Veni vidi vici - carlos paiva
- Ó querida, sou tão bom. Mas tão bom que até vais trepar pelas paredes.
- Ai sim? E como é que vais conseguir tal proeza?
- Ora… Isso agora é cá comigo. Eu é que sei.
É uma estratégia. Questionável, mas ainda assim, uma estratégia. Há quem tenha nenhuma. A par da revelação estrondosa do planeamento planeado, houve outra que até me fez cair da cadeira com o impacto. Esta, verdadeiramente incrível. Fui informado, a vermelho, que, Talvez Recandidato (T.R.), a propor-se a correr, será para ganhar. Uma reviravolta embasbacante nos mais elementares objectivos da competição. É do senso comum que toda a gente que se propõe a correr almeja o penúltimo lugar. Com muita competência, engenho, e sorte a rodos, quem sabe, o último. Talvez Recandidato (T.R.) faz mira à vitória. Inacreditável. Surpresa das surpresas. Há ali claramente um lugar vago para guionista, ou, como gosta de dizer um amigo meu: coreógrafo. Com tanto pessoal a precisar de emprego…
Por falar em emprego, segundo notícia num meio de comunicação regional, uma empresa privada manifestou interesse em abrir instalações no concelho. Para não variar, mantém-se a caracterização de emprego indiferenciado na eventual oferta para preenchimento de quadros. Viva a tradição. E como tradicionalmente, elementos do executivo apressaram-se a partilhar com a populaça esta declaração de intenções da tal empresa privada, como se eles tivessem tido algum papel relevante no processo, ou tivessem desenvolvido esforços e contactos para que tal interesse ocorresse. Para além de alterar o PDM de modo a acomodar as instalações da empresa em total legalidade, entenda-se.
A proximidade do entroncamento A1 – A23 é pura coincidência, não relacionável. Eu próprio adoptei esta metodologia. Partilhei nas redes sociais uma peça de Wagner, na expectativa de a malta pensar que fui eu que fiz. Mais logo já vou ver a quantidade de likes e comentários elogiosos. A julgar pelos resultados para uns, a glória imortal do mestre também deve recair sobre mim. Estratégia inovadora. Se Talvez Recandidato (T.R.) estiver de pestana aberta e topar esta, deixa de haver lugar vago para guionista.
Mas não deve estar assim tão atento. Se estivesse, não tinha deixado passar em claro os auto-elogios do executivo acerca da redução de IMI, esforço sobre-humano de tão nobres mártires que se bateram e sacrificaram por esta redução significativa nas despesas dos munícipes, exibindo como comprovativo a Análise da Execução Orçamental dos Municípios divulgada pela Ordem dos Contabilistas Certificados, onde o município de Torres Novas aparece em… trigésimo quinto lugar. O último do seu grupo. Isto sim, é cumprir com os objectivos. Último. Segundo as mais recentes tendências, é muito mainstream, eu sei, mas a distinta lata merece ovação em pé. O documento é público e pode ser consultado aqui:
https://www.occ.pt/news/Anuarios/afmp2019.pdf
Até Iznogoud, que queria ser Vizir no lugar do Vizir, estava mais atento e aproveitava melhor as argoladas do Vizir para seu proveito. E era, é, uma personagem imaginária. Por aqui, na vida real, sejam da oposição, sejam do assim-assim, sejam agnósticos ou crentes, tudo aceitam complacentemente. Tal como fazia quando lia os livros desta personagem criada por Goscinny, resta-me rir.
“Por falar em emprego, segundo notícia num meio de comunicação regional, uma empresa privada manifestou interesse em abrir instalações no concelho. Para não variar, mantém-se a caracterização de emprego indiferenciado”
Veni vidi vici - carlos paiva
- Ó querida, sou tão bom. Mas tão bom que até vais trepar pelas paredes.
- Ai sim? E como é que vais conseguir tal proeza?
