Guardadores de escravos
"Os alunos, que rejeitam em massa a escola actual, serão escravos acorrentados de uma lógica perversa, assassina. Os professores, em lugar de ensinarem, serão os seus guardadores. "
Naquele tempo, a malta tinha escola da parte da manhã, por exemplo, e mais dois dias de tarde, até às quatro horas no máximo. De modo que sobravam horas e dias para infindáveis tempos de brincadeira, de preguiça, de descoberta da rua e do mundo próximo, tempo e espaço para sonhar com a liberdade de viver. Passados uns anos, pensou-se que mesmo esse tempo passado dentro dos muros da escola teria tendência a diminuir porque começavam a antever-se outras formas de aquisição de conhecimentos e de saber: ir à escola passaria a centrar-se na busca de orientações, mais do que nas práticas lectivas e pedagógicas ultrapassadas pelos tempos. Por razões de natureza social e política, meramente instrumentais por um lado, verdadeiramente perigosas por outro, quer um governo socialista que se caminhe no sentido inverso. A escola a tempo inteiro é a traição a uma geração, é um ataque bárbaro a quem não tem capacidade de defesa, é uma escalada rumo a uma sociedade concentracionária, em que toda a gente está sempre “institucionalizada”: na creche, no jardim de infância, na escola, um dia destes na universidade obrigatória quando a pressão se tornar insuportável, na inscrição do centro de emprego, com sorte no escritório ou na fábrica, na caixa de supermercado e, depois de uns anos, no centro de dia. Os alunos, que rejeitam em massa a escola actual, serão escravos acorrentados de uma lógica perversa, assassina. Os professores, em lugar de ensinarem, serão os seus guardadores. E ganharão mais uma horas ao serviço desse horrível exercício.
Guardadores de escravos
Os alunos, que rejeitam em massa a escola actual, serão escravos acorrentados de uma lógica perversa, assassina. Os professores, em lugar de ensinarem, serão os seus guardadores.
Naquele tempo, a malta tinha escola da parte da manhã, por exemplo, e mais dois dias de tarde, até às quatro horas no máximo. De modo que sobravam horas e dias para infindáveis tempos de brincadeira, de preguiça, de descoberta da rua e do mundo próximo, tempo e espaço para sonhar com a liberdade de viver. Passados uns anos, pensou-se que mesmo esse tempo passado dentro dos muros da escola teria tendência a diminuir porque começavam a antever-se outras formas de aquisição de conhecimentos e de saber: ir à escola passaria a centrar-se na busca de orientações, mais do que nas práticas lectivas e pedagógicas ultrapassadas pelos tempos. Por razões de natureza social e política, meramente instrumentais por um lado, verdadeiramente perigosas por outro, quer um governo socialista que se caminhe no sentido inverso. A escola a tempo inteiro é a traição a uma geração, é um ataque bárbaro a quem não tem capacidade de defesa, é uma escalada rumo a uma sociedade concentracionária, em que toda a gente está sempre “institucionalizada”: na creche, no jardim de infância, na escola, um dia destes na universidade obrigatória quando a pressão se tornar insuportável, na inscrição do centro de emprego, com sorte no escritório ou na fábrica, na caixa de supermercado e, depois de uns anos, no centro de dia. Os alunos, que rejeitam em massa a escola actual, serão escravos acorrentados de uma lógica perversa, assassina. Os professores, em lugar de ensinarem, serão os seus guardadores. E ganharão mais uma horas ao serviço desse horrível exercício.
![]()
Em 2012, o psicólogo social Jonathan Haidt publicou a obra A Mente Justa: Porque as Pessoas Boas não se Entendem sobre Política e Religião. Esta obra é fundamental porque nos ajuda a compreender um dos dramas que assolam os países ocidentais, cujas democracias se estruturam, ainda hoje, pela dicotomia esquerda–direita. |
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
» 2025-07-03
» Jorge Carreira Maia
Direita e Esquerda, uma questão de sabores morais |