O ouro ao bandido
" O presidente da câmara quer pagar, para já e em vez da administração central, a limpeza da ribeira, como que metendo um golo na própria baliza e beneficiando o infractor"
Na recente vinda do secretário de Estado do Ambiente a Torres Novas, o presidente da câmara anunciava, a destempo, que a autarquia iria limpar a ribeira da Boa Água. Na altura, pensou-se que se tratava de uma daquelas coisas que se dizem a quente. Mas não: na manifestação de sexta-feira, Pedro Ferreira renovou a intenção, sem antes dizer que a câmara não tem competências na matéria fora do perímetro da cidade. Parece que para pagar, em nome do governo central, já tem, e até pediu autorização, o que é notável.
Num momento em que há um grave conflito legal entre a administração pública e uma ou várias empresas poluidoras, que decorre de descargas clandestinas, contra-ordenações, obras sem licença, embargos e inquéritos, e em que é preciso avaliar em toda a extensão os efeitos da acção ilegal de quem transgride, numa altura em que a proximidade das chuvas vai obviamente atenuar os efeitos mais concretos da poluição sobre as populações, numa circunstância em que a opinião pública se manifesta disposta levar a luta por diante, o presidente da câmara quer pagar, para já e em vez da administração central, a limpeza da ribeira, como que metendo um golo na própria baliza e beneficiando o infractor.
Percebe-se que um escuteiro (eu também fui escuteiro) ajude uma velhinha a passar a passadeira. Mas o que o presidente da câmara quer fazer é pagar os estragos do carro que atropelou a velhinha em plena passadeira e a seguir pedir desculpa ao condutor em nome da velhinha.
O ouro ao bandido
O presidente da câmara quer pagar, para já e em vez da administração central, a limpeza da ribeira, como que metendo um golo na própria baliza e beneficiando o infractor
Na recente vinda do secretário de Estado do Ambiente a Torres Novas, o presidente da câmara anunciava, a destempo, que a autarquia iria limpar a ribeira da Boa Água. Na altura, pensou-se que se tratava de uma daquelas coisas que se dizem a quente. Mas não: na manifestação de sexta-feira, Pedro Ferreira renovou a intenção, sem antes dizer que a câmara não tem competências na matéria fora do perímetro da cidade. Parece que para pagar, em nome do governo central, já tem, e até pediu autorização, o que é notável.
Num momento em que há um grave conflito legal entre a administração pública e uma ou várias empresas poluidoras, que decorre de descargas clandestinas, contra-ordenações, obras sem licença, embargos e inquéritos, e em que é preciso avaliar em toda a extensão os efeitos da acção ilegal de quem transgride, numa altura em que a proximidade das chuvas vai obviamente atenuar os efeitos mais concretos da poluição sobre as populações, numa circunstância em que a opinião pública se manifesta disposta levar a luta por diante, o presidente da câmara quer pagar, para já e em vez da administração central, a limpeza da ribeira, como que metendo um golo na própria baliza e beneficiando o infractor.
Percebe-se que um escuteiro (eu também fui escuteiro) ajude uma velhinha a passar a passadeira. Mas o que o presidente da câmara quer fazer é pagar os estragos do carro que atropelou a velhinha em plena passadeira e a seguir pedir desculpa ao condutor em nome da velhinha.
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