O varrasco
"Em boa hora, a maioria socialista engendrou um momento cívico à altura das comemorações do 25 de Abril, designadamente a oferta de um porco no espeto à população"
Em boa hora, a maioria socialista engendrou um momento cívico à altura das comemorações do 25 de Abril, designadamente a oferta de um porco no espeto à população, motivo que incendiou o debate ideológico em redor dessa data tão longínqua, mas assaz presente na nossa memória.
A oposição, pobre e mal agradecida, logo deitou achas na fogueira onde o berrão vai ser depilado. O PSD acha que a ideia não é muito feliz, porque se enquanto país já somos os PIGs da Europa, como concelho vão-nos chamar o PIG do Médio Tejo.
O BE disse logo que embora seja contra, vai votar a favor do porco, tirando o espeto. Mais tarde emendou a sua posição, dizendo que embora vote contra é a favor, se as sandes forem de pão caseiro e não do Belmiro, e distribuídas a todos e todas e ainda aos outros, sem distinção de raça, sexo, género, feitio, credo, estrutura parental das famílias, estilo de rastas no cabelo, orientações clubistas e tudo.
Por seu lado, o PCP, fiel à sua ortodoxia marxista-leninista e ao primado da luta de classes e à dialéctica engeliana e ao materialismo histórico e ao camarada Álvaro, não admite que as bebidas tenham de ser pagas à parte, dado que a classe operária, a enfiar sandes e coiratos sem a mine do costume, corre o risco de ficar embuchada e fazer o jogo da reacção.
Mais grave que isto tudo, as pequenas mas aguerridas comunidades judaica e islâmica da cidade ameaçam fazer explodir o porco com a praça dos Claras à frente, tal a afronta, enquanto o PAN e as solteironas militantes dos vídeos de gatinhos do Facebook já começaram a miar acerca do assunto, que o porco unido jamais será comido.
Conclusão, está o baile armado com o Xarepa. Aonde a vaca vai, o boi vai atrás, mamãe eu quero, cidadi márávilhosa, é dos carecas que elas gostam mais, mais, mais…
O varrasco
Em boa hora, a maioria socialista engendrou um momento cívico à altura das comemorações do 25 de Abril, designadamente a oferta de um porco no espeto à população
Em boa hora, a maioria socialista engendrou um momento cívico à altura das comemorações do 25 de Abril, designadamente a oferta de um porco no espeto à população, motivo que incendiou o debate ideológico em redor dessa data tão longínqua, mas assaz presente na nossa memória.
A oposição, pobre e mal agradecida, logo deitou achas na fogueira onde o berrão vai ser depilado. O PSD acha que a ideia não é muito feliz, porque se enquanto país já somos os PIGs da Europa, como concelho vão-nos chamar o PIG do Médio Tejo.
O BE disse logo que embora seja contra, vai votar a favor do porco, tirando o espeto. Mais tarde emendou a sua posição, dizendo que embora vote contra é a favor, se as sandes forem de pão caseiro e não do Belmiro, e distribuídas a todos e todas e ainda aos outros, sem distinção de raça, sexo, género, feitio, credo, estrutura parental das famílias, estilo de rastas no cabelo, orientações clubistas e tudo.
Por seu lado, o PCP, fiel à sua ortodoxia marxista-leninista e ao primado da luta de classes e à dialéctica engeliana e ao materialismo histórico e ao camarada Álvaro, não admite que as bebidas tenham de ser pagas à parte, dado que a classe operária, a enfiar sandes e coiratos sem a mine do costume, corre o risco de ficar embuchada e fazer o jogo da reacção.
Mais grave que isto tudo, as pequenas mas aguerridas comunidades judaica e islâmica da cidade ameaçam fazer explodir o porco com a praça dos Claras à frente, tal a afronta, enquanto o PAN e as solteironas militantes dos vídeos de gatinhos do Facebook já começaram a miar acerca do assunto, que o porco unido jamais será comido.
Conclusão, está o baile armado com o Xarepa. Aonde a vaca vai, o boi vai atrás, mamãe eu quero, cidadi márávilhosa, é dos carecas que elas gostam mais, mais, mais…
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Em 2012, o psicólogo social Jonathan Haidt publicou a obra A Mente Justa: Porque as Pessoas Boas não se Entendem sobre Política e Religião. Esta obra é fundamental porque nos ajuda a compreender um dos dramas que assolam os países ocidentais, cujas democracias se estruturam, ainda hoje, pela dicotomia esquerda–direita. |
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
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» 2025-07-03
» Jorge Carreira Maia
Direita e Esquerda, uma questão de sabores morais |