Repuxos, por Inês Vidal
"Há jornais que dizem coisas, tal como é a sua função"
Esta malta dos jornais é lixada. Parece que está do contra, sempre a dizer coisas. Ou então é de esquerda, só pode. Atrevem-se a noticiar as coisas que acontecem, esses filhos da mãe. Caso contrário, íamos fazendo as coisas à mesma, a nosso bel-prazer, mas ninguém dava por elas ou as questionava.
Vai ao ponto de haver para aí jornais que se lembram de juntar um mais um e dizer que o executivo deu tanto de subsídios aos clubes e colectividades do concelho por um ano, como pretende gastar no arranjo dos repuxos da rotunda da juventude, aquela com uns meninos irritantemente felizes, ali como quem vai para o hospital.
É uma iniciativa lógica: gastar 80 mil euros no arranjo de um repuxo que ainda por cima vai desperdiçar água, o mesmo que se dá para apoiar a actividade dos clubes e colectividades que durante um ano formam e envolvem milhares de munícipes torrejanos. Faz sentido. Essas comparações ou insinuações só poderiam vir desses jornais que para aí andam, a dizer coisas só para chatear ou denegrir. Se não, estava tudo bem: o repuxo voltava a mijar para a estrada e as associações do concelho continuavam de mão estendida ao executivo, numa dependência que, no fundo, calha bem.
Mas há jornais que dizem coisas, tal como é sua função. Do que ninguém fala é do que sofrem depois, num nítido “calem o mensageiro”, como se a culpa fosse de quem escreve e não de quem faz. Um atentado evidente à liberdade de imprensa, essa, que nas terras pequenas ninguém parece saber de que se trata.
Repuxos, por Inês Vidal
Há jornais que dizem coisas, tal como é a sua função
Esta malta dos jornais é lixada. Parece que está do contra, sempre a dizer coisas. Ou então é de esquerda, só pode. Atrevem-se a noticiar as coisas que acontecem, esses filhos da mãe. Caso contrário, íamos fazendo as coisas à mesma, a nosso bel-prazer, mas ninguém dava por elas ou as questionava.
Vai ao ponto de haver para aí jornais que se lembram de juntar um mais um e dizer que o executivo deu tanto de subsídios aos clubes e colectividades do concelho por um ano, como pretende gastar no arranjo dos repuxos da rotunda da juventude, aquela com uns meninos irritantemente felizes, ali como quem vai para o hospital.
É uma iniciativa lógica: gastar 80 mil euros no arranjo de um repuxo que ainda por cima vai desperdiçar água, o mesmo que se dá para apoiar a actividade dos clubes e colectividades que durante um ano formam e envolvem milhares de munícipes torrejanos. Faz sentido. Essas comparações ou insinuações só poderiam vir desses jornais que para aí andam, a dizer coisas só para chatear ou denegrir. Se não, estava tudo bem: o repuxo voltava a mijar para a estrada e as associações do concelho continuavam de mão estendida ao executivo, numa dependência que, no fundo, calha bem.
Mas há jornais que dizem coisas, tal como é sua função. Do que ninguém fala é do que sofrem depois, num nítido “calem o mensageiro”, como se a culpa fosse de quem escreve e não de quem faz. Um atentado evidente à liberdade de imprensa, essa, que nas terras pequenas ninguém parece saber de que se trata.
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É plausível afirmar que o corpo político, ao contrário do que aconteceu na primeira vaga da pandemia, não tem estado feliz na actual situação. Refiro-me ao Presidente da República, ao Primeiro-Ministro e aos dirigentes das várias oposições. |
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