Está tudo mal. Tudo. - carlos paiva
"Até a guardar cabras falharam..."
Em amena cavaqueira entre amigos, a discutir o desempenho autárquico, ou a falta dele, surgiu a frase: “…criticar a Câmara Municipal é fácil…”. Concordei de imediato. Aliás, reforcei que é O MAIS fácil. Pela frequência com que se põem a jeito. É difícil ficar impávido perante a abundante oferta. Ir a Torres Novas é como visitar aquele amigo que é muito desarrumado: quando desvias a pilha de revistas que está em cima do sofá para te poderes sentar, ele diz “deixa estar isso aí, senão perco-lhes o norte”. Não é erro, é funcionalidade. Num cenário rico em asneiras, micro e macro, a crítica ou discordância irão brotar em igual proporção. Mas o escrutínio popular, a opinião crítica, são mal recebidas por alguns indígenas. É vulgar respostas do género: “nunca estão satisfeitos”, “preso por ter cão, preso por não ter”, “só sabem dizer mal”, “nunca está nada bem”. Não exactamente assim como escrevi, mas pejado de erros gramaticais e ortográficos.
Esta assimilação da asneira como relíquia cultural, a veneração a quem a fez e perpetua, é endémica. “Nós sabemos que é uma asneira. Deixa ser. Desanda e vai criticar o raio-que-te-parta”. Esta reação emocional denuncia um sentimento de pertença/propriedade, bairrismo, não é uma reacção ponderada e carece de uma avaliação imparcial do tema em causa. Reage-se à crítica da gestão pública como se reage no futebol: irracionalmente fiel ao nosso clube. O general Custer também levou até ao fim as consequências das suas (más) decisões, condenando um destacamento inteiro a ser massacrado, incluindo ele próprio. A lealdade e confiança dos seus homens de nada adiantou para alterar o desfecho.
Também endémico, e totalmente dicotómico, é o desdém pela prata da casa e idolatração ao que vem de fora. Eu sei, eu sei. Um exército de psiquiatras ficava de mãos cheias durante muito tempo. Se calhar, é isso que é preciso para mudar as coisas: um executivo importado. Um conjunto de pessoas que não saiba rigorosamente nada sobre o concelho e sobretudo, não conheça ninguém do concelho. Julgo impossível um executivo, totalmente ignorante da realidade e das necessidades de Torres Novas, fazer pior trabalho que o que tem sido feito pelos indígenas conhecedores dos cantos à casa.
Até a guardar cabras falharam. Sim. Bateu no fundo. Quando se gasta 20 mil euros em promoção interna, não havendo nada de assinalável para promover no mercado interno, muito menos para um target de domésticas e reformados, confirma-se o andar à deriva. Quando a autarquia faz asneira, e perante o parecer negativo da entidade reguladora estatal insiste na asneira, levando-a até às últimas consequências, que é que se pode esperar se não as últimas consequências? Se a CMTN é um alvo fácil, a responsabilidade disso é da CMTN. E para um alvo tão fácil, que se põe a jeito com uma frequência tão elevada, admira-me a reacção de alguns opositores, ora anémica ora pueril, isto quando se dignam a sair da apatia. Restam os odiados críticos e insatisfeitos. Cada um tem o que merece.
Está tudo mal. Tudo. - carlos paiva
Até a guardar cabras falharam...
Em amena cavaqueira entre amigos, a discutir o desempenho autárquico, ou a falta dele, surgiu a frase: “…criticar a Câmara Municipal é fácil…”. Concordei de imediato. Aliás, reforcei que é O MAIS fácil. Pela frequência com que se põem a jeito. É difícil ficar impávido perante a abundante oferta. Ir a Torres Novas é como visitar aquele amigo que é muito desarrumado: quando desvias a pilha de revistas que está em cima do sofá para te poderes sentar, ele diz “deixa estar isso aí, senão perco-lhes o norte”. Não é erro, é funcionalidade. Num cenário rico em asneiras, micro e macro, a crítica ou discordância irão brotar em igual proporção. Mas o escrutínio popular, a opinião crítica, são mal recebidas por alguns indígenas. É vulgar respostas do género: “nunca estão satisfeitos”, “preso por ter cão, preso por não ter”, “só sabem dizer mal”, “nunca está nada bem”. Não exactamente assim como escrevi, mas pejado de erros gramaticais e ortográficos.
Esta assimilação da asneira como relíquia cultural, a veneração a quem a fez e perpetua, é endémica. “Nós sabemos que é uma asneira. Deixa ser. Desanda e vai criticar o raio-que-te-parta”. Esta reação emocional denuncia um sentimento de pertença/propriedade, bairrismo, não é uma reacção ponderada e carece de uma avaliação imparcial do tema em causa. Reage-se à crítica da gestão pública como se reage no futebol: irracionalmente fiel ao nosso clube. O general Custer também levou até ao fim as consequências das suas (más) decisões, condenando um destacamento inteiro a ser massacrado, incluindo ele próprio. A lealdade e confiança dos seus homens de nada adiantou para alterar o desfecho.
Também endémico, e totalmente dicotómico, é o desdém pela prata da casa e idolatração ao que vem de fora. Eu sei, eu sei. Um exército de psiquiatras ficava de mãos cheias durante muito tempo. Se calhar, é isso que é preciso para mudar as coisas: um executivo importado. Um conjunto de pessoas que não saiba rigorosamente nada sobre o concelho e sobretudo, não conheça ninguém do concelho. Julgo impossível um executivo, totalmente ignorante da realidade e das necessidades de Torres Novas, fazer pior trabalho que o que tem sido feito pelos indígenas conhecedores dos cantos à casa.
Até a guardar cabras falharam. Sim. Bateu no fundo. Quando se gasta 20 mil euros em promoção interna, não havendo nada de assinalável para promover no mercado interno, muito menos para um target de domésticas e reformados, confirma-se o andar à deriva. Quando a autarquia faz asneira, e perante o parecer negativo da entidade reguladora estatal insiste na asneira, levando-a até às últimas consequências, que é que se pode esperar se não as últimas consequências? Se a CMTN é um alvo fácil, a responsabilidade disso é da CMTN. E para um alvo tão fácil, que se põe a jeito com uma frequência tão elevada, admira-me a reacção de alguns opositores, ora anémica ora pueril, isto quando se dignam a sair da apatia. Restam os odiados críticos e insatisfeitos. Cada um tem o que merece.
![]() Apresentados os candidatos à presidência da Câmara de Torres Novas, a realizar nos finais de Setembro, ou na primeira quinzena de Outubro, restam pouco mais de três meses (dois de férias), para se conhecer ao que vêm, quem é quem, o que defendem, para o concelho, na sua interligação cidade/freguesias. |
![]() O nosso major-general é uma versão pós-moderna do Pangloss de Voltaire, atestando que, no designado “mundo livre”, estamos no melhor possível, prontos para a vitória e não pode ser de outro modo. |
![]() “Pobre é o discípulo que não excede o seu mestre” Leonardo da Vinci
Mais do que rumor, é já certo que a IA é capaz de usar linguagem ininteligível para os humanos com o objectivo de ser mais eficaz. |
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Em 2012, o psicólogo social Jonathan Haidt publicou a obra A Mente Justa: Porque as Pessoas Boas não se Entendem sobre Política e Religião. Esta obra é fundamental porque nos ajuda a compreender um dos dramas que assolam os países ocidentais, cujas democracias se estruturam, ainda hoje, pela dicotomia esquerda–direita. |
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
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