Cofres cheios de bolsos vazios
"Como explicar a um jovem estudante que, apesar de estudar num país onde os cofres abarrotam, as empresas continuam a encolher, não o podendo acolher no final do seu curso?"
O desplante com que a ministra Luís se referiu ao suposto recheio dos cofres portugueses num país de bolsos vazios, deveria ser punido, no mínimo, com o pecado da gula.
É como se entrássemos numa daquelas confeitarias de encher o olho e salivar a língua, com bolos, bolinhos e salgados e pedíssemos um daqueles suspiros arfados, recheados e reluzentes e que, à primeira trincadela, se percebe que são muita parra e pouca uva.
Ou como se assistíssemos a um daqueles concertos cheios de esses e erres, um, dois três, experiência de som, meia hora naquilo e depois... depois, tocam bem, mas param muito!
A ministra Luís deveria ter algum cuidado, não vá alguém acreditar no que diz e cobrar-lhe por isso. E, sobretudo, deveria ter mais respeito pelos que, apesar de tudo, continuam de bolsos vazios.
Como explicar a um jovem estudante que, apesar de estudar num país onde os cofres abarrotam, as empresas continuam a encolher, não o podendo acolher no final do seu curso?
E o que dizer a um desempregado forçado que, apesar de continuar a viver num país onde os cofres se não queixam, vai ter de continuar a fazer de conta que procura o trabalho que não existe, a pedir que lhe carimbem o papel que justifica a procura, a simular acções de formação para simular estatísticas de (des)emprego e, qual arguido sem culpa formada, a apresentar-se quinzenalmente na junta de freguesia, cumprindo a sua medida de coacção, tipo termo de identidade e residência?
E o que transmitir ainda a alguém que necessita de cuidados básicos de saúde que é melhor ter os cofres cheios e a paciência dos profissionais esgotada?
Que a ministra Luís queira ficar bem na eurofoto, é lá com ela. Que já esteja a pensar no seu futuro, enquanto deveria estar pensar no futuro dos portugueses, já é outra coisa bem diferente.
E, acima de tudo, de que valerá um país de cofres cheios se vazio de esperança e oco de futuro? E, sobretudo, se ninguém sabe da chave do cofre?
Cofres cheios de bolsos vazios
Como explicar a um jovem estudante que, apesar de estudar num país onde os cofres abarrotam, as empresas continuam a encolher, não o podendo acolher no final do seu curso?
O desplante com que a ministra Luís se referiu ao suposto recheio dos cofres portugueses num país de bolsos vazios, deveria ser punido, no mínimo, com o pecado da gula.
É como se entrássemos numa daquelas confeitarias de encher o olho e salivar a língua, com bolos, bolinhos e salgados e pedíssemos um daqueles suspiros arfados, recheados e reluzentes e que, à primeira trincadela, se percebe que são muita parra e pouca uva.
Ou como se assistíssemos a um daqueles concertos cheios de esses e erres, um, dois três, experiência de som, meia hora naquilo e depois... depois, tocam bem, mas param muito!
A ministra Luís deveria ter algum cuidado, não vá alguém acreditar no que diz e cobrar-lhe por isso. E, sobretudo, deveria ter mais respeito pelos que, apesar de tudo, continuam de bolsos vazios.
Como explicar a um jovem estudante que, apesar de estudar num país onde os cofres abarrotam, as empresas continuam a encolher, não o podendo acolher no final do seu curso?
E o que dizer a um desempregado forçado que, apesar de continuar a viver num país onde os cofres se não queixam, vai ter de continuar a fazer de conta que procura o trabalho que não existe, a pedir que lhe carimbem o papel que justifica a procura, a simular acções de formação para simular estatísticas de (des)emprego e, qual arguido sem culpa formada, a apresentar-se quinzenalmente na junta de freguesia, cumprindo a sua medida de coacção, tipo termo de identidade e residência?
E o que transmitir ainda a alguém que necessita de cuidados básicos de saúde que é melhor ter os cofres cheios e a paciência dos profissionais esgotada?
Que a ministra Luís queira ficar bem na eurofoto, é lá com ela. Que já esteja a pensar no seu futuro, enquanto deveria estar pensar no futuro dos portugueses, já é outra coisa bem diferente.
E, acima de tudo, de que valerá um país de cofres cheios se vazio de esperança e oco de futuro? E, sobretudo, se ninguém sabe da chave do cofre?
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
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![]() Agora que nos estamos a aproximar, no calendário católico, da Páscoa, talvez valha a pena meditar nos versículos 36, 37 e 38, do Capítulo 18, do Evangelho de João. Depois de entregue a Pôncio Pilatos, Jesus respondeu à pergunta deste: Que fizeste? Dito de outro modo: de que és culpado? Ora, a resposta de Jesus é surpreendente: «O meu reino não é deste mundo. |