Nacional porreirismo
Temos um registo tá-se bem e como alguém disse há dias, o nosso problema é de desobediência a menos, ou antes, de obediência a mais.
Vem isto a propósito da passividade e naturalidade com que vimos assistindo ao desmantelar, num fósforo, daquilo que levou séculos a construir e consolidar.
Uma nação não é uma empresa, nem tão pouco uma marca a qual se usa, abusa e se descarta. Construir uma nação não é propriamente subir tijolos, chapar cimento e cobrir com lusalite, telhas de barro ou chapas de zinco. Numa nação, as raízes são e serão sempre mais importantes do que as folhas. Estas, apesar de caírem, lá se vão renovando. Aquelas, uma vez destruídas, serão irrecuperáveis.
Uma nação constrói-se com tempo e a vários tempos. Com dor e sofrimento partilhados, com alegrias e orgulhos vivenciados. Constrói-se com referências morais e comportamentais, com instituições seculares e modelares, com testemunhos geracionais, com laços familiares e sociais.
Nas últimas décadas desmantelou-se o Império, porque ter terras fora do quintal já não fazia sentido. Da rosa dos ventos, remetemo-nos à geometria do rectângulo com uns pozinhos no Atlântico.
De cerviz dobrada perante vários poderes, tornámo-nos pequeninos. De sorriso e serviço incluídos, vamos recebendo uns turistas e vendendo o país a pataco. Vão-se os anéis e restam poucos dedos.
Quem pode e manda, pode muito e manda mal. A auto destruição do BES (o maior dos bancos privados), da PT (a maior das empresas privadas) e o que agora veio a lume a propósito dos ”Vistos Gold”, onde estarão envolvidos alguns dos mais altos responsáveis de instituições que deveriam ser insuspeitas e credíveis, representam o minar das raízes de um Estado.
Se o Estado são as suas instituições, a Nação é bem mais do que isso. É o seu povo e a sua identidade, a sua língua, cultura e tradições.
O nacional porreirismo permitiu que o Estado abanasse. Mas não pode permitir que a Nação se desenraíze.
Nacional porreirismo
Temos um registo tá-se bem e como alguém disse há dias, o nosso problema é de desobediência a menos, ou antes, de obediência a mais.
Vem isto a propósito da passividade e naturalidade com que vimos assistindo ao desmantelar, num fósforo, daquilo que levou séculos a construir e consolidar.
Uma nação não é uma empresa, nem tão pouco uma marca a qual se usa, abusa e se descarta. Construir uma nação não é propriamente subir tijolos, chapar cimento e cobrir com lusalite, telhas de barro ou chapas de zinco. Numa nação, as raízes são e serão sempre mais importantes do que as folhas. Estas, apesar de caírem, lá se vão renovando. Aquelas, uma vez destruídas, serão irrecuperáveis.
Uma nação constrói-se com tempo e a vários tempos. Com dor e sofrimento partilhados, com alegrias e orgulhos vivenciados. Constrói-se com referências morais e comportamentais, com instituições seculares e modelares, com testemunhos geracionais, com laços familiares e sociais.
Nas últimas décadas desmantelou-se o Império, porque ter terras fora do quintal já não fazia sentido. Da rosa dos ventos, remetemo-nos à geometria do rectângulo com uns pozinhos no Atlântico.
De cerviz dobrada perante vários poderes, tornámo-nos pequeninos. De sorriso e serviço incluídos, vamos recebendo uns turistas e vendendo o país a pataco. Vão-se os anéis e restam poucos dedos.
Quem pode e manda, pode muito e manda mal. A auto destruição do BES (o maior dos bancos privados), da PT (a maior das empresas privadas) e o que agora veio a lume a propósito dos ”Vistos Gold”, onde estarão envolvidos alguns dos mais altos responsáveis de instituições que deveriam ser insuspeitas e credíveis, representam o minar das raízes de um Estado.
Se o Estado são as suas instituições, a Nação é bem mais do que isso. É o seu povo e a sua identidade, a sua língua, cultura e tradições.
O nacional porreirismo permitiu que o Estado abanasse. Mas não pode permitir que a Nação se desenraíze.
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Em 2012, o psicólogo social Jonathan Haidt publicou a obra A Mente Justa: Porque as Pessoas Boas não se Entendem sobre Política e Religião. Esta obra é fundamental porque nos ajuda a compreender um dos dramas que assolam os países ocidentais, cujas democracias se estruturam, ainda hoje, pela dicotomia esquerda–direita. |
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
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» 2025-07-03
» Jorge Carreira Maia
Direita e Esquerda, uma questão de sabores morais |