A minha campanha
"Seguirei o líder, passo a passo, onde quer que ele esteja, onde quer que ele vá. Dormirei com ele. Afinal quem é o líder, se não eu?"
Algum dia teria de ser. Fui adiando, empurrando, mas agora já não dava para mais desculpas.
Já não bastava fungar, criticar, escrevinhar por aí, mas continuar a assobiar para o lado.
Ponderei, dormi sobre o assunto e, como agora se diz, decidi assumir: vou avançar!
Desta vez convidei-me a mim próprio e resolvi aceitar. Espero não me desiludir.
Sinto-me preparado, mas ainda assim vou ler mais alguns manuais. Farei um retiro, um roteiro ou algo parecido com um estágio de pré-época para que a forma me não traia.
E depois, bem, depois estarei pronto para o que der e vier.
Para os debates e as arruadas, os comícios e as peixeiradas. Estarei preparado para tudo.
Falarei pelos cotovelos, punho erguido ou mão na anca.
Prescindirei de acessores e motoristas, juristas e massagistas, astrólogos e futurólogos.
Ensaiarei frente ao espelho, expressões, sorrisos e bocejos. Diz-me espelho meu, há algum pró-candidato melhor do que eu?
Colarei cartazes, mesmo que descolados no dia seguinte, por lapso dalguém do meu partido, unipessoal, culpa minha, mea culpa.
Seguirei o lider, passo a passo, onde quer que ele esteja, onde quer que ele vá. Dormirei com ele. Afinal quem é o líder, se não eu?
Vou baralhar as sondagens e as contas fazem-se no fim. Até posso vir a ser eleito. Tenho alguns votos contados. Como as favas que, apesar de indigestas, compensam o mal que fazem pelo bem que sabem.
Entrarei em campanha e vou ver se me aguento à bronca, com as broncas que se avizinham.
Decidi que vou avançar. No sofá. Sim, apenas no sofá que sofro de claustrofobia.
No final, após algum tempo de reflexão, decidirei se votarei.
Ao menos em mim. Porque nos outros, confesso, tenho mesmo muitas dúvidas.
A minha campanha
Seguirei o líder, passo a passo, onde quer que ele esteja, onde quer que ele vá. Dormirei com ele. Afinal quem é o líder, se não eu?
Algum dia teria de ser. Fui adiando, empurrando, mas agora já não dava para mais desculpas.
Já não bastava fungar, criticar, escrevinhar por aí, mas continuar a assobiar para o lado.
Ponderei, dormi sobre o assunto e, como agora se diz, decidi assumir: vou avançar!
Desta vez convidei-me a mim próprio e resolvi aceitar. Espero não me desiludir.
Sinto-me preparado, mas ainda assim vou ler mais alguns manuais. Farei um retiro, um roteiro ou algo parecido com um estágio de pré-época para que a forma me não traia.
E depois, bem, depois estarei pronto para o que der e vier.
Para os debates e as arruadas, os comícios e as peixeiradas. Estarei preparado para tudo.
Falarei pelos cotovelos, punho erguido ou mão na anca.
Prescindirei de acessores e motoristas, juristas e massagistas, astrólogos e futurólogos.
Ensaiarei frente ao espelho, expressões, sorrisos e bocejos. Diz-me espelho meu, há algum pró-candidato melhor do que eu?
Colarei cartazes, mesmo que descolados no dia seguinte, por lapso dalguém do meu partido, unipessoal, culpa minha, mea culpa.
Seguirei o lider, passo a passo, onde quer que ele esteja, onde quer que ele vá. Dormirei com ele. Afinal quem é o líder, se não eu?
Vou baralhar as sondagens e as contas fazem-se no fim. Até posso vir a ser eleito. Tenho alguns votos contados. Como as favas que, apesar de indigestas, compensam o mal que fazem pelo bem que sabem.
Entrarei em campanha e vou ver se me aguento à bronca, com as broncas que se avizinham.
Decidi que vou avançar. No sofá. Sim, apenas no sofá que sofro de claustrofobia.
No final, após algum tempo de reflexão, decidirei se votarei.
Ao menos em mim. Porque nos outros, confesso, tenho mesmo muitas dúvidas.
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![]() “Pobre é o discípulo que não excede o seu mestre” Leonardo da Vinci
Mais do que rumor, é já certo que a IA é capaz de usar linguagem ininteligível para os humanos com o objectivo de ser mais eficaz. |
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Em 2012, o psicólogo social Jonathan Haidt publicou a obra A Mente Justa: Porque as Pessoas Boas não se Entendem sobre Política e Religião. Esta obra é fundamental porque nos ajuda a compreender um dos dramas que assolam os países ocidentais, cujas democracias se estruturam, ainda hoje, pela dicotomia esquerda–direita. |
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
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