Vazios de alma
"Havendo uma linha de intercepção onde, perante circunstâncias tão fortes, os interesse particulares e públicos têm de se encontrar..."
No local onde durante poucos anos, de resto, funcionou a fiação de algodão da Companhia de Torres Novas, abre-se agora um enorme ground zero, sem bomba, clar foi o camartelo que se encarregou de reduzir a pó uma borbulha local da globalização e da abertura dos mercados, dizem eles.
E, onde estava a casa-mãe, também destronada por idênticos motivos, emerge agora uma paisagem de Mad Max para pior, porque nem habitantes furtivos por lá andam, roubado quase tudo o que havia para roubar. Depois temos o sítio onde esteve a Casa Nery, lugar privilegiado a cair para o rio e a olhar o casario e o castelo, e agora um surpreendente e enorme vazio, mais outro, demolidas que foram as antigas oficinas e escritórios dos Claras.
São propriedades privadas, é claro, e para todos elas os seus titulares disseram claramente ao que vinham: andares, urbanizações, condomínios. O cenário, contudo, é mais que devastador para os seus propósitos: com milhares de casas a mais e um trágico inverno demográfico já garantido para as próximas gerações, não há volta a dar ao negócio que não seja perder milhões em miragens de betão.
Havendo uma linha de intercepção onde, perante circunstâncias tão fortes, os interesse particulares e públicos têm de se encontrar, não vale a pena assobiar para o lad uns, querendo fazer render o peixe, outros encolhendo os ombros. A evidência é arrasadora: toda a gente vai ter de se sentar à mesa, mais tarde ou mais cedo, e desenhar uma solução que evite, pelo menos por algum tempo, um cenário apocalíptico. A cidade não pode sobreviver assim.
Vazios de alma
Havendo uma linha de intercepção onde, perante circunstâncias tão fortes, os interesse particulares e públicos têm de se encontrar...
No local onde durante poucos anos, de resto, funcionou a fiação de algodão da Companhia de Torres Novas, abre-se agora um enorme ground zero, sem bomba, clar foi o camartelo que se encarregou de reduzir a pó uma borbulha local da globalização e da abertura dos mercados, dizem eles.
E, onde estava a casa-mãe, também destronada por idênticos motivos, emerge agora uma paisagem de Mad Max para pior, porque nem habitantes furtivos por lá andam, roubado quase tudo o que havia para roubar. Depois temos o sítio onde esteve a Casa Nery, lugar privilegiado a cair para o rio e a olhar o casario e o castelo, e agora um surpreendente e enorme vazio, mais outro, demolidas que foram as antigas oficinas e escritórios dos Claras.
São propriedades privadas, é claro, e para todos elas os seus titulares disseram claramente ao que vinham: andares, urbanizações, condomínios. O cenário, contudo, é mais que devastador para os seus propósitos: com milhares de casas a mais e um trágico inverno demográfico já garantido para as próximas gerações, não há volta a dar ao negócio que não seja perder milhões em miragens de betão.
Havendo uma linha de intercepção onde, perante circunstâncias tão fortes, os interesse particulares e públicos têm de se encontrar, não vale a pena assobiar para o lad uns, querendo fazer render o peixe, outros encolhendo os ombros. A evidência é arrasadora: toda a gente vai ter de se sentar à mesa, mais tarde ou mais cedo, e desenhar uma solução que evite, pelo menos por algum tempo, um cenário apocalíptico. A cidade não pode sobreviver assim.
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Mais do que rumor, é já certo que a IA é capaz de usar linguagem ininteligível para os humanos com o objectivo de ser mais eficaz. |
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