Bons Sons
Opinião » 2019-08-09 » Inês Vidal" Cem Soldos abre-nos de novo as portas de casa e recebe-nos orgulhosamente"
Treze anos, dez edições, uma aldeia em manifesto. Arrancou ontem, dia 8, mais uma edição do festival Bons Sons, que anualmente traz a Cem Soldos, concelho de Tomar, milhares de pessoas e música, muita música portuguesa. Mais do que festivaleiros profissionais, fãs desta ou daquela banda, apreciadores de música em geral, os visitantes vêm pelo que Cem Soldos tem de diferente de qualquer um dos inúmeros festivais que por altura do Verão inundam o nosso país: o ambiente.
O Bons Sons faz-se nas ruas e travessas de uma aldeia, onde entre a música e os risos espreitamos pelas portas entreabertas, cheiramos as flores que caem das floreiras das janelas, entramos no café que serve as bicas da manhã a quem ali vive, pisamos a calçada, encostamo-nos nas paredes caiadas, passeamos entre largos e igrejas, árvores centenárias, chafarizes e bancos corridos.
E cruzamo-nos com pessoas. Não com as pessoas que chegam e partem quando a música se cala, mas com as que sempre ali estiveram e continuarão a estar depois da nossa passagem. Cem Soldos abre-nos de novo as portas de casa e recebe-nos orgulhosamente como a aldeia que é e que soube, por meios próprios, sem esperar por ocos projectos de gabinete, contrariar o problema da desertificação do interior. Ou pelo menos tentar.
A nós, cabe-nos respeitar os anfitriões, com a consciência de que mais do que um festival num cenário sem alma, há uma aldeia que não dorme para nos receber e que continua a viver quando partimos. O festival arrancou, há música no ar e já se sentem os bons sons a chamar…
Bons Sons
Opinião » 2019-08-09 » Inês VidalCem Soldos abre-nos de novo as portas de casa e recebe-nos orgulhosamente
Treze anos, dez edições, uma aldeia em manifesto. Arrancou ontem, dia 8, mais uma edição do festival Bons Sons, que anualmente traz a Cem Soldos, concelho de Tomar, milhares de pessoas e música, muita música portuguesa. Mais do que festivaleiros profissionais, fãs desta ou daquela banda, apreciadores de música em geral, os visitantes vêm pelo que Cem Soldos tem de diferente de qualquer um dos inúmeros festivais que por altura do Verão inundam o nosso país: o ambiente.
O Bons Sons faz-se nas ruas e travessas de uma aldeia, onde entre a música e os risos espreitamos pelas portas entreabertas, cheiramos as flores que caem das floreiras das janelas, entramos no café que serve as bicas da manhã a quem ali vive, pisamos a calçada, encostamo-nos nas paredes caiadas, passeamos entre largos e igrejas, árvores centenárias, chafarizes e bancos corridos.
E cruzamo-nos com pessoas. Não com as pessoas que chegam e partem quando a música se cala, mas com as que sempre ali estiveram e continuarão a estar depois da nossa passagem. Cem Soldos abre-nos de novo as portas de casa e recebe-nos orgulhosamente como a aldeia que é e que soube, por meios próprios, sem esperar por ocos projectos de gabinete, contrariar o problema da desertificação do interior. Ou pelo menos tentar.
A nós, cabe-nos respeitar os anfitriões, com a consciência de que mais do que um festival num cenário sem alma, há uma aldeia que não dorme para nos receber e que continua a viver quando partimos. O festival arrancou, há música no ar e já se sentem os bons sons a chamar…
Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
Este mundo e o outro - joão carlos lopes » 2024-02-22 Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”. |
2032: a redenção do Planeta - jorge cordeiro simões » 2024-02-22 » Jorge Cordeiro Simões
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Avivar a memória - antónio gomes » 2024-02-22 » António Gomes Há dias atrás, no âmbito da pré-campanha eleitoral, visitei o lugar onde passei a maior parte da minha vida (47 anos), as oficinas da CP no Entroncamento. Não que tivesse saudades, mas o espaço, o cheiro e acima de tudo a oportunidade de rever alguns companheiros que ainda por lá se encontram, que ainda lá continuam a vender a sua força de trabalho, foi uma boa recompensa. |
Eleições, para que vos quero! - antónio mário santos » 2024-02-22 Quando me aborreço, mudo de canal. Vou seguindo os debates eleitorais televisivos, mas, saturado, opto por um filme no SYFY, onde a Humanidade tenta salvar com seus heróis americanizados da Marvel o planeta Terra, em vez de gramar as notas e as opiniões dos comentadores profissionais e partidocratas que se esfalfam na crítica ou no elogio do seu candidato de estimação. |
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