Alheados
"Falta um todo que una, uma concertação de ideias, de medidas, de atitudes."
Afastámo-nos da coisa pública. Por descrédito, por falta de tempo, por egoísmo. Seja por que motivo for, andamos tendencialmente longe de tudo o que diz respeito à gestão das nossos destinos e deixamos em mãos alheias as decisões da nossa vida. Votamos e descansamos no voto as decisões dos anos que se seguem. Ou, simplesmente, nem votamos. Uma tendência geral, mas que piora à medida que diminuímos a escala e nos limitamos à vida autárquica. Torres Novas é prova disso.
Durante anos, descansámos nas mãos de uma só pessoa o presente e o futuro dos nossos dias. Quem, de início, ainda se preocupava em questionar ou duvidar, foi desistindo por cansaço, entregando-se à vontade da maioria. Restaram poucos. Vemos, à nossa volta, um deserto de ideias, de convicções e de respeito pelo que é de todos. E assim continuamos, desistentes, indiferentes, numa espécie de autismo político, como se as decisões que se tomam na nossa terra não nos dissessem respeito ou não influenciassem a nossa forma de estar e a nossa qualidade de vida.
Vivemos alheados. Pontualmente, aparecem uns e outros. Reclamam, reivindicam, exigem mais. Sozinhos, isolados, com uma agenda que nos deixa na dúvida sobre se o interesse é o todo, ou apenas o da foto no cartaz. Há uma nova geração a surgir. Activos, pelo menos nas redes sociais. Vão a todas, aparecem, elogiam e criticam, tiram selfies e fazem questão de dizer que estão por cá. Quanto mais não seja porque quem não aparece, esquece.
Mas o mal continua lá. Falta um todo que una, uma concertação de ideias, de medidas, de atitudes. Um fio condutor que nos dê garantias de que há um futuro pensado para Torres Novas e que começa agora, neste presente. Estou desanimada, nota-se. Consciente de que não é este o presente que quero. E que o futuro que começa a sorrir não me enche as medidas.
Alheados
Falta um todo que una, uma concertação de ideias, de medidas, de atitudes.
Afastámo-nos da coisa pública. Por descrédito, por falta de tempo, por egoísmo. Seja por que motivo for, andamos tendencialmente longe de tudo o que diz respeito à gestão das nossos destinos e deixamos em mãos alheias as decisões da nossa vida. Votamos e descansamos no voto as decisões dos anos que se seguem. Ou, simplesmente, nem votamos. Uma tendência geral, mas que piora à medida que diminuímos a escala e nos limitamos à vida autárquica. Torres Novas é prova disso.
Durante anos, descansámos nas mãos de uma só pessoa o presente e o futuro dos nossos dias. Quem, de início, ainda se preocupava em questionar ou duvidar, foi desistindo por cansaço, entregando-se à vontade da maioria. Restaram poucos. Vemos, à nossa volta, um deserto de ideias, de convicções e de respeito pelo que é de todos. E assim continuamos, desistentes, indiferentes, numa espécie de autismo político, como se as decisões que se tomam na nossa terra não nos dissessem respeito ou não influenciassem a nossa forma de estar e a nossa qualidade de vida.
Vivemos alheados. Pontualmente, aparecem uns e outros. Reclamam, reivindicam, exigem mais. Sozinhos, isolados, com uma agenda que nos deixa na dúvida sobre se o interesse é o todo, ou apenas o da foto no cartaz. Há uma nova geração a surgir. Activos, pelo menos nas redes sociais. Vão a todas, aparecem, elogiam e criticam, tiram selfies e fazem questão de dizer que estão por cá. Quanto mais não seja porque quem não aparece, esquece.
Mas o mal continua lá. Falta um todo que una, uma concertação de ideias, de medidas, de atitudes. Um fio condutor que nos dê garantias de que há um futuro pensado para Torres Novas e que começa agora, neste presente. Estou desanimada, nota-se. Consciente de que não é este o presente que quero. E que o futuro que começa a sorrir não me enche as medidas.
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![]() Há uns meses, em circunstâncias que não vêm ao caso, tive o prazer de privar com José Luís Peixoto e a sua mulher, Patrícia Pinto. Foram dias muito agradáveis em que fiquei a conhecer um pouco da pessoa que está por trás do escritor. |
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![]() A arte pode dividir-se em dois grandes grupos. A arte comercial e a arte não comercial. A não comercial, por se reger pela criatividade, originalidade, inovação, profundidade, talento e virtuosismo, acaba por ser a produtora de matéria-prima para a arte comercial, regida essa pelas leis de mercado. |
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