Caminhamos para o abismo
Opinião » 2019-02-07 » António Gomes"Quando falamos de educação, estamos a falar de matérias que interessam a toda a sociedade torrejana"
Foi recentemente colocado em discussão pública (já terminada) o Plano Estratégico Educativo Municipal para os próximos 4 anos. Este plano é da responsabilidade da autarquia, que o encomendou a um centro de estudos da Universidade Nova de Lisboa coordenado pelo professor David Justino.
Quando falamos de educação, estamos a falar de matérias que interessam a toda a sociedade torrejana: comunidade educativa, sector empresarial, sindicatos, autarquia, partidos políticos, população.
Não sendo o único instrumento para o desenvolvimento local, é, no entanto, fundamental.
O estudo, de uma forma muito sintética, afirma: que daqui a 7 anos, num cenário optimista, seremos menos 3.500 habitantes, teremos menos 1.100 alunos, seremos 224 ativos para 100 idosos (menos 37 ativos que em 2011); actualmente existem 3.042 fogos de habitação vagos, mas não disponíveis para arrendamento, um número de cidadãos e cidadãs beneficiários do RSI muito elevado. O estudo diz ainda que a média de idades dos professores e professoras é de 48,7 anos, considerada muito alta, e que a média de alunos por turma é de 19,8, superior à media nacional e muito superior à media regional, que se situa em 17,4; as escolas que existem no concelho comportam 6.155 alunos, mas apenas 3.753 as frequentam; já agora, referir que as retenções e ou desistências no secundário foram 25,81% no ano letivo de 2013/2014, o que é no mínimo assustador, digo eu, e já agora também referir que o estudo conclui que temos um saldo migratório com os concelhos vizinhos muito negativo.
Muitas outras questões são tratadas, mas naturalmente não cabem aqui. É bom dizer que estes números deveriam fazer tocar todas as campainhas e mais algumas, na autarquia em primeiro lugar, mas também na comunidade educativa. Mas assistimos a um silêncio ensurdecedor, parece que tudo se faz para que nada se saiba.
O que pensa o vereador da educação? O que pensam os responsáveis das escolas perante este cenário?
Que debates públicos foram promovidos pelas escolas para envolverem os professores(as), os alunos(as), os pais e mães... Como vai o PDM, em revisão, responder à situação que estes números evidenciam?
Fizeram bem o BE, mais algumas instituições e cidadãos, em apresentar propostas alternativas ao documento em apreço, que não apresenta soluções para tão drástico cenário.
Era bom que tentássemos fugir do abismo.
Caminhamos para o abismo
Opinião » 2019-02-07 » António GomesQuando falamos de educação, estamos a falar de matérias que interessam a toda a sociedade torrejana
Foi recentemente colocado em discussão pública (já terminada) o Plano Estratégico Educativo Municipal para os próximos 4 anos. Este plano é da responsabilidade da autarquia, que o encomendou a um centro de estudos da Universidade Nova de Lisboa coordenado pelo professor David Justino.
Quando falamos de educação, estamos a falar de matérias que interessam a toda a sociedade torrejana: comunidade educativa, sector empresarial, sindicatos, autarquia, partidos políticos, população.
Não sendo o único instrumento para o desenvolvimento local, é, no entanto, fundamental.
O estudo, de uma forma muito sintética, afirma: que daqui a 7 anos, num cenário optimista, seremos menos 3.500 habitantes, teremos menos 1.100 alunos, seremos 224 ativos para 100 idosos (menos 37 ativos que em 2011); actualmente existem 3.042 fogos de habitação vagos, mas não disponíveis para arrendamento, um número de cidadãos e cidadãs beneficiários do RSI muito elevado. O estudo diz ainda que a média de idades dos professores e professoras é de 48,7 anos, considerada muito alta, e que a média de alunos por turma é de 19,8, superior à media nacional e muito superior à media regional, que se situa em 17,4; as escolas que existem no concelho comportam 6.155 alunos, mas apenas 3.753 as frequentam; já agora, referir que as retenções e ou desistências no secundário foram 25,81% no ano letivo de 2013/2014, o que é no mínimo assustador, digo eu, e já agora também referir que o estudo conclui que temos um saldo migratório com os concelhos vizinhos muito negativo.
Muitas outras questões são tratadas, mas naturalmente não cabem aqui. É bom dizer que estes números deveriam fazer tocar todas as campainhas e mais algumas, na autarquia em primeiro lugar, mas também na comunidade educativa. Mas assistimos a um silêncio ensurdecedor, parece que tudo se faz para que nada se saiba.
O que pensa o vereador da educação? O que pensam os responsáveis das escolas perante este cenário?
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Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
Este mundo e o outro - joão carlos lopes » 2024-02-22 Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”. |
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Eleições, para que vos quero! - antónio mário santos » 2024-02-22 Quando me aborreço, mudo de canal. Vou seguindo os debates eleitorais televisivos, mas, saturado, opto por um filme no SYFY, onde a Humanidade tenta salvar com seus heróis americanizados da Marvel o planeta Terra, em vez de gramar as notas e as opiniões dos comentadores profissionais e partidocratas que se esfalfam na crítica ou no elogio do seu candidato de estimação. |
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