Vinho e carvão - carlos paiva
"“Existem monos destes, com nomes formas e cores diferentes, a salpicar o país. Testemunhando com a sua grandeza a pequenez indígena."
Recordo-me de um episódio da personagem de Goscinny e Uderzo, Astérix, onde são explorados com humor alguns conceitos de economia, tendo como objecto a actividade económica exclusiva em toda uma região: comércio de vinho e carvão. Sem me dar ao trabalho de ir buscar o livro à prateleira e transcrever um diálogo que ficou na memória, é qualquer coisa neste género:
“E quando não há clientes para vinho e carvão, o que é que vocês fazem?”
“Vendemos vinho e carvão uns aos outros.”
Se a economia circular é adaptável ao humor, com vinho e carvão, um pavilhão de feiras também deve ser.
Quando o actual mecanismo de apoio e estímulo ao desenvolvimento do tecido empresarial testemunha a queda do seu homólogo e antecessor na indigência, torna-se inevitável tecer algumas considerações acerca do tema. A primeira, recai no planeamento de contexto, deficiente. Traduzido numa redundância, emergente num curto prazo que, remeteu ao inútil o investimento torrejano. A declaração de intenções inicial da Nersant revelou-se incapaz de resistir à realidade geográfica e à passagem do tempo. Depois de tentativas inconsequentes de reinvenção, a balões de oxigénio, agoniza há bastante tempo. A segunda consideração será obrigatoriamente sobre o prolongar inútil desse período agonizante. Enfrentar a realidade e tomar decisões, antes que o capricho se torne demasiado caro, é actividade deveras selectiva na autarquia. É ponto de honra levar os erros até ao fim. Actualmente, (mais) um pavilhão de utilidade tendencialmente nula, aparenta ir custar 2M à câmara. Mais uma despensa milionária para arrumos. A terceira, recai numa necessária reflexão, acerca da pertinência viabilidade e competência implícita, neste género de instituições, neste género de actividade. Expliquem lá à malta, o que é que correu mal? Na altura, os financiamentos europeus eram destinados a fazer pavilhões e formar núcleos empresariais, de maneira que… olha, cá vai, depois logo se vê. Foi isto? É especialmente importante que exista eco desta reflexão, no IEFP, na Escola Profissional, na Associação de Comerciantes, nas StartUp’s, na autarquia, nos partidos políticos. Caso contrário, será legitimo conjecturar quanto irá custar no futuro o que se vai alegremente iniciando hoje. Isto assim, até parece o país dos institutos. Aprender, é o retorno do erro. Se ninguém aprendeu nada… Sem retorno, o erro passa a ser um custo. De 2M, a fundo perdido.
Existem monos destes, com nomes formas e cores diferentes, a salpicar o país. Testemunhando com a sua grandeza a pequenez indígena. Provas físicas de gestão perdulária, carente de sentido, em tempo de vacas gordas. Hoje? Com a taxa de juro a subir, é só ir ao banco arranjar os 2M para pagar o capricho. Não tem problema. A maledicência popularucha tem a mania de ver problemas em todo o lado, que coisa irritante. Pá. Livro-vos de um estádio de futebol. Mas não vos livro de um núcleo empresarial com pavilhão para feiras.
Soa a outros tempos…
Vinho e carvão - carlos paiva
“Existem monos destes, com nomes formas e cores diferentes, a salpicar o país. Testemunhando com a sua grandeza a pequenez indígena.
Recordo-me de um episódio da personagem de Goscinny e Uderzo, Astérix, onde são explorados com humor alguns conceitos de economia, tendo como objecto a actividade económica exclusiva em toda uma região: comércio de vinho e carvão. Sem me dar ao trabalho de ir buscar o livro à prateleira e transcrever um diálogo que ficou na memória, é qualquer coisa neste género:
“E quando não há clientes para vinho e carvão, o que é que vocês fazem?”
“Vendemos vinho e carvão uns aos outros.”
Se a economia circular é adaptável ao humor, com vinho e carvão, um pavilhão de feiras também deve ser.
