A besta mostrou-se em Guimarães
Opinião » 2020-02-22 » António Gomes"O futebol é para todos e para todas, é festa, é tolerância, nunca poderá ser para energúmenos."
Não posso fugir a esta temática, não tenho direito a ignorar o que se passou no jogo de Guimarães, é demasiado grave fingir que nada se passou, ou que não aconteceu, ou reduzir a coisa a uns malucos que se lembraram de gritar para o Marega que tinha acabado de marcar o golo.
Tenho o dever de me pronunciar sobre esta forma de viver, conviver ou de nos relacionarmos, sinto-me na obrigação de denunciar, condenar e de impedir esta forma crescente que vai afirmando a intolerância como forma de nos relacionarmos.
É a cor da pele, é a orientação sexual, é o local onde nascemos, o país de origem, é a forma de nos vestirmos, é o corte de cabelo, são os amigos que escolhemos e o local que frequentamos, é o corpo que temos, ou gordos ou magros, é a condição social, o rendimento mínimo garantido, etc. É para aqui que nos querem empurrar, é para a intolerância, para o abismo, para o fascismo.
E dirijo-me aqueles e aquelas que normalmente passam ao lado disto tudo (a maioria), que só reagem para dizer que “são todos iguais”, “não quero saber disso para nada”, “viva o Benfica, o Porto e o Marrazes”, mais uma “bejeca”, ou “até um copo de tinto”, são estes que engrossam as fileiras da abstenção, é nestes que a intolerância aposta.
Esta maioria pode um dia acordar e ser tarde demais, o ódio pode ter vencido durante a longa noite em que estiveram adormecidos.
O futebol é para todos e para todas, é festa, é tolerância, nunca poderá ser para energúmenos. Todos os responsáveis pelo futebol têm o dever de condenar o que se passou, para que não fique nenhum equívoco, nenhuma dúvida, nenhuma intolerância.
Se os clubes jogassem uns com os outros em vez de uns contra os outros, já dariam uma grande ajuda ao Marega.
O que aconteceu em Guimarães tem nome. Chama-se RACISMO. Marega esteve à altura e saiu de campo. Pena que não tenha sido acompanhado. Eu estou com ele.
A besta mostrou-se em Guimarães
Opinião » 2020-02-22 » António GomesO futebol é para todos e para todas, é festa, é tolerância, nunca poderá ser para energúmenos.
Não posso fugir a esta temática, não tenho direito a ignorar o que se passou no jogo de Guimarães, é demasiado grave fingir que nada se passou, ou que não aconteceu, ou reduzir a coisa a uns malucos que se lembraram de gritar para o Marega que tinha acabado de marcar o golo.
Tenho o dever de me pronunciar sobre esta forma de viver, conviver ou de nos relacionarmos, sinto-me na obrigação de denunciar, condenar e de impedir esta forma crescente que vai afirmando a intolerância como forma de nos relacionarmos.
É a cor da pele, é a orientação sexual, é o local onde nascemos, o país de origem, é a forma de nos vestirmos, é o corte de cabelo, são os amigos que escolhemos e o local que frequentamos, é o corpo que temos, ou gordos ou magros, é a condição social, o rendimento mínimo garantido, etc. É para aqui que nos querem empurrar, é para a intolerância, para o abismo, para o fascismo.
E dirijo-me aqueles e aquelas que normalmente passam ao lado disto tudo (a maioria), que só reagem para dizer que “são todos iguais”, “não quero saber disso para nada”, “viva o Benfica, o Porto e o Marrazes”, mais uma “bejeca”, ou “até um copo de tinto”, são estes que engrossam as fileiras da abstenção, é nestes que a intolerância aposta.
Esta maioria pode um dia acordar e ser tarde demais, o ódio pode ter vencido durante a longa noite em que estiveram adormecidos.
O futebol é para todos e para todas, é festa, é tolerância, nunca poderá ser para energúmenos. Todos os responsáveis pelo futebol têm o dever de condenar o que se passou, para que não fique nenhum equívoco, nenhuma dúvida, nenhuma intolerância.
Se os clubes jogassem uns com os outros em vez de uns contra os outros, já dariam uma grande ajuda ao Marega.
O que aconteceu em Guimarães tem nome. Chama-se RACISMO. Marega esteve à altura e saiu de campo. Pena que não tenha sido acompanhado. Eu estou com ele.
As eleições e o triunfo do pensamento mágico - jorge carreira maia » 2024-04-10 » Jorge Carreira Maia Existe, em Portugal, uma franja pequena do eleitorado que quer, deliberadamente, destruir a democracia, não suporta os regimes liberais, sonha com o retorno ao autoritarismo. Ao votar Chega, fá-lo racionalmente. Contudo, a explosão do eleitorado do partido de André Ventura não se explica por esse tipo de eleitores. |
Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
Este mundo e o outro - joão carlos lopes » 2024-02-22 Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”. |
2032: a redenção do Planeta - jorge cordeiro simões » 2024-02-22 » Jorge Cordeiro Simões
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Avivar a memória - antónio gomes » 2024-02-22 » António Gomes Há dias atrás, no âmbito da pré-campanha eleitoral, visitei o lugar onde passei a maior parte da minha vida (47 anos), as oficinas da CP no Entroncamento. Não que tivesse saudades, mas o espaço, o cheiro e acima de tudo a oportunidade de rever alguns companheiros que ainda por lá se encontram, que ainda lá continuam a vender a sua força de trabalho, foi uma boa recompensa. |
» 2024-04-10
» Jorge Carreira Maia
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