The wall
"Da rotunda, paredes meias com a avenida, a artéria nobre da cidade, o olhar vai desembocar directamente numa rua que é ela toda um muro de dimensões despropositadas e incompreensíveis a qualquer lógica de cidade."
Há coisas que se fazem numa cidade que durarão gerações incontáveis e ficarão a assinalar, umas vezes a visão ousada, outras a indigência dos protagonistas das decisões. Sem qualquer interesse na matéria e sem qualquer abordagem de natureza política, ficando-me, portanto, nos limites do bom senso e daquilo que parece ser o interesse da cidade, não deve deixar-se passar o caso do reordenamento da Rua da Fábrica, que configura mais uma solução duvidosa da actual gestão municipal. A lei permitia um muro daquela inusitada altura no centro de uma cidade? Suponhamos que sim. Supunhamos. Mas dava à câmara municipal poderes para limitar a altura do paredão, atendendo exactamente ao interesse público e às exigências de uma paisagem urbana coerente e digna. Isto é, o limite máximo permitido por lei, supunhamos que aquilo é permitido, não obrigava a decidir-se assim: não era obrigatória uma decisão assim. Também a extensão dada ao estacionamento no conjunto do troço, parece desequilibrada: ocupa-o quase todo. Da rotunda, paredes meias com a avenida, a artéria nobre da cidade, o olhar vai desembocar directamente numa rua que é ela toda um muro de dimensões despropositadas e incompreensíveis a qualquer lógica de cidade, do centro de uma cidade, somada a uma fileira de automóveis de uma ponta a outra. É pobre, é duvidoso, é mau. Não tem explicação plausível, não há uma lógica que se possa pressentir numa muralha daquele quilate. Há muros que matam para sempre o que devia ser uma cidade aberta, sem ameias.
The wall
Da rotunda, paredes meias com a avenida, a artéria nobre da cidade, o olhar vai desembocar directamente numa rua que é ela toda um muro de dimensões despropositadas e incompreensíveis a qualquer lógica de cidade.
Há coisas que se fazem numa cidade que durarão gerações incontáveis e ficarão a assinalar, umas vezes a visão ousada, outras a indigência dos protagonistas das decisões. Sem qualquer interesse na matéria e sem qualquer abordagem de natureza política, ficando-me, portanto, nos limites do bom senso e daquilo que parece ser o interesse da cidade, não deve deixar-se passar o caso do reordenamento da Rua da Fábrica, que configura mais uma solução duvidosa da actual gestão municipal. A lei permitia um muro daquela inusitada altura no centro de uma cidade? Suponhamos que sim. Supunhamos. Mas dava à câmara municipal poderes para limitar a altura do paredão, atendendo exactamente ao interesse público e às exigências de uma paisagem urbana coerente e digna. Isto é, o limite máximo permitido por lei, supunhamos que aquilo é permitido, não obrigava a decidir-se assim: não era obrigatória uma decisão assim. Também a extensão dada ao estacionamento no conjunto do troço, parece desequilibrada: ocupa-o quase todo. Da rotunda, paredes meias com a avenida, a artéria nobre da cidade, o olhar vai desembocar directamente numa rua que é ela toda um muro de dimensões despropositadas e incompreensíveis a qualquer lógica de cidade, do centro de uma cidade, somada a uma fileira de automóveis de uma ponta a outra. É pobre, é duvidoso, é mau. Não tem explicação plausível, não há uma lógica que se possa pressentir numa muralha daquele quilate. Há muros que matam para sempre o que devia ser uma cidade aberta, sem ameias.
![]() Apresentados os candidatos à presidência da Câmara de Torres Novas, a realizar nos finais de Setembro, ou na primeira quinzena de Outubro, restam pouco mais de três meses (dois de férias), para se conhecer ao que vêm, quem é quem, o que defendem, para o concelho, na sua interligação cidade/freguesias. |
![]() O nosso major-general é uma versão pós-moderna do Pangloss de Voltaire, atestando que, no designado “mundo livre”, estamos no melhor possível, prontos para a vitória e não pode ser de outro modo. |
![]() “Pobre é o discípulo que não excede o seu mestre” Leonardo da Vinci
Mais do que rumor, é já certo que a IA é capaz de usar linguagem ininteligível para os humanos com o objectivo de ser mais eficaz. |
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Em 2012, o psicólogo social Jonathan Haidt publicou a obra A Mente Justa: Porque as Pessoas Boas não se Entendem sobre Política e Religião. Esta obra é fundamental porque nos ajuda a compreender um dos dramas que assolam os países ocidentais, cujas democracias se estruturam, ainda hoje, pela dicotomia esquerda–direita. |
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
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