Foram assim as eleições: derrota dos partidos de direita (PSD/CDS): apesar da coligação com que se apresentaram ao eleitorado, perderam a maioria absoluta, perderam mais de 20 deputados e um milhão de votos. A maioria dos votantes retirou-lhes o apoio e a confiança de há quatro anos atrás.
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A campanha eleitoral para novas eleições legislativas começou no domingo passado com as declarações dos dirigentes dos vários partidos políticos. Do escrutínio de 4 de Outubro resultou um quadro político nebuloso, onde existe um poder executivo legítimo de direita e um poder legislativo, também legítimo, de esquerda.
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O voto (elemento masculino) penetra na fenda da urna (elemento feminino) e o acto fica consumado. Esta analogia rasteira entre o exercício de voto e o acto sexual não é apenas uma comparação de mau gosto, um devaneio de um eleitor frustrado.
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Calisto Elói de Barbuda! Não sei a quantas de vós, duzentas e trinta alminhas caridosas que a partir de agora terão assento em São Bento, este nome dirá alguma coisa.
Dizendo de outro modo, não sei quantos de vós terão lido Camilo.
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O encontro foi casual. Como são, presume-se, casuais todos os encontros que ocorrem no supermercado. Mesmo quando são programados, este espaço poderá ser o palco desses encontros, porventura, pela praticidade que oferece.
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Numa semana em que o mercado editoral esfregou as mãos com a mina despudorada dos livros escolares, continuando a evitar com artifícios vários a sua reutilização de ano para ano e obrigando milhares de famílias a um esforço penoso e suplementar na sua já mais que espremida conta corrente, passou quase despercebida a morte de Vitor Silva Tavares, “amante de livros e radicalmente livre”, corpo e alma da & etc, editora de culto.
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Já me pude aperceber que há muitos jovens entusiasmados com a mitologia dos anos 60, olhando para os portugueses que terão hoje 60 e 70 anos e imaginando uma juventude de sexo, droga e rock and roll, quiçá, tendo alguns deles estado em Woodstock.
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A vitória do Syriza nas eleições de domingo passado tem um sabor amargo. Não porque essa vitória seja em si um mal para os gregos. O sabor amargo deriva de outra coisa. O Syriza chega agora ao poder como qualquer outro partido, sem um programa de ruptura, sem nenhuma ilusão sobre uma outra maneira de fazer as coisas e, ainda por cima, com uma enorme carga de sacrifícios imposta pela União Europeia.
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