O ”carreiro das cobras” é um caminho de terra batida rodeado de arbustos, de vários sobreiros, azinheiras e carvalhos, árvores centenárias únicas no perímetro urbano da cidade de Torres Novas.

Este caminho vai acabar. O alcatrão e o betão armado vão tomar o lugar do verde e daquela paisagem campestre que ali existe.
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Estava a evitar escrever sobre o assunto, mas os homens põem-se a jeito, o assunto não nos larga e cá estou eu entre a espada e a parede, que é com quem diz, entre Évora e S. Bento. Vá-se lá saber o que fazer, o que dizer, o que escrever.

Bem, antes de tudo o mais, digo o que digo há muito.
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”Leio sempre o que escreve e gosto muito.” Foi assim que há dias fui abordada, enquanto tomava um café rápido, num espaço público.

Houve, primeiro, um cumprimento afável, entre quem se cruza, esporadicamente, num tempo que se esvai e só alimenta passado e vazio.
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Já lá vão dois meses desde que comemos as dozes passas e fizemos os desejos para este novo ano! Incrível como o tempo parece passar tão rápido. ”Este ano é que vai ser, vou começar a ir ao ginásio”, ”É este ano que vou começar a dieta”, ”Este ano é que vou fazer as minhas férias de sonho”.
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Fizemos vinte anos há dias. E como nas nossas vidas pessoais, fazer vinte anos é tempo de repensar muita coisa. Analisamos o que temos andado a fazer e, senhores de uma experiência questionável, chegamos à conclusão que há coisas que temos que mudar.
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