Mar vermelho
Percebia-se bem porquê. Não tendo sido o nosso mar, o mar de Vasco da Gama ou do Infante Dom Henrique, o mar dos grandes feitos dos navegadores portugueses, nessa altura, dizia eu, havia que promover o que era nosso. Vai daí, viva o Atlântico, porque o que é nacional é bom e nada melhor que a promoção da Rota das Índias, Atlântico por aí abaixo, direitinho ao Bojador que vou ali e já venho. O Mediterrâneo, esse, foi sempre mar doutro campeonato. Entalado entre o sul da Europa, o norte de África e a Ásia Ocidental, lá foi, durante séculos, disputado por muitos, pirateado por outros tantos, mas sempre alvo de muita cobiça geoestratégica, como agora se diz.
Particularmente após a abertura do canal do Suez em 1869, unindo-o ao Mar Vermelho e permitindo assim encurtar significativamente as distâncias por mar, entre o Ocidente e a Índia e o Extremo Oriente, o cobiçado Mediterrâneo, passou a ter uma importância redobrada. Que o diga o cotovelo britânico apoiado em Gibraltar, mirando todo aquela massa de água até Beirute. Nesse tempo, o mar vermelho era outro, entre África e a península arábica. Era o mar de Moisés.
Mas o que temos assistido nos últimos tempos troca as voltas à geografia e bem podia trocar os nomes aos mares.
Porque hoje, vermelho é o Mediterrâneo.
Do sangue dos milhares de corpos que por lá jazem. Da côr da vergonha de um mundo dito civilizado, incapaz de perceber, prevenir e evitar a crónica de milhares de mortes anunciadas.
E se, no passado, o Suez conseguiu encurtar as distâncias, hoje, uma simples e bem mais curta travessia de Sul para Norte, revela-se longa demais e impossível de cumprir, dada a impotência das Instituições e das elites internacionais.
Para estas, não há canais que as una, nem bom senso que as aproxime.
Talvez também por isso, hoje, vermelho é o Mediterrâneo.
Mar vermelho
Percebia-se bem porquê. Não tendo sido o nosso mar, o mar de Vasco da Gama ou do Infante Dom Henrique, o mar dos grandes feitos dos navegadores portugueses, nessa altura, dizia eu, havia que promover o que era nosso. Vai daí, viva o Atlântico, porque o que é nacional é bom e nada melhor que a promoção da Rota das Índias, Atlântico por aí abaixo, direitinho ao Bojador que vou ali e já venho. O Mediterrâneo, esse, foi sempre mar doutro campeonato. Entalado entre o sul da Europa, o norte de África e a Ásia Ocidental, lá foi, durante séculos, disputado por muitos, pirateado por outros tantos, mas sempre alvo de muita cobiça geoestratégica, como agora se diz.
Particularmente após a abertura do canal do Suez em 1869, unindo-o ao Mar Vermelho e permitindo assim encurtar significativamente as distâncias por mar, entre o Ocidente e a Índia e o Extremo Oriente, o cobiçado Mediterrâneo, passou a ter uma importância redobrada. Que o diga o cotovelo britânico apoiado em Gibraltar, mirando todo aquela massa de água até Beirute. Nesse tempo, o mar vermelho era outro, entre África e a península arábica. Era o mar de Moisés.
Mas o que temos assistido nos últimos tempos troca as voltas à geografia e bem podia trocar os nomes aos mares.
Porque hoje, vermelho é o Mediterrâneo.
Do sangue dos milhares de corpos que por lá jazem. Da côr da vergonha de um mundo dito civilizado, incapaz de perceber, prevenir e evitar a crónica de milhares de mortes anunciadas.
E se, no passado, o Suez conseguiu encurtar as distâncias, hoje, uma simples e bem mais curta travessia de Sul para Norte, revela-se longa demais e impossível de cumprir, dada a impotência das Instituições e das elites internacionais.
Para estas, não há canais que as una, nem bom senso que as aproxime.
Talvez também por isso, hoje, vermelho é o Mediterrâneo.
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![]() O nosso major-general é uma versão pós-moderna do Pangloss de Voltaire, atestando que, no designado “mundo livre”, estamos no melhor possível, prontos para a vitória e não pode ser de outro modo. |
![]() “Pobre é o discípulo que não excede o seu mestre” Leonardo da Vinci
Mais do que rumor, é já certo que a IA é capaz de usar linguagem ininteligível para os humanos com o objectivo de ser mais eficaz. |
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Em 2012, o psicólogo social Jonathan Haidt publicou a obra A Mente Justa: Porque as Pessoas Boas não se Entendem sobre Política e Religião. Esta obra é fundamental porque nos ajuda a compreender um dos dramas que assolam os países ocidentais, cujas democracias se estruturam, ainda hoje, pela dicotomia esquerda–direita. |
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
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