Os gloriosos trinta, a expressão original onde me fui inspirar, tem pouco que ver com longevidade e muito com mudança, desenvolvimento, crescimento, progresso. Refere-se às três décadas pós segunda guerra mundial, em que a Europa galopou para se reconstruir, em mais dimensões que meramente a literal. Comemorar a passagem de tempo, só por si, é magro. Comemorar resiliência, &ea... (ler mais...)
Vivemos dias históricos. Seria expectável alguma sensação de satisfação, resultante de dois temas profusamente embrulhados, onde foram desatados alguns nós. O tema da nascente do rio Almonda/Renova e ribeira da Boa Água/Fabrióleo. Após longo período em coma, recentemente tiveram melhoras significativas. Seria de celebrar, seria de assinalar para a história. Ver... (ler mais...)
Finalmente aconteceu alguma coisa. Um episódio novo no caso Fabrióleo. Afinal a sinusite não desculpa tudo e o cheiro nauseabundo faz-se sentir inequivocamente. A ponto de aparecer a polícia, alheia como é hábito, a perguntar aos transeuntes e mirones curiosos: “O que é que se passa? Mas o que é que se passa? Hum?” Numa espécie de remake da adaptação teatr... (ler mais...)
A mãe entra na cozinha e nota imediatamente o assalto perpetrado ao bolo de chocolate saído do forno uns minutos antes, do qual resta apenas metade. Procura a única outra pessoa presente em casa nessa altura, o filhote de 5 anos, encontra-o no seu quarto a brincar e, com ar severo, pergunta-lhe quem comeu a metade que falta no bolo. A criança, com a cara e roupa esborratadas de castanho e mãos a pingar chocol... (ler mais...)
Em 1960, a taxa de analfabetismo em Portugal era superior a 30%. Quase um terço da população não sabia ler nem escrever. Dez anos depois, mantinha-se acima dos 25%. Num país com um quarto da população analfabeta, o significado da revolução de Abril de 1974, para eles, resumiu-se a duas coisas: o fim da guerra colonial e o fim da censura. Já ninguém era obrigado a ir m... (ler mais...)
Ver as coisas a preto e branco é a simplificação para o simplório. Com a recrudescência de simplórios, é perfeitamente natural que aconteça a bipolarização de qualquer tema. Desde que o sistema de ensino adoptou preferencialmente respostas de escolha múltipla em detrimento do “elabore” ou “justifique” que o acto de pensar é afunilado para... (ler mais...)
Foi criada em Fevereiro de 2022 a Associação Para a Promoção e Desenvolvimento dos Produtos de Torres Novas. Esta associação declara comprometer-se a isso mesmo: promover e desenvolver os produtos endógenos do concelho. Segundo a própria, principalmente produtos agrícolas e alimentares, deduzo que não em exclusivo. Compromete-se também, a organizar eventos promocionai... (ler mais...)
Quem se interessa por música, em jovem e no caminho para a maturidade, é comum acontecer um sentido de propriedade, totalmente deslocado, acerca de algo que não nos pertence, nem por sombras está dentro da nossa esfera de influência. Descobrimos um grupo musical muito bom que mais ninguém conhece e sentimo-nos com um superpoder secreto. Possuímos uma joia de incalculável valor. Quando esse... (ler mais...)
O inquestionável apoio à cultura dado pelo governo está sujeito a uma série de susceptibilidades, como ilustram os episódios de 1992, onde Cavaco veta a candidatura de Saramago ao prémio literário europeu. Uma birra contra alguém maior que ele. Casar com uma espanhola e ir viver para Espanha, que ousadia, irrita qualquer português de bem. E, de 2004, em que Maria João Pires f... (ler mais...)
Típico da época, os balanços, as listas, as contas feitas. E, contas feitas, é demasiado deprimente picar a checkbox da desilusão. Os problemas que havia, são os que há, somando os que surgiram entretanto. Seria bonito encerrar pelo menos um pendente, ficava bem.
As inovadoras “sharrow” a precisar de segunda demão, olham para os torrejanos com um ar envergonhado, teste... (ler mais...)
Poucos de nós têm a perceção da importância que o som tem nas nossas vidas. Não me refiro só à música, mas também. Os ouvidos não têm pálpebras que bloqueiem o som mediante comando, não têm íris que ajuste a intensidade mediante conveniência, o som está presente de forma permanente, quer queiramos quer não. O cé... (ler mais...)
A Startup Torres Novas comemorou cinco anos de existência. Pompa e circunstância, palmadinhas nas costas e elogios pelos sucessos conquistados. O habitual nestas coisas. O projecto Startup Torres Novas iniciou a actividade a 20 de Outubro de 2016, não completando um trimestre nesse ano, portanto. Começar a atividade nesta data, é ter pela frente o Natal, a passagem de ano e uns feriados ami&uacut... (ler mais...)
Pela primeira vez na história torrejana, três anteriores presidentes de câmara estão na corrida eleitoral. Em projectos governativos distintos. Embora um deles não tenha o papel de líder desta vez, são três presidentes de câmara presentes. Cobrindo cerca de 40 anos contínuos de governação autárquica. A conclusão directa a tirar deste facto é a ... (ler mais...)
O herói nacional, melhor jogador de futebol do mundo de sempre, segundo dizem, foi protagonista numa daquelas histórias que são matéria-prima para solidificar lendas. Nessa história, sublinhando as origens humildes, o estratosférico conquista mais um laço com o Zé comum. Revelado num episódio da sua juventude, contam que matava a fome com as sobras de uma cadeia de fast food, cujas... (ler mais...)
- Ó querida, sou tão bom. Mas tão bom que até vais trepar pelas paredes.
- Ai sim? E como é que vais conseguir tal proeza?
- Ora… Isso agora é cá comigo. Eu é que sei.
É uma estratégia. Questionável, mas ainda assim, uma estratégia. Há quem tenha nenhuma. A par da revelação estrondosa do planeam... (ler mais...)
Corria o distante ano de 1987 quando foi inaugurado o segundo hipermercado em território nacional, na Amadora. O primeiro foi em Matosinhos, em 1985, mas por causa da pronúncia do norte, foi mal interpretado e a malta não ligou. Os torrejanos, sedentos de modernidade, apressaram-se a ir à Rodoviária Nacional, que hoje é um monte de entulho vedado por um muro para não ferir susceptibilidades, alu... (ler mais...)
Era uma vez um reino. O rei tomou conhecimento que uma república aliada doava dinheiro a quem quisesse criar cabras com o intuito de limpeza do mato nas serras, de modo a diminuir o risco de incêndios. Uma solução barata, neste caso de borla, e acima de tudo não poluente, amiga do ambiente, tema muito em voga entre os gentios. Era isso mesmo que o rei precisava, ser popular entre os gentios. Se bem o pensou, m... (ler mais...)