Quando o actual mecanismo de apoio e estímulo ao desenvolvimento do tecido empresarial testemunha a queda do seu homólogo e antecessor na indigência, torna-se inevitável tecer algumas considerações acerca do tema. A primeira, recai no planeamento de contexto, deficiente. Traduzido numa redundância, emergente num curto prazo que, remeteu ao inútil o investimento torrejano. A declaração de intenções inicial da Nersant revelou-se incapaz de resistir à realidade geográfica e à passagem do tempo. Depois de tentativas inconsequentes de reinvenção, a balões de oxigénio, agoniza há bastante tempo. A segunda consideração será obrigatoriamente sobre o prolongar inútil desse período agonizante. Enfrentar a realidade e tomar decisões, antes que o capricho se torne demasiado caro, é actividade deveras selectiva na autarquia. É ponto de honra levar os erros até ao fim. Actualmente, (mais) um pavilhão de utilidade tendencialmente nula, aparenta ir custar 2M à câmara. Mais uma despensa milionária para arrumos. A terceira, recai numa necessária reflexão, acerca da pertinência viabilidade e competência implícita, neste género de instituições, neste género de actividade. Expliquem lá à malta, o que é que correu mal? Na altura, os financiamentos europeus eram destinados a fazer pavilhões e formar núcleos empresariais, de maneira que… olha, cá vai, depois logo se vê. Foi isto? É especialmente importante que exista eco desta reflexão, no IEFP, na Escola Profissional, na Associação de Comerciantes, nas StartUp’s, na autarquia, nos partidos políticos. Caso contrário, será legitimo conjecturar quanto irá custar no futuro o que se vai alegremente iniciando hoje. Isto assim, até parece o país dos institutos. Aprender, é o retorno do erro. Se ninguém aprendeu nada… Sem retorno, o erro passa a ser um custo. De 2M, a fundo perdido.
Existem monos destes, com nomes formas e cores diferentes, a salpicar o país. Testemunhando com a sua grandeza a pequenez indígena. Provas físicas de gestão perdulária, carente de sentido, em tempo de vacas gordas. Hoje? Com a taxa de juro a subir, é só ir ao banco arranjar os 2M para pagar o capricho. Não tem problema. A maledicência popularucha tem a mania de ver problemas em todo o lado, que coisa irritante. Pá. Livro-vos de um estádio de futebol. Mas não vos livro de um núcleo empresarial com pavilhão para feiras.
Soa a outros tempos…
![]() Apresentados os candidatos à presidência da Câmara de Torres Novas, a realizar nos finais de Setembro, ou na primeira quinzena de Outubro, restam pouco mais de três meses (dois de férias), para se conhecer ao que vêm, quem é quem, o que defendem, para o concelho, na sua interligação cidade/freguesias. |
![]() O nosso major-general é uma versão pós-moderna do Pangloss de Voltaire, atestando que, no designado “mundo livre”, estamos no melhor possível, prontos para a vitória e não pode ser de outro modo. |
![]() “Pobre é o discípulo que não excede o seu mestre” Leonardo da Vinci
Mais do que rumor, é já certo que a IA é capaz de usar linguagem ininteligível para os humanos com o objectivo de ser mais eficaz. |
![]()
Em 2012, o psicólogo social Jonathan Haidt publicou a obra A Mente Justa: Porque as Pessoas Boas não se Entendem sobre Política e Religião. Esta obra é fundamental porque nos ajuda a compreender um dos dramas que assolam os países ocidentais, cujas democracias se estruturam, ainda hoje, pela dicotomia esquerda–direita. |
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
![]() |
![]() |
![]() |
» 2025-07-03
» Jorge Carreira Maia
Direita e Esquerda, uma questão de sabores morais |
» 2025-07-08
» António Mário Santos
O meu projecto eleitoral para a autarquia |
» 2025-07-08
» José Alves Pereira
O MAJOR-GENERAL PATRONO DA GUERRA |
» 2025-07-08
» Acácio Gouveia
Inteligência artificial |