Época balnear
"Não encontrei grandes alterações, apenas uma subtileza, ou se calhar uma mania de implicar… "
Na época balnear, o primeiro dia de visita à praia é sempre assim: quais são as novidades? A organização da coisa - os espaços para estacionamento, os acessos à dita, o espaço para arear… tudo na mesma, pouco mudou ou pelo contrário, grandes mudanças? Isto para quem vai sempre para o mesmo local… parece que não sabemos outro caminho, é prá li e pronto.
Não encontrei grandes alterações, apenas uma subtileza, ou se calhar uma mania de implicar… Há poucos anos, a praia era uma liberdade total, imenso areal, sem constrangimentos, era chegar e estender a toalha e colocar o chapéu onde nos apetecesse, prá esquerda, prá direita, centenas de metros pró povo aproveitar a quinzena.
Há três anos houve grandes novidades: um restaurante próximo todo acolhedor, um belo passadiço até à areia e claro no final do passadiço, à esquerda cem metros de chapéus e respetivas espreguiçadeiras, privatizaram (privatizar não se pode dizer, é muito esquerdista, concessionaram) cem metros de praia, até nem ficou mal e a malta tem direito ao descanso sem ter que ir com o carrego do chapéu, das cadeiras, etc., ficaram lá várias centenas de metros, prá malta escolher onde plantar o chapéu.
O ano passado a novidade é que tinham privatizado (concessionado) mais cem metros para a direita. Ok, faz-se esse esforço e andamos cem metros com o chapéu às costas e a respetiva cadeira, mais uns utensílios para a pequenada, se for o caso. A praia fica mais in como parece ser moda agora, dá um ar mais arrumado e até tem os vigilantes que zelam pela segurança da malta.
Este ano, acrescentaram mais 50 metros à concessão do lado direito (privatização fica mesmo mal…) e assim lá afastaram a malta que carrega os chapéus e as cadeiras um pouco mais para lá. É certo que deixaram no meio, entre a concessão da esquerda e da direita um espaço, de uns 10 metros, ou talvez quinze para não cometer uma injustiça, para os carregadores do chapéu e da cadeira. Rapidamente este espaço ficou lotado, como é de prever, mas o que conta é que aquele espaço está lá, não venham dizer que privatizámos tudo (privatizámos, lá está outra vez a palavra…), a democracia não foi esquecida a praia é para todos e todas, mais para uns que para outros, mas o que é que querem?
Esta coisa lembrou-me logo o episódio do início de Agosto, que animou a malta “do face”, a gentrificação, devem estar lembrados.
Outro episódio que também me veio logo à memória (vá se lá saber porquê, apanhamos estes vícios em pequeninos e depois é o que se vê) mesmo calibre, passou-se cá no burgo com a história dos precários na câmara municipal. Os trabalhadores mais qualificados, lá se conseguiu, fez-se um esforço para passarem aos quadros do município, está certo, é justo, mas quanto aos e às trabalhadoras da limpeza, a coisa já não foi assim, têm de continuar precários e mal pagos, o esforço já não é possível.
A praia até estava agradável, a água fria, o pessoal queixa-se, mas como é que querem que se aqueça tanta água? Não se pode exigir tudo do governo… O pessoal é muito exigente.
Um grupo de homens, julgo que emigrantes do norte de África, tentava fazer pela vida: o produto eram as toalhas, mas pelo que pude observar, o negócio não deu prá bucha. Tempos difíceis, principalmente para quem tenta a sorte noutras paragens.
Para primeiro dia, não foi nada mal.
Época balnear
Não encontrei grandes alterações, apenas uma subtileza, ou se calhar uma mania de implicar…
Na época balnear, o primeiro dia de visita à praia é sempre assim: quais são as novidades? A organização da coisa - os espaços para estacionamento, os acessos à dita, o espaço para arear… tudo na mesma, pouco mudou ou pelo contrário, grandes mudanças? Isto para quem vai sempre para o mesmo local… parece que não sabemos outro caminho, é prá li e pronto.
Não encontrei grandes alterações, apenas uma subtileza, ou se calhar uma mania de implicar… Há poucos anos, a praia era uma liberdade total, imenso areal, sem constrangimentos, era chegar e estender a toalha e colocar o chapéu onde nos apetecesse, prá esquerda, prá direita, centenas de metros pró povo aproveitar a quinzena.
Há três anos houve grandes novidades: um restaurante próximo todo acolhedor, um belo passadiço até à areia e claro no final do passadiço, à esquerda cem metros de chapéus e respetivas espreguiçadeiras, privatizaram (privatizar não se pode dizer, é muito esquerdista, concessionaram) cem metros de praia, até nem ficou mal e a malta tem direito ao descanso sem ter que ir com o carrego do chapéu, das cadeiras, etc., ficaram lá várias centenas de metros, prá malta escolher onde plantar o chapéu.
O ano passado a novidade é que tinham privatizado (concessionado) mais cem metros para a direita. Ok, faz-se esse esforço e andamos cem metros com o chapéu às costas e a respetiva cadeira, mais uns utensílios para a pequenada, se for o caso. A praia fica mais in como parece ser moda agora, dá um ar mais arrumado e até tem os vigilantes que zelam pela segurança da malta.
Este ano, acrescentaram mais 50 metros à concessão do lado direito (privatização fica mesmo mal…) e assim lá afastaram a malta que carrega os chapéus e as cadeiras um pouco mais para lá. É certo que deixaram no meio, entre a concessão da esquerda e da direita um espaço, de uns 10 metros, ou talvez quinze para não cometer uma injustiça, para os carregadores do chapéu e da cadeira. Rapidamente este espaço ficou lotado, como é de prever, mas o que conta é que aquele espaço está lá, não venham dizer que privatizámos tudo (privatizámos, lá está outra vez a palavra…), a democracia não foi esquecida a praia é para todos e todas, mais para uns que para outros, mas o que é que querem?
Esta coisa lembrou-me logo o episódio do início de Agosto, que animou a malta “do face”, a gentrificação, devem estar lembrados.
Outro episódio que também me veio logo à memória (vá se lá saber porquê, apanhamos estes vícios em pequeninos e depois é o que se vê) mesmo calibre, passou-se cá no burgo com a história dos precários na câmara municipal. Os trabalhadores mais qualificados, lá se conseguiu, fez-se um esforço para passarem aos quadros do município, está certo, é justo, mas quanto aos e às trabalhadoras da limpeza, a coisa já não foi assim, têm de continuar precários e mal pagos, o esforço já não é possível.
A praia até estava agradável, a água fria, o pessoal queixa-se, mas como é que querem que se aqueça tanta água? Não se pode exigir tudo do governo… O pessoal é muito exigente.
Um grupo de homens, julgo que emigrantes do norte de África, tentava fazer pela vida: o produto eram as toalhas, mas pelo que pude observar, o negócio não deu prá bucha. Tempos difíceis, principalmente para quem tenta a sorte noutras paragens.
Para primeiro dia, não foi nada mal.
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