- Ora… Isso agora é cá comigo. Eu é que sei.
É uma estratégia. Questionável, mas ainda assim, uma estratégia. Há quem tenha nenhuma. A par da revelação estrondosa do planeamento planeado, houve outra que até me fez cair da cadeira com o impacto. Esta, verdadeiramente incrível. Fui informado, a vermelho, que, Talvez Recandidato (T.R.), a propor-se a correr, será para ganhar. Uma reviravolta embasbacante nos mais elementares objectivos da competição. É do senso comum que toda a gente que se propõe a correr almeja o penúltimo lugar. Com muita competência, engenho, e sorte a rodos, quem sabe, o último. Talvez Recandidato (T.R.) faz mira à vitória. Inacreditável. Surpresa das surpresas. Há ali claramente um lugar vago para guionista, ou, como gosta de dizer um amigo meu: coreógrafo. Com tanto pessoal a precisar de emprego…
Por falar em emprego, segundo notícia num meio de comunicação regional, uma empresa privada manifestou interesse em abrir instalações no concelho. Para não variar, mantém-se a caracterização de emprego indiferenciado na eventual oferta para preenchimento de quadros. Viva a tradição. E como tradicionalmente, elementos do executivo apressaram-se a partilhar com a populaça esta declaração de intenções da tal empresa privada, como se eles tivessem tido algum papel relevante no processo, ou tivessem desenvolvido esforços e contactos para que tal interesse ocorresse. Para além de alterar o PDM de modo a acomodar as instalações da empresa em total legalidade, entenda-se.
A proximidade do entroncamento A1 – A23 é pura coincidência, não relacionável. Eu próprio adoptei esta metodologia. Partilhei nas redes sociais uma peça de Wagner, na expectativa de a malta pensar que fui eu que fiz. Mais logo já vou ver a quantidade de likes e comentários elogiosos. A julgar pelos resultados para uns, a glória imortal do mestre também deve recair sobre mim. Estratégia inovadora. Se Talvez Recandidato (T.R.) estiver de pestana aberta e topar esta, deixa de haver lugar vago para guionista.
Mas não deve estar assim tão atento. Se estivesse, não tinha deixado passar em claro os auto-elogios do executivo acerca da redução de IMI, esforço sobre-humano de tão nobres mártires que se bateram e sacrificaram por esta redução significativa nas despesas dos munícipes, exibindo como comprovativo a Análise da Execução Orçamental dos Municípios divulgada pela Ordem dos Contabilistas Certificados, onde o município de Torres Novas aparece em… trigésimo quinto lugar. O último do seu grupo. Isto sim, é cumprir com os objectivos. Último. Segundo as mais recentes tendências, é muito mainstream, eu sei, mas a distinta lata merece ovação em pé. O documento é público e pode ser consultado aqui:
https://www.occ.pt/news/Anuarios/afmp2019.pdf
Até Iznogoud, que queria ser Vizir no lugar do Vizir, estava mais atento e aproveitava melhor as argoladas do Vizir para seu proveito. E era, é, uma personagem imaginária. Por aqui, na vida real, sejam da oposição, sejam do assim-assim, sejam agnósticos ou crentes, tudo aceitam complacentemente. Tal como fazia quando lia os livros desta personagem criada por Goscinny, resta-me rir.
“Por falar em emprego, segundo notícia num meio de comunicação regional, uma empresa privada manifestou interesse em abrir instalações no concelho. Para não variar, mantém-se a caracterização de emprego indiferenciado”
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() Agora que nos estamos a aproximar, no calendário católico, da Páscoa, talvez valha a pena meditar nos versículos 36, 37 e 38, do Capítulo 18, do Evangelho de João. Depois de entregue a Pôncio Pilatos, Jesus respondeu à pergunta deste: Que fizeste? Dito de outro modo: de que és culpado? Ora, a resposta de Jesus é surpreendente: «O meu reino não é deste mundo. |