Encruzilhada
"As pessoas ganharam pela alteração de políticas, pelos acordos que o PS foi obrigado a realizar para ser governo"
Já assim era, mas depois das últimas eleições europeias a interrogação subiu de tom: vai ou não haver geringonça após as próximas eleições legislativas? – as pessoas perguntam.
As pessoas perguntam porque é factual que o acordo das esquerdas proporcionou alterar um conjunto de políticas do governo das direitas, anterior a 2015: repor rendimentos, pensões, feriados, conquistar direitos vários, reforma atempada para quem começou a trabalhar ainda criança, ou o mais recente avanço, o estatuto do cuidador e cuidadora, etc., etc.
As pessoas ganharam pela alteração de políticas, pelos acordos que o PS foi obrigado a realizar para ser governo. A não existência de maioria absoluta foi o melhor para os trabalhadores e trabalhadoras, todos e todas sabem disso e dai vem a inevitável pergunta: e depois das próximas eleições?
É difícil de adivinhar, mas uma coisa todos sabemos: o resultado de qualquer negociação depende muito da força que cada interlocutor tiver, ou seja, dos votos que o povo depositar em cada partido.
Do ponto de vista do Bloco, os acordos fazem-se para melhorar a vida das pessoas, ou então não faz sentido fazerem-se. Se queremos voltar a ter um serviço de correios com qualidade, então temos de voltar a nacionalizar os CTT, como acontecia há bem pouco tempo. Se queremos bons transportes públicos, até para defender o planeta, então temos de ter grandes investimentos públicos, o apoio e a força dada a estas propostas determinarão o futuro político pós legislativas.
Mesmo assim há uma encruzilhada, como temos vindo a assistir: é que Costa está a iniciar um caminho na Europa, contrário ao que foi percorrido em Portugal nos últimos anos. Em vez de caminhar para a esquerda, caminha para a direita, juntar-se a Macron em França, contra os seus próprios aliados naturais, os socialistas. É no mínimo preocupante: em França assiste-se ao maior ataque aos directos dos trabalhadores e trabalhadoras francesas, processo este protagonizado pelo governo de Macron.
Este caminho em sentido contrário ao feito em Portugal, a concretizar-se, é um sinal que o PS nos está a enviar. As pessoas estão atentas e mais atentas vão andar e ainda bem.
Encruzilhada
As pessoas ganharam pela alteração de políticas, pelos acordos que o PS foi obrigado a realizar para ser governo
Já assim era, mas depois das últimas eleições europeias a interrogação subiu de tom: vai ou não haver geringonça após as próximas eleições legislativas? – as pessoas perguntam.
As pessoas perguntam porque é factual que o acordo das esquerdas proporcionou alterar um conjunto de políticas do governo das direitas, anterior a 2015: repor rendimentos, pensões, feriados, conquistar direitos vários, reforma atempada para quem começou a trabalhar ainda criança, ou o mais recente avanço, o estatuto do cuidador e cuidadora, etc., etc.
As pessoas ganharam pela alteração de políticas, pelos acordos que o PS foi obrigado a realizar para ser governo. A não existência de maioria absoluta foi o melhor para os trabalhadores e trabalhadoras, todos e todas sabem disso e dai vem a inevitável pergunta: e depois das próximas eleições?
É difícil de adivinhar, mas uma coisa todos sabemos: o resultado de qualquer negociação depende muito da força que cada interlocutor tiver, ou seja, dos votos que o povo depositar em cada partido.
Do ponto de vista do Bloco, os acordos fazem-se para melhorar a vida das pessoas, ou então não faz sentido fazerem-se. Se queremos voltar a ter um serviço de correios com qualidade, então temos de voltar a nacionalizar os CTT, como acontecia há bem pouco tempo. Se queremos bons transportes públicos, até para defender o planeta, então temos de ter grandes investimentos públicos, o apoio e a força dada a estas propostas determinarão o futuro político pós legislativas.
Mesmo assim há uma encruzilhada, como temos vindo a assistir: é que Costa está a iniciar um caminho na Europa, contrário ao que foi percorrido em Portugal nos últimos anos. Em vez de caminhar para a esquerda, caminha para a direita, juntar-se a Macron em França, contra os seus próprios aliados naturais, os socialistas. É no mínimo preocupante: em França assiste-se ao maior ataque aos directos dos trabalhadores e trabalhadoras francesas, processo este protagonizado pelo governo de Macron.
Este caminho em sentido contrário ao feito em Portugal, a concretizar-se, é um sinal que o PS nos está a enviar. As pessoas estão atentas e mais atentas vão andar e ainda bem.
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
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![]() Agora que nos estamos a aproximar, no calendário católico, da Páscoa, talvez valha a pena meditar nos versículos 36, 37 e 38, do Capítulo 18, do Evangelho de João. Depois de entregue a Pôncio Pilatos, Jesus respondeu à pergunta deste: Que fizeste? Dito de outro modo: de que és culpado? Ora, a resposta de Jesus é surpreendente: «O meu reino não é deste mundo. |