Caminhamos para o abismo
"Quando falamos de educação, estamos a falar de matérias que interessam a toda a sociedade torrejana"
Foi recentemente colocado em discussão pública (já terminada) o Plano Estratégico Educativo Municipal para os próximos 4 anos. Este plano é da responsabilidade da autarquia, que o encomendou a um centro de estudos da Universidade Nova de Lisboa coordenado pelo professor David Justino.
Quando falamos de educação, estamos a falar de matérias que interessam a toda a sociedade torrejana: comunidade educativa, sector empresarial, sindicatos, autarquia, partidos políticos, população.
Não sendo o único instrumento para o desenvolvimento local, é, no entanto, fundamental.
O estudo, de uma forma muito sintética, afirma: que daqui a 7 anos, num cenário optimista, seremos menos 3.500 habitantes, teremos menos 1.100 alunos, seremos 224 ativos para 100 idosos (menos 37 ativos que em 2011); actualmente existem 3.042 fogos de habitação vagos, mas não disponíveis para arrendamento, um número de cidadãos e cidadãs beneficiários do RSI muito elevado. O estudo diz ainda que a média de idades dos professores e professoras é de 48,7 anos, considerada muito alta, e que a média de alunos por turma é de 19,8, superior à media nacional e muito superior à media regional, que se situa em 17,4; as escolas que existem no concelho comportam 6.155 alunos, mas apenas 3.753 as frequentam; já agora, referir que as retenções e ou desistências no secundário foram 25,81% no ano letivo de 2013/2014, o que é no mínimo assustador, digo eu, e já agora também referir que o estudo conclui que temos um saldo migratório com os concelhos vizinhos muito negativo.
Muitas outras questões são tratadas, mas naturalmente não cabem aqui. É bom dizer que estes números deveriam fazer tocar todas as campainhas e mais algumas, na autarquia em primeiro lugar, mas também na comunidade educativa. Mas assistimos a um silêncio ensurdecedor, parece que tudo se faz para que nada se saiba.
O que pensa o vereador da educação? O que pensam os responsáveis das escolas perante este cenário?
Que debates públicos foram promovidos pelas escolas para envolverem os professores(as), os alunos(as), os pais e mães... Como vai o PDM, em revisão, responder à situação que estes números evidenciam?
Fizeram bem o BE, mais algumas instituições e cidadãos, em apresentar propostas alternativas ao documento em apreço, que não apresenta soluções para tão drástico cenário.
Era bom que tentássemos fugir do abismo.
Caminhamos para o abismo
Quando falamos de educação, estamos a falar de matérias que interessam a toda a sociedade torrejana
Foi recentemente colocado em discussão pública (já terminada) o Plano Estratégico Educativo Municipal para os próximos 4 anos. Este plano é da responsabilidade da autarquia, que o encomendou a um centro de estudos da Universidade Nova de Lisboa coordenado pelo professor David Justino.
Quando falamos de educação, estamos a falar de matérias que interessam a toda a sociedade torrejana: comunidade educativa, sector empresarial, sindicatos, autarquia, partidos políticos, população.
Não sendo o único instrumento para o desenvolvimento local, é, no entanto, fundamental.
O estudo, de uma forma muito sintética, afirma: que daqui a 7 anos, num cenário optimista, seremos menos 3.500 habitantes, teremos menos 1.100 alunos, seremos 224 ativos para 100 idosos (menos 37 ativos que em 2011); actualmente existem 3.042 fogos de habitação vagos, mas não disponíveis para arrendamento, um número de cidadãos e cidadãs beneficiários do RSI muito elevado. O estudo diz ainda que a média de idades dos professores e professoras é de 48,7 anos, considerada muito alta, e que a média de alunos por turma é de 19,8, superior à media nacional e muito superior à media regional, que se situa em 17,4; as escolas que existem no concelho comportam 6.155 alunos, mas apenas 3.753 as frequentam; já agora, referir que as retenções e ou desistências no secundário foram 25,81% no ano letivo de 2013/2014, o que é no mínimo assustador, digo eu, e já agora também referir que o estudo conclui que temos um saldo migratório com os concelhos vizinhos muito negativo.
Muitas outras questões são tratadas, mas naturalmente não cabem aqui. É bom dizer que estes números deveriam fazer tocar todas as campainhas e mais algumas, na autarquia em primeiro lugar, mas também na comunidade educativa. Mas assistimos a um silêncio ensurdecedor, parece que tudo se faz para que nada se saiba.
O que pensa o vereador da educação? O que pensam os responsáveis das escolas perante este cenário?
Que debates públicos foram promovidos pelas escolas para envolverem os professores(as), os alunos(as), os pais e mães... Como vai o PDM, em revisão, responder à situação que estes números evidenciam?
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Era bom que tentássemos fugir do abismo.
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