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Tomatina - carlos paiva

Opinião  »  2022-06-18  »  Carlos Paiva

"“A Câmara Municipal é anunciante na TNFM a 1.200€ por mês. Pelas contas públicas. Não estou a cometer uma inconfidência."

Até os mais distraídos na escola, fui um deles, se devem lembrar do princípio mais básico da física. Para qualquer acção, há uma reacção. Por incrível que pareça, por muito tosco que seja, é o princípio base que orienta e rege todo o método científico, até o de ponta. Sabendo previamente a quantificação e qualificação da acção, temos todo o interesse em observar atentamente a reacção. É desta observação detalhada que surge conhecimento. Agarra-se, por exemplo, no pedacinho mais pequeno de matéria que temos por aí à mão de semear, o átomo de hidrogénio, acelera-se o gajo ao máximo que se conseguir, por meio de indução electro-magnética chegando quase quase à velocidade da luz (chegar mesmo lá, é uma impossibilidade técnica) e quando a velocidade está no seu auge, espeta-se um obstáculo parado, sólido, no seu caminho. Observa-se detalhadamente o que acontece. Medindo muito bem todas as consequências deste desastre provocado, gera-se conhecimento.

Resumi o funcionamento de um ciclotrão no parágrafo anterior. Quem cedeu à moda de ler livros, “de letras”, com o Dan Brown, sabe na generalidade a mecânica da coisa (concedo-lhe o mérito de ter conseguido fazer sozinho aquilo que inúmeras campanhas e alguns milhares, milhões, de euros, nunca conseguiram fazer: pôr a malta a ler, nunca mais leram nada, mas, pelo uma vez na vida, leram um livro “de letras”).

O conceito resumido pode ser confirmado na transversal e popular alegoria: uma maçã cai na cabeça de Newton e o fulano tem automaticamente uma ideia. Mesmo quem não sabe que Newton é na realidade sir Newton, conhece esta alegoria. Os espanhóis captaram muito bem a essência da coisa e, uma vez por ano, arremessam tomates maduros à cabeça uns dos outros. Porquê? Não fazem ideia. Preservou-se a essência. Algures no percurso, perdeu-se o propósito. Faz-se porque sim. Resultou com um inglês, segundo dizem. O absurdo da tradição que teima em bloquear o conhecimento científico.

Embora possível, as ideias não surgem maioritariamente em acidentes leguminosos. (porque “frutíferos” contraria a linha de raciocínio. Descambava na exploração de detalhes semânticos e etimológicos para dar a volta. Engatava a crónica). A pergunta que se impõe: levando com uma abóbora a ideia era maior, melhor? Ninguém sabe. Só se sabe que, com tomates maduros, não resulta. Pelo menos para os espanhóis.

Publicar uma revista, cujo propósito declarado se autoilustra tanto na capa como no artigo principal do primeiro número, é considerado “boa ideia”. Claramente o alvo da tomatada tem um vencedor. A pertinência do formato físico é questionável. Século 21, era digital, autoestrada da informação, e a asfixiante contenção de custos. É preciso tirar um curso? Em papel? Dah! O propósito de “divulgação da marca TNovas” não é justificado por uma estratégia de distribuição da publicação. Uma análise que sustente decisão mediante um público alvo, ao invés das mesas dos cafés e salas de espera. Função de folheto publicitário, portanto. Quem paga isto são os anunciantes, dizem. Até pode ser. Acredito. A Câmara Municipal é anunciante na TNFM a 1.200€ por mês. Pelas contas públicas. Não estou a cometer uma inconfidência. Se uma simples maçã despoletou um pensamento que se reflete na física quântica 300 anos depois, imaginem o que não sairá com uma revista de propaganda? Tiveram sorte não acertar num inglês. Um sir, então… subia de nível. Comigo, preferi canalizar os recursos para ajudar os espanhóis na investigação deles. Envolve tomates e não se sabe se um dia sai dali também uma “boa ideia”. A tradição marcava finalmente um ponto. Seria surpreendente.

 


“A Câmara Municipal é anunciante na TNFM a 1.200€ por mês. Pelas contas públicas. Não estou a cometer uma inconfidência.

 

 

 

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