é que te possamos dar tudo o que mereces, é que possamos corresponder às tuas necessidades e possamos garantir aquilo a que todas as crianças do mundo têm direito.
Alice, minha pequenina e doce Alice, não fazes ideia da sorte que temos por sermos a família que somos. O amor que nos une, incondicional, a preocupação de cada um por cada um e por todos, o modo como nos sentimos únicos e especiais vão ser aprendidos e sentidos por ti, ao longo de cada dia, e verás que cada Natal mais não é do que a reunião e a renovação dos sentimentos, do respeito, e da responsabilidade que há entre nós, a tua e nossa família.
Todos, sem exceção, beneficiaram da tua presença. És mais uma bênção, como foram todas as crianças antes de ti e serão as que vierem depois de ti. As avós ficaram, decididamente, mais jovens, mais seguras de si, porque conscientes da sua sabedoria e do espaço infinito que o seu coração tem para acolher os netos; a prima, mais velha, incorpora já a tradição e os valores familiares, preservando-os e até reforçando-os, quer pelos laços quer pela necessidade de proteger a agregação de todos; os teus irmãos, ainda crianças, já percebem e executam na perfeição o seu papel de irmãos e não abdicam do estatuto que isso lhes confere, tão orgulhosos estão de ti. Os teus pais olham para todos vós e o seu olhar diz tudo o que há para dizer, diz, se é possível ali caber, todo o amor de pais. E eu, tolamente feliz e orgulhosa, olho para a nossa família com um imenso alento de que, enquanto houver replicação do amor, da amizade, do respeito e da preocupação com o outro, há esperança para o mundo.
Alice, minha doce pequenina, ainda por cima, o teu nome lembra-me a Alice do “país das maravilhas” e, independentemente das significações e simbologias que possam estar associadas à história, o que evoco é a sua capacidade de sonhar, de recriar e de, com um coração grande, conseguir interagir com um mundo do mundo que escapa a tantos de nós.
Admiro nela também, como vou admirar em ti, a coragem de dizer, nos momentos oportunos e imperativos, “Não me calo!”, como aconteceu perante a ordem da rainha “Cale a boca!”.
E fantasio, à semelhança da irmã desta Alice do País das Maravilhas, que tu, minha pequenina e doce Alice, serás, no futuro, uma mulher adulta que conservará, nos anos que ainda vêm longe, o coração simples e amorável e os olhos transparentes e brilhantes da infância. E que isto é o melhor que podes ter para seres uma pessoa espetacular.
Beijos da tia, minha pequenina e doce Alice. Amo-te muito. Obrigada pelo que já me deste.
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Em 2012, o psicólogo social Jonathan Haidt publicou a obra A Mente Justa: Porque as Pessoas Boas não se Entendem sobre Política e Religião. Esta obra é fundamental porque nos ajuda a compreender um dos dramas que assolam os países ocidentais, cujas democracias se estruturam, ainda hoje, pela dicotomia esquerda–direita. |
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
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» 2025-07-03
» Jorge Carreira Maia
Direita e Esquerda, uma questão de sabores morais |