Eis o monstro, agora em todo o seu esplendor
Livre de panos e taipais, é possível ver agora toda a dimensão de mais um atentado urbanístico à cidade e à sua harmonia, que é património dos torrejanos. Atravessando o alinhamento dos edifícios da mais importante rua da cidade, caindo para cima do passeio, tapando completamente o edifício recuperado do antigo hospital, arrogante na sua inutilidade e pobreza estética, aí está um exemplo concreto de como, de uma penada, se consegue fazer estragos irreparáveis e, ao mesmo tempo, contrariar os propósitos iniciais.
Recorde-se que o projecto visava recuperar o edifício do antigo hospital, e a recuperação de um edifício histórico inclui não só a sua reabilitação física, mas a salvaguarda do seu envolvimento, sem a qual nada se justificaria. Ora, este inenarrável mamarracho oblitera e afronta a presença do edifício recuperado, esconde-o completamente de um ponto do olhar privilegiado que é a avenida e atraiçoa brutalmente o alinhamento do edificado, com a agravante de ser um projecto municipal a abastardar um normativo estético e formal que caracterizava aquele troço do arruamento.
Pergunte-se: mas, ao menos, aquele anexo a fazer lembrar o INATEL de Albufeira era necessário? E sendo necessário, atendendo à volumetria do edifício principal, era preciso que tivesse aquela dimensão, aquela altura? Não era. Mas sendo, era preciso que atravessasse o alinhamento fixado? Ganha-se o quê, naquele metro devastador?
A juntar ao imenso mausoléu chamado Parque Almonda, que queimou definitivamente a última zona onde o rio podia ter sido trazido para fora do caneiro que é quase todo o seu trajecto urbano, junta-se agora mais esta nódoa da nossa história recente.
Acontece que os perigos espreitam a todo o momento e quando se acha que não é possível fazer ainda pior, somos surpreendidos, como fomos quando há dias, de mansinho, a actual maioria camarária tencionava assassinar sem dó nem piedade o Porto dos Namorados, um dos locais mais aprazíveis e marcantes do percurso do rio, pondo-lhe por cima um fio de barracas para vender copos a pretexto de um projecto “gauche chic”, um crime na forma tentada que merecia castigo só de se pensar nele.
Como se sabe que, na sombra, estaria uma ideia, digna de levantamento armado da população com forquilhas e varapaus, de alterar o alinhamento da avenida para criar uma zona de estacionamento pelo passeio público adentro, em benfício de negócio particular cuja implantação no local, nos idos de 70, causou uma enorme polémica para quem ainda se lembra.
Eis o monstro, agora em todo o seu esplendor
Livre de panos e taipais, é possível ver agora toda a dimensão de mais um atentado urbanístico à cidade e à sua harmonia, que é património dos torrejanos. Atravessando o alinhamento dos edifícios da mais importante rua da cidade, caindo para cima do passeio, tapando completamente o edifício recuperado do antigo hospital, arrogante na sua inutilidade e pobreza estética, aí está um exemplo concreto de como, de uma penada, se consegue fazer estragos irreparáveis e, ao mesmo tempo, contrariar os propósitos iniciais.
Recorde-se que o projecto visava recuperar o edifício do antigo hospital, e a recuperação de um edifício histórico inclui não só a sua reabilitação física, mas a salvaguarda do seu envolvimento, sem a qual nada se justificaria. Ora, este inenarrável mamarracho oblitera e afronta a presença do edifício recuperado, esconde-o completamente de um ponto do olhar privilegiado que é a avenida e atraiçoa brutalmente o alinhamento do edificado, com a agravante de ser um projecto municipal a abastardar um normativo estético e formal que caracterizava aquele troço do arruamento.
Pergunte-se: mas, ao menos, aquele anexo a fazer lembrar o INATEL de Albufeira era necessário? E sendo necessário, atendendo à volumetria do edifício principal, era preciso que tivesse aquela dimensão, aquela altura? Não era. Mas sendo, era preciso que atravessasse o alinhamento fixado? Ganha-se o quê, naquele metro devastador?
A juntar ao imenso mausoléu chamado Parque Almonda, que queimou definitivamente a última zona onde o rio podia ter sido trazido para fora do caneiro que é quase todo o seu trajecto urbano, junta-se agora mais esta nódoa da nossa história recente.
Acontece que os perigos espreitam a todo o momento e quando se acha que não é possível fazer ainda pior, somos surpreendidos, como fomos quando há dias, de mansinho, a actual maioria camarária tencionava assassinar sem dó nem piedade o Porto dos Namorados, um dos locais mais aprazíveis e marcantes do percurso do rio, pondo-lhe por cima um fio de barracas para vender copos a pretexto de um projecto “gauche chic”, um crime na forma tentada que merecia castigo só de se pensar nele.
Como se sabe que, na sombra, estaria uma ideia, digna de levantamento armado da população com forquilhas e varapaus, de alterar o alinhamento da avenida para criar uma zona de estacionamento pelo passeio público adentro, em benfício de negócio particular cuja implantação no local, nos idos de 70, causou uma enorme polémica para quem ainda se lembra.
![]() Apresentados os candidatos à presidência da Câmara de Torres Novas, a realizar nos finais de Setembro, ou na primeira quinzena de Outubro, restam pouco mais de três meses (dois de férias), para se conhecer ao que vêm, quem é quem, o que defendem, para o concelho, na sua interligação cidade/freguesias. |
![]() O nosso major-general é uma versão pós-moderna do Pangloss de Voltaire, atestando que, no designado “mundo livre”, estamos no melhor possível, prontos para a vitória e não pode ser de outro modo. |
![]() “Pobre é o discípulo que não excede o seu mestre” Leonardo da Vinci
Mais do que rumor, é já certo que a IA é capaz de usar linguagem ininteligível para os humanos com o objectivo de ser mais eficaz. |
![]()
Em 2012, o psicólogo social Jonathan Haidt publicou a obra A Mente Justa: Porque as Pessoas Boas não se Entendem sobre Política e Religião. Esta obra é fundamental porque nos ajuda a compreender um dos dramas que assolam os países ocidentais, cujas democracias se estruturam, ainda hoje, pela dicotomia esquerda–direita. |
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
![]() |
![]() |
![]() |
» 2025-07-03
» Jorge Carreira Maia
Direita e Esquerda, uma questão de sabores morais |
» 2025-07-08
» António Mário Santos
O meu projecto eleitoral para a autarquia |
» 2025-07-08
» José Alves Pereira
O MAJOR-GENERAL PATRONO DA GUERRA |
» 2025-07-08
» Acácio Gouveia
Inteligência artificial |