Roçadora - rui anastácio
Não simpatizo com generalizações. Tenho para mim que as generalizações estão na génese de todos os populismos. Em todas as tribos existem pessoas decentes e bem formadas. Há no entanto uma subespécie das pessoas que vivem em meio urbano, que eu designaria por “urbanoides”, que aparentemente se tem dado bem no nosso ecossistema, uma vez que parece haver cada vez mais indivíduos dessa subespécie.
São maioritariamente pessoas abaixo dos 35 anos, a quem, aparentemente, nunca faltou nada e que desconhecem que existem pessoas que trabalham 7 dias por semana, não porque tenham especial prazer nisso, mas porque disso necessitam para sobreviver com dignidade.
Vem isto a propósito de uma história que presenciei este fim-de-semana. Um casal jovem e simpático, a pernoitar numa aldeia, ficou absolutamente indignado porque uma pessoa da aldeia começou a limpar mato na proximidade das casas às 9 horas da madrugada de domingo, e essa perigosa actividade estava gravemente ferida de ilegalidade. Para o provar, de forma inequívoca, foi inclusive estabelecido um paralelo com o vizinho do prédio que pega no berbequim ao domingo de manhã.
Desconfio que também não terão simpatizado com o sino da aldeia, mas provavelmente o sino terá respondido com mais uma badalada, só para chatear. Já o respeitoso galo, sabendo que era domingo, nem se atreveu a cantar.
O pobre homem da roçadora limitou-se a responder que, normalmente nesta altura do ano, começa às 6 da manhã, mas que como era domingo resolveu não incomodar e por isso começar apenas às 9 horas, até porque a manhã já não iria render como habitualmente.
Esta pequena história poderá levar-nos a muitas interpretações e a algumas reflexões que eu deixo ao leitor. Pela minha parte, confesso que fico sobretudo preocupado com o facto de uma franja crescente da nossa sociedade parecer não fazer ideia de que existe um país a quem “deus não pôs a mão por baixo”. A continuarmos por este caminho, um dia, outros galos cantarão.
Roçadora - rui anastácio
Não simpatizo com generalizações. Tenho para mim que as generalizações estão na génese de todos os populismos. Em todas as tribos existem pessoas decentes e bem formadas. Há no entanto uma subespécie das pessoas que vivem em meio urbano, que eu designaria por “urbanoides”, que aparentemente se tem dado bem no nosso ecossistema, uma vez que parece haver cada vez mais indivíduos dessa subespécie.
São maioritariamente pessoas abaixo dos 35 anos, a quem, aparentemente, nunca faltou nada e que desconhecem que existem pessoas que trabalham 7 dias por semana, não porque tenham especial prazer nisso, mas porque disso necessitam para sobreviver com dignidade.
Vem isto a propósito de uma história que presenciei este fim-de-semana. Um casal jovem e simpático, a pernoitar numa aldeia, ficou absolutamente indignado porque uma pessoa da aldeia começou a limpar mato na proximidade das casas às 9 horas da madrugada de domingo, e essa perigosa actividade estava gravemente ferida de ilegalidade. Para o provar, de forma inequívoca, foi inclusive estabelecido um paralelo com o vizinho do prédio que pega no berbequim ao domingo de manhã.
Desconfio que também não terão simpatizado com o sino da aldeia, mas provavelmente o sino terá respondido com mais uma badalada, só para chatear. Já o respeitoso galo, sabendo que era domingo, nem se atreveu a cantar.
O pobre homem da roçadora limitou-se a responder que, normalmente nesta altura do ano, começa às 6 da manhã, mas que como era domingo resolveu não incomodar e por isso começar apenas às 9 horas, até porque a manhã já não iria render como habitualmente.
Esta pequena história poderá levar-nos a muitas interpretações e a algumas reflexões que eu deixo ao leitor. Pela minha parte, confesso que fico sobretudo preocupado com o facto de uma franja crescente da nossa sociedade parecer não fazer ideia de que existe um país a quem “deus não pôs a mão por baixo”. A continuarmos por este caminho, um dia, outros galos cantarão.
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Mais do que rumor, é já certo que a IA é capaz de usar linguagem ininteligível para os humanos com o objectivo de ser mais eficaz. |
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