Tudo por uma fotografia
"O momento que atravessamos é um momento extraordinário da vida em sociedade, é um momento de combate ao inimigo invisíve"
Em plena crise pandémica, os responsáveis políticos e particularmente os que ocupam lugares executivos, têm de dar o exemplo, assumindo as responsabilidades do cargo que ocupam. Não podem ter atitudes como se nada se passasse, como se tudo corresse dentro da normalidade, como se o COVID 19 fosse um invenção de alguns ou como se as medidas de prevenção e de protecção fossem só para os outros.
É em sentido contrário, e não olhando a meios para atingir os fins, que interpreto algumas atitudes do presidente da câmara de Torres Novas.
Nasceram dois bebés no hospital de Torres Novas e já agora, nasceram ali porque o desgraçado do vírus veio alterar a vida de todos nós e a maternidade veio para Torres Novas… Os bebés são tanto torrejanos nascendo aqui como nascendo em Abrantes. As fotos que o presidente da câmara foi tirar no hospital são pura demagogia e uma irresponsabilidade, é uma atitude em completo antagonismo com a situação que vivemos e com a atitude que devem ter os responsáveis políticos.
O Lar de idosos de Pedrógão, infelizmente, teve de ser evacuado e os seus residentes deslocados para o Palácio dos Desportos, como mandam as boas práticas, para se proceder à desinfecção das instalações do Lar. O presidente da câmara acompanhou esta situação e fez bem. Mas não resistiu e como não podia deixar de ser, lá registou a sua presença dentro do espaço destinado aos residentes do lar, com direito a pose fotográfica e tudo, para registo futuro. Aliás o presidente da câmara fez-se acompanhar, porque há gente que, se não aparecer na foto, deixa de respirar.
Se as fotos fossem no exterior do pavilhão, menos mau, sempre se passava a ideia da importância do isolamento que se tem da dar aos espaços reservados àqueles que são um dos grupos de maior risco e a quem garante o seu cuidado.
O momento que atravessamos é um momento extraordinário da vida em sociedade, é um momento de combate ao inimigo invisível, é o tempo do recato e não do folclore, é o tempo do respeito pelos outros e não o tempo do vale tudo. Nem tudo serve para os jornais e redes sociais.
Tudo isto obedece a uma forma de estar na vida em sociedade e não é exclusivo de Torres Novas. Há dias vimos nas televisões o bispo do Porto ir abençoar um hospital de campanha e para tal não teve qualquer pejo em desrespeitar o cerco sanitário existente naquela localidade, arrastando atrás de si uma quantidade de pessoas que mais parecia uma comitiva em tempo de campanha eleitoral.
Tempos estranhos… fiquem em casa e protejam-se.
Tudo por uma fotografia
O momento que atravessamos é um momento extraordinário da vida em sociedade, é um momento de combate ao inimigo invisíve
Em plena crise pandémica, os responsáveis políticos e particularmente os que ocupam lugares executivos, têm de dar o exemplo, assumindo as responsabilidades do cargo que ocupam. Não podem ter atitudes como se nada se passasse, como se tudo corresse dentro da normalidade, como se o COVID 19 fosse um invenção de alguns ou como se as medidas de prevenção e de protecção fossem só para os outros.
É em sentido contrário, e não olhando a meios para atingir os fins, que interpreto algumas atitudes do presidente da câmara de Torres Novas.
Nasceram dois bebés no hospital de Torres Novas e já agora, nasceram ali porque o desgraçado do vírus veio alterar a vida de todos nós e a maternidade veio para Torres Novas… Os bebés são tanto torrejanos nascendo aqui como nascendo em Abrantes. As fotos que o presidente da câmara foi tirar no hospital são pura demagogia e uma irresponsabilidade, é uma atitude em completo antagonismo com a situação que vivemos e com a atitude que devem ter os responsáveis políticos.
O Lar de idosos de Pedrógão, infelizmente, teve de ser evacuado e os seus residentes deslocados para o Palácio dos Desportos, como mandam as boas práticas, para se proceder à desinfecção das instalações do Lar. O presidente da câmara acompanhou esta situação e fez bem. Mas não resistiu e como não podia deixar de ser, lá registou a sua presença dentro do espaço destinado aos residentes do lar, com direito a pose fotográfica e tudo, para registo futuro. Aliás o presidente da câmara fez-se acompanhar, porque há gente que, se não aparecer na foto, deixa de respirar.
Se as fotos fossem no exterior do pavilhão, menos mau, sempre se passava a ideia da importância do isolamento que se tem da dar aos espaços reservados àqueles que são um dos grupos de maior risco e a quem garante o seu cuidado.
O momento que atravessamos é um momento extraordinário da vida em sociedade, é um momento de combate ao inimigo invisível, é o tempo do recato e não do folclore, é o tempo do respeito pelos outros e não o tempo do vale tudo. Nem tudo serve para os jornais e redes sociais.
Tudo isto obedece a uma forma de estar na vida em sociedade e não é exclusivo de Torres Novas. Há dias vimos nas televisões o bispo do Porto ir abençoar um hospital de campanha e para tal não teve qualquer pejo em desrespeitar o cerco sanitário existente naquela localidade, arrastando atrás de si uma quantidade de pessoas que mais parecia uma comitiva em tempo de campanha eleitoral.
Tempos estranhos… fiquem em casa e protejam-se.
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
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![]() Agora que nos estamos a aproximar, no calendário católico, da Páscoa, talvez valha a pena meditar nos versículos 36, 37 e 38, do Capítulo 18, do Evangelho de João. Depois de entregue a Pôncio Pilatos, Jesus respondeu à pergunta deste: Que fizeste? Dito de outro modo: de que és culpado? Ora, a resposta de Jesus é surpreendente: «O meu reino não é deste mundo